sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mortalidade entre crianças pobres urbanas chega ao dobro de ricas, diz estudo.

Crianças das áreas urbanas mais pobres têm o dobro de probabilidade de morrer antes de completar cinco anos, comparadas às crianças que vivem nas áreas ricas das cidades, segundo estudo divulgado nesta semana pelo UN-Habitat (braço da ONU para habitação) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo, chamado “Cidades escondidas”, tem como objetivo evidenciar as disparidades de condições de vida dentro dos centros urbanos. Essas disparidades geralmente são mascaradas pelos altos índices de desenvolvimento médio das cidades, superior às áreas rurais.

“Olhando para além dos efervescentes centros de consumo e edifícios, as cidades do mundo hoje contêm cidades escondidas, onde pessoas sofrem desproporcionalmente com más condições de saúde. Nenhuma cidade está imune a esse problema”, escreveu no estudo Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

O Brasil foi representado no estudo – feito com dados gerais de 43 países e análises específicas em 17 cidades – por Guarulhos, município de 1,17 milhão de habitantes na Grande São Paulo que foi escolhido porque já promovia ações em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde.

No município paulista é possível observar disparidades sociais entre regiões internas: enquanto no distrito de Bonsucesso a taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos é de 33,3 (a cada mil nascimentos vivos), o mesmo índice cai para 9,56 no distrito guarulhense de Ponte Grande.

No Brasil, a taxa geral de mortalidade antes dos cinco anos é de 20 a cada mil nascimentos.

Nas Américas, essa taxa em áreas urbanas ricas fica ao redor de 30 e dobra para ao redor de 60 nas áreas urbanas mais pobres. Na África, pode chegar ao redor de 140 nas áreas urbanas empobrecidas.

Correlações de pobreza

Cerca de um terço da população urbana mundial vive em favelas, com acesso limitado a cuidados de saúde e sanitários, diz o estudo. A consequência é que essas pessoas “têm mais doenças e morrem mais cedo do que outros segmentos da população”.

Da mesma forma, a análise em Guarulhos observou que áreas com maior índice de analfabetismo registram também mais casos de gravidez na adolescência.

Vale uma ressalva a essas correlações, que nem sempre seguem caminhos óbvios: cruzando os dados do estudo, observa-se que as áreas com menor índice de esgoto e água tratada não necessariamente têm as maiores taxas de mortalidade, por exemplo.

“Não é uma análise puramente de causa de efeito”, explica à BBC Brasil o técnico da OMS Amit Prasad. “O objetivo é descobrir que áreas estão socialmente vulneráveis para fazer políticas de intervenção.”

No caso brasileiro, tratando-se de um país em transição para o mundo desenvolvido, Prasad diz que problemas como mortalidade infantil e ausência de serviços sanitários básicos estão, em geral, “mais bem atendidos”.

As preocupações crescentes são com a violência urbana e com as doenças crônicas e “não comunicáveis” (não contagiosas), como câncer, diabetes e males do sistema circulatório.

A pesquisa da ONU diz que, à medida que um país cresce, “o peso dessas doenças tende a mudar dos setores mais ricos para os mais pobres da sociedade. As razões para esse fenômeno são discutíveis, mas acredita-se que estejam relacionadas a dietas menos saudáveis, sedentarismo, obesidade e tabagismo”.

Políticas e ações

Além de pedir políticas públicas específicas, o estudo cita ações bem-sucedidas no combate à mortalidade em áreas urbanas pobres, como a adoção de agentes comunitárias da saúde em favelas do Paquistão e o maior acesso aos serviços sanitários entre a população do leste africano.

Outra medida citada é a adoção de leis que obriguem o uso de capacetes, num momento em que as motocicletas se proliferam em centros urbanos em desenvolvimento. Calcula-se que seu uso reduza em 42% o risco de morte no caso de acidente.

E o esforço comunitário pela redução da violência no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, foi colocado em destaque no estudo da ONU como um exemplo de sucesso.

Momentos de crescimento econômico como o vivido atualmente pelo Brasil não necessariamente se traduzem em melhorias para essas populações “esquecidas”, explica Prasad.

“São necessárias políticas direcionadas às populações vulneráveis”, diz ele. Um exemplo disso, agrega o especialista, é que a população pobre de Bangladesh tem em geral uma vida melhor do que a população pobre da Índia, que é um país mais rico porém com políticas direcionadas menos eficazes.

