terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Templo das Máquinas. PARTE II

Metereolografo construido pelo Padre Secchi

Como progredira a humanidade em cinqüenta e poucos anos! Os visitantes, a formigar na portentosa feira, viram pela primeira vez aparelhos e maquinismos reve4lando no mágico funcionamento o domínio crescente do homem sobre a natureza.

Era olhar e pasmar...O telégrafo Morse aperfeiçoado pelo transmissor automático da Siemens e melhorado com a impressão de caracteres pelo sistema de Disney; o tonômetro de Sheibler medindo o número de vibrações do som; o meteorógrafo do Padre Secchi assinalando as previsões do tempo; o espectroscópio de Bunsen e Kerchhoff descortinando a identidade da composição química do universo sensível;os faróis de Fresnel aperfeiçoados por Stevenson, garantindo segurança dos nautas; os tubos de Geisler prenunciando com suas cores de magia o sortilégio dos elétrons; a balança metalométrica de Roselem facilitando a galvanoplastia de Cristofle; o freio elétrico de Achard para conter a marcha dos comboios.

Era, na verdade, o Panteão dos novos deuses, como o antigo, também soerguido no Campo de Marte. Novos deuses: rebrilhantes no aço polido, no vidro luzente, cantando com os estríbulos ruídos e os sons mais estranhos, uma sinfonia desconhecida e bárbara marcada ao compasso das faíscas elétricas, do bater de pálpebras dos faróis e da convulsão dos êmbolos e das alavancas. Novos deuses: absurdos, ofegantes, nervosos, sugando a água do rio a alimentar os lagos, movimentando febrilmente os teares e os fusos, escrevendo nas fitas telegráficas, acendendo na noite festiva a aurora fantástica dos tubos fluorescentes...


Promissoras novidades, apareciam, para aplicações na navegação aérea, o motor de explosão, de Louvriè, com explicações sobre a intermitência de seus impulsos e dos resultados na anulação da força de gravidade.

O pequeno motor pulsava à cadência explosiva das gotas de petróleo e, se os homens pudessem prever o futuro, veriam nele o implacável coração de ferro que hoje palpita indiferente sobre as ruínas das cidades incendiadas e dos homicídios em massa das populações inermes.

As correntes filosóficas em moda tiravam partido dos progressos técnicos para negar a existência de Deus e a imortalidade da nossa alma, e muitas vezes – o que é ainda pior – aconselhavam a abstenção completa das cogitações acerca das origens e finalidades do Universo e do Homem.

Acima foto do Padre Angelo Secchi.

Surgia o agnosticismo, a mais orgulhosa das formas de negar, porquanto negar já é ao menos considerar, enquanto abster-se, numa atitude de imparcialidade displicente, é negar falando a linguagem do desprezo, idioma preferido pelos anjos rebeldes que o orgulho perdeu.

Você quer saber mais?

SALGADO, Plínio. A Aliança do Sim e do Não. São Paulo: Editora das Américas, 1957.

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O Templo das Máquinas. PARTE I

Edifício da Exposição Universal de Paris de 1867, construído pelo engenheiro Jean-Baptise Krants e o arquiteto Leopold Hardy.

Em 1867 realizou-se em Paris uma grande exposição das indústrias do século XIX. Ao deslumbrante certamente compareceram os chefes de Estado de quase toda a Europa, os quais se fraternizaram exprimindo, diante das multidões originárias das cinco partes do mundo, os seus propósitos de paz e de concórdia, sob a égide da ciência e do progresso técnico.

Por singular coincidência, a assembléia das máquinas assentava suas tendas no famoso Campo de Marte, logradouro das paradas militares, em passagem, pelo nome, o deus flamejante das batalhas. O momento festivo, porem, não dava conta de tão desagradável augúrio. Tudo era júbilo na planície rasgada à margem do Sena, com silvos de sirenes e o colorido das bandeiras de todas as nações.

O palácio dos mostruários, formava majestosa elipse, dividia-se em sete galerias concêntricas seccionadas por numerosas ruas transversais que iam terminar no gracioso jardim aberto ao centro do edifício. O conjunto arquitetônico assentava num vasto parque semeado de construções menores: mesquitas, pagodes, teatros, quiosques, fontes e estátuas.

Dentro e fora do grandíloquo templo da civilização, ostentavam a glória de seus produtos, 42 mil expositores dos países mais adiantados da Terra.

Tudo o que a ciência e a técnica haviam elaborado em meio século de pesquisas e de esforços, vinha ali estadear-se na emulação do concurso e estímulos da competência.

Você quer saber mais?

SALGADO, Plínio. A Aliança do Sim e do Não. São Paulo: Editora das Américas, 1957.

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