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Descoberto primeiro planeta gerado fora da Via Láctea.

Semelhante a Júpiter, o planeta HIP 13044-b (batizado a partir do nome de seu sol, chamado HIP 13044) é parte de um sistema solar que um dia pertenceu a uma galáxia-anã, mas que acabou "devorada" pela Via Láctea entre 6 e 9 bilhões de anos atrás, em um ato de "canibalismo intergaláctico".

De acordo com o estudo, publicado na revista Science, o planeta está a uma distância de 2 mil anos-luz da Terra. A descoberta ocorreu no observatório de La Silla, no Chile.

O planeta deve ter sido formado nos primeiros tempos de seu próprio sistema solar, antes que fosse incorporado pela nossa galáxia, dizem os autores da pesquisa.

Astrônomos já detectaram cerca de 500 "exoplanetas" fora do nosso sistema solar, usando diferentes técnicas, mas todos os astros, até agora, haviam sido gerados na Via Láctea.

Segundo os pesquisadores, o HIP 13044-b fica na órbita de um sol pertencente ao grupo de estrelas chamado "corrente de Helmi", e hoje faz parte da constelação de Fornax, ao sul da Via Láctea.

Estima-se que o novo planeta tenha uma massa 1,25 vezes maior que Júpiter e que leve 6,2 dias terrestres para completar uma volta em torno do seu eixo.

Fim próximo

No entanto, o sol do novo planeta está se aproximando de sua "morte". Tendo consumido todo o hidrogênio presente em seu núcleo, a estrela se expandiu e se tornou um "gigante vermelho".

No processo, o astro pode ter "engolido" planetas menores e semelhantes à Terra no processo, antes de se contrair. Até agora, o novo planeta sobreviveu à "bola de fogo", mas não por muito tempo.

"Esta descoberta é particularmente intrigante quando pensamos no futuro distante do nosso sistema planetário, quando o Sol também deverá se tornar um gigante vermelho, daqui a cerca de 5 bilhões de anos", disse Johny Setiawan, pesquisadores do Instituto de Astronomia Max Planck e líder da pesquisa.

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Um breve resumo do livro "O que é o Integralismo".

A concepção integralista do mundo, como a própria palavra está indicando, considera o universo, o homem, a sociedade e as nações, de um ponto de vista total, insto é, somando todas as suas expressões, todas as suas tendências, fundindo o sentido materialista do fato ao sentido interior da idéia, subordinando ambos ao ritmo supremo espiritualista e apreendendo o fenômeno social segundo as leis de seus movimentos.

Matinas de Abril de 1937 no Rio de Janeiro

O sinal que adotamos nos uniformes dos “camisas-verdes” e na bandeira do integralismo (sigma), indica em matemática o símbolo do calculo integral. Quer dizer que a nossa preocupação é somar tudo, considerar tudo, nem nos perdendo na esfera exclusivista da metafísica, nem nos deixando arrastas pela unilateralidade do materialismo.

O Integralismo pretende realizar:


- o Homem Integral; - a Sociedade Integral; - a Nação Integral; - a Humanidade Integral.

O Homem, realizando as suas justas aspirações materiais, intelectuais e morais; a Sociedade, funcionando harmoniosamente; a Nação, com autoridade efetiva, através dos seus órgãos de governo, mantendo o equilíbrio entre o Homem e a Sociedade; e, finalmente, a Humanidade, objetivando o seu superior destino de aperfeiçoamento.
Isto exposto, negada a finalidade materialista, mas aceito o imperativo das exigências materiais (o que é muito diferente). A liberal-democracia, proclamando a liberdade humana de um modo quase absoluto, criou um Estado fora e acima das lutas de indivíduos e grupos de indivíduos, um Estado meramente expectador da batalha econômica. Esse estado se tornou cada vez mais fraco, sendo, dia a dia, corroído pelas forças em conflito, de modo que não pode influir no sentido de efetivar a justiça social e o equilíbrio da produção e do consumo.

Dois conceitos foram consagrados pela democracia-liberal:
1º - o conceito do “homem-cívico”; 2º - o conceito da “soberania nacional”. Como a expressão da soma das vontades dos “homens cívicos”. A relação entre esses dois conceitos denominou-se: o “voto”.

O voto é a grande mentira que serve de instrumento à opressão das massas trabalhadoras, iludidas na sua boa fé. O voto deveria exprimir um interesse real, direto, sendo uma relação entre o eleitor e o candidato, a liberal-democracia não propõe problemas em função de vida e de realidade, pois os “dados” oferecidos tem a frieza dos algarismo expostos eles não podem ser considerados segundo aferições imediatas de fatos concretos da vida individual.

O cidadão é forçado a tomar parte em comícios eleitorais que não dizem respeito aos seus interesses diretos. Quando dizemos interesses, referimo-nos a consciência de necessidades, a aspirações individuais, condicionadas nas expressões: geográficas de “localidade” e histórica de “classes” Pois todo o nosso empenho deve ser o de realizar o máximo de aspirações individuais num máximo de aspirações coletivas.

Cada vez mais se exclui do voto a expressão representativa de interesses individuais ou grupais, para transforma-lo no grande “lugar comum” onde todos podem estar pacificamente, porque o voto cívico , ato do homem cívico ( aberração filosófica, sociológica e biológica) não admite a presunção de interesses de classes ou de interesses individuais próprios.
O voto, na liberal-democracia, é a vala-comum de todas as vontades. Porque o Estado liberal vive num mundo, os habitantes do país noutro mundo.

A liberal-democracia concebeu o “homem-cívico”, a grande mentira biológica; o marxismo materialista concebeu o “homem-econômico”, mentira tanto filosófica como cientifica.

Em torno da nossa concepção, nós, integralistas, lançamos as fórmulas definitivas de salvação nacional e humana, exprimindo realidades: “O Estado orgânico”, a “organização corporativa da Nação”, a “econômica orientada”, a “representação corporativa”, o “homem integral”, o “realismo político”, a “harmonia das forças sociais”, “a finalidade social”, o “princípio da autoridade”, o “primado do espírito”.

O sufrágio universal, isto é, o direito de todos votarem no mesmo candidato, ainda que este não seja de sua classe, criou o absurdo de um Estado fora das competições econômicas e morais. O liberalismo democrático é hoje defendido apenas pela grande burguesia e pelas extremas esquerdas do proletariado internacional.
Combatemos o voto desmoralizado e a liberdade sem lastro, pois queremos o voto verdadeiro e a liberdade garantida. Combatemos as hediondas quadrilhas das oligarquias a serviço dos poderosos. E, pelo mesmo motivo, combatemos a utopia socialista. E tanto é verdade que o socialismo e o comunismo são filhos do mesmo tronco, da mesma árvore da filosofia materialista

NOTAS SUMÁRIAS DA VIDA BRASILEIRA

A nossa independência foi patrocinada pela Inglaterra, que, tendo perdido sua grande colônia americana, precisava criar novos mercados. Esse episódio, que nos parece tão belo, e que gravamos no quadro sugestivo do grito de Ipiranga, foi arquitetado no gabinete de Canning, primeiro ministro inglês. Debalde Metternich e a Santa Aliança, contrariando o sentido do século, tentaram manternos agrilhoados a Portugal. Interesses econômicos da produção pesavam mais fortemente em nossos destinos.

Recebendo nós a Independência, ela não nos era dada gratuitamente: começávamos a vida dos empréstimos e entrávamos em nossa maioridade política já grilhetados pelos agiotas. Essa onda de liberalismo, que nos livrava da metrópole portuguêsa (como as outras nações do continente, da metrópole espanhola), deveria levar-nos ao jugo do capitalismo internacional, subordinando a nossa vida de povo as oscilações caprichosas de Londres e depois de Nova York.

A marcha liberalista levou-nos à hipertrofia dos grupos econômicos regionais, o que seria fatal onde o individualismo econômico não se subordinava a nenhum diretriz superior de supremos interesses da Nação. Essa hipertrofia degenerou em natural sentimento de região e o grito das Províncias em prol do federalismo obedecido à fatalidade da própria marcha liberal que era uma marcha desagregadora.

Foi a obra do liberalismo e é contra ele que se levanta o integralismo, com a sua concepção de Estado. O Integralismo quer realizar a verdadeira democracia, que é a democracia de fins, e não a de meios.

O Integralismo, aceitando a permanência do fenômeno revolucionário na História, como expressão das tendências modificadoras e renovadoras do Espírito Humano, deseja transportar esse fenômeno para o âmbito do Estado, de sorte a evitar que se formem e se organizem duas forças antagônicas: a do estado e a da Sociedade. Para isso, o Integralismo substituirá a representação partidária pela verdadeira representação, que é a representação corporativa.
O Integralismo não admite que nenhuma Província se superponha à Nação ou pretenda dominar politicamente as outras. Não admite que o regionalismo exagerado e dissociativo se desenvolva em qualquer ponto do território da Pátria.

O Integralismo exige que a mocidade não se entregue aos prazeres materialistas, mas dignifique a sua Pátria no trabalho, no estudo, no aperfeiçoamento moral, intelectual e físico. O Integralismo declara verdadeiros heróis da Pátria: os chefes da família zelosos e honestos, os mestres, os humildes de todos os labores, das fábricas e dos campos, que realizam pelo espírito, pelo cérebro, pelo coração e pelos braços a prosperidade e grandeza do Brasil.

O Integralismo proclama que não há direito algum que se sobreponha aos direitos da Nação, limitados estes pelos princípios do Direito Natural baseados em Deus, pois assim esta garantirá eficientemente os direitos dos indivíduos, dos grupos de indivíduos, dos municípios, das províncias, dirimindo contendas, harmonizando interêsses.

O Integralismo não é um partido: é um movimento. É uma atitude nacional. É um despertar de consciências.
E a marcha gloriosa de um Povo.

Você quer saber mais?

Salgado, Plínio. O que é o Integralismo, Editora das Américas, 1933.

http://www.integralismo.org.br


Relembrando a memória Integralista. O "massacre na cidade de Campos dos Goytacazes - RJ".

Antigo patch integralista produzido nos anos 30 de forma artesanal. Este símbolo era usado nas camisas-verdes ao lado do braço, muitos pesquisadores se confundem afirmando que o Sigma era usado de forma similar com a Suástica Nazista, porem como demonstra a imagem nada possuem de semelhante, apenas o local onde se encontravam nas distintas fardas eram iguais.
Imagem: Arquivo Marcus Ferreira

Autor: Jorge Figueira*

Para muitos Integralistas os meses mais importantes são os de abril, por causa das Matinas de Abril e mês o de outubro por causa da data do lançamento do Manifesto Integralista, porém poucos sabem realmente porquê devemos lembrar e reverenciar o mês de agosto, mais especificamente o dia 15 de agosto.

Em 1937 na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, o núcleo municipal da Acção Integralista Brasileira preparava mais um comício em sua região, militantes da AIB de diversos núcleos distritais e de outros municípios começaram a se concentrar por volta das 10:00 horas nas imediações da sede municipal. Às 16:00 horas, centenas de milicianos já desfilavam pelas ruas centrais com suas camisas-verdes e bandeiras azuis. Aproximadamente às 17:00, os legionários do sigma chegaram na praça São Salvador, centro de Campos dos Goytacazes.

Os milhares de integralistas presentes se concentravam em torno do palanque armado em frente à sede municipal para ouvir um dos primeiros oradores, o camisa-verde Sr. Celso Peçanha. Passados menos de cinco minutos do discurso, iniciou-se o tumulto com o próprio orador tendo seu microfone alvejado por uma saraivada de tiros proferida pelos policiais que se encontravam na praça aonde se concentrou o intenso tiroteio, resultando em diversos mortos e feridos, sendo chamado por muitos jornais da época de Carnificina de Campos.

O periódico “A Offensiva” de 17/08/37, ira relatar este fato com a matéria intitulada “Os comunistas praticam um bárbaro massacre na cidade de Campos”. O jornal iria, através do artigo, relatar o papel heróico dos dirigentes integralistas, que apesar de correrem perigo de vida se arriscaram para socorrer os feridos que se encontravam estirados no chão e transportar os sobreviventes para os hospitais. Estes acontecimentos influenciaram a Acção Integralista Brasileira em todo o Brasil, uma resolução do Chefe Nacional Plínio Salgado determinou que temporariamente a utilização do uniforme e insígnia do partido estaria proibida, devido à infiltração de militantes comunistas durante as manifestações para cometer atos violentos e assim denegrir a imagem da AIB perante o povo brasileiro.

O boletim “Bandeira do Sigma” saúda os mártires que tombaram em Campos do Goytacazes, os camisas-verdes Sr. Amaro Miranda, Jose Antenor de Paula Barreto e Amaro Tavares, com três vibrantes Anauês!

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http://www.integralismorio.org