quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mensagem da Presidência para o Dia da Reforma – 31 de outubro/2012

31 de outubro de 2012 - 495 anos da Reforma Protestante. Imagem: Luterana Ebenézer.


Estimadas Irmãs! Estimados irmãos em Cristo!

Para a liberdade foi que Cristo nos libertou, escreveu o apóstolo Paulo aos Gálatas (5.1).
É desta essência do Evangelho, da busca por Deus, da sua misericórdia, do seu amor, da sua graça revelada em Jesus Cristo, que brotou o protagonismo de Lutero no século XVI.

Como?

Enquanto Deus era visto apenas como um juiz, um distribuidor de castigos, um Deus que cobra pelo perdão, que negocia com o pecado e o sofrimento do ser humano, Lutero viveu na angústia, na escuridão, no medo, na escravidão, na opressão. Vivia o inferno!

Felizmente, Lutero descobriu na Palavra de Deus, na Bíblia, o Deus que oferece a graça. Ele redescobriu o Deus que não faz negócios com o seu amor e a sua misericórdia. Lutero redescobriu o Deus que ama as pessoas pecadoras, as pessoas fragilizadas, as desesperadas. Lutero dirá que só consegue entender Deus quem o compreende a partir do seu rosto voltado visivelmente para o mundo, no sofrimento e na cruz (Dreher, Martin N. et alllii. Somente Deus – quatro princípios para a vida. São Leopoldo: Ed. Sinodal, p.07).

O encontro de Lutero com o Deus misericordioso, que liberta, que é fonte de todo amor, da justiça, que se entrega em favor do ser humano, é que desencadeou a Reforma da Igreja. A busca de Lutero pelo Deus misericordioso culminou no encontro com Jesus Cristo, sua vida, paixão, morte e ressurreição. Foi por isso que Lutero disse crer significa fixar o olhar firme e continuamente em Cristo. Com este Deus, Lutero enfrentou a sociedade, a Igreja e o império! Com a fé nesse Deus, Lutero tornou-se protagonista da redescoberta da liberdade que, em Cristo, já fora dada à humanidade.

A palavra conectado expressa uma ligação muito intensa. Essa palavra aponta para uma relação de confiança, de fé, de entrega, de inconformidade. Já a palavra protagonista expressa o desejo bonito de agir, de interagir, de interferir, de transformar, de ser sujeito, de estar motivado para, com liberdade, reformar o que hoje clama por mudança.

Como não ficar inconformado, indignado, diante da mercantilização do Evangelho? Da mercantilização do ser humano? Diante da violência que mata os nossos jovens - no trânsito, pelo uso de drogas, por assassinatos?

No Concílio da Igreja, nos foi dito o seguinte: os jovens ‘pedem que não nos preocupemos, mas que nos ocupemos com eles’. Lutero afirmou: Se a juventude não puder contar com verdadeiros Educadores e Professores, então o diabo e o seu bando logo poderão cantar vitória (Wolf, Manfred. Mais uma pergunta, Dr. Lutero... Entrevista com o Reformador. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 2011, p. 73).

A psicóloga Rosely Sayão pergunta:

O que temos feito para que esses jovens amem a vida, desenvolvam o autocuidado e atitudes de respeito por si mesmos, tratem as suas emoções com delicadeza e construam um projeto de vida que lhes permita olhar para o futuro como um alvo a ser alcançado e não uma fatalidade ou determinação?

O Dia da Reforma que celebramos neste ano, já antevendo os 500 anos da Reforma, que queremos celebrar em 2017, nos remete à nossa herança evangélica, à redescoberta do Evangelho! A fé no Deus revelado em Jesus coloca-nos um enorme e instigante desafio: sermos protagonistas movidos pelo amor que liberta, que se traduz na confiança em Deus e no amor que se ocupa, tira tempo, se interessa por quem está à nossa volta.

Para a liberdade foi que Cristo nos libertou!
Que Deus abençoe e capacite a todas e todos nós para essa missão!
Amém!
Pastor Nestor Friedrich
Pastor Presidente
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECL

Halloween: a brincadeira mortal.


Segundo especialistas, muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano, e esperam ansiosos por esta festa. Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005, p.35.

Abóboras esculpidas em forma de caras, gatos pretos, monstros, vampiros, fantasmas e duendes, entre outras figuras que representam os poderes do mal. Tudo isso que, aparentemente, é muito divertido e que costuma ser rotulado de brincadeira de criança, traz oculta, e muito bem maquiada, uma das mais perigosas estratégias do ocultismo no sacrifício de seres humanos, em particular, sacrifícios de crianças.

A festa de Halloween foi chegando de mansinho e marcando território em boa parte do Brasil. Isso aconteceu devido à globalização e à proliferação dos cursos de inglês, que incluem a festa no conteúdo de ensino da cultura estadunidense.

Segundo especialistas, muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano, e esperam ansiosos por essa festa. A data é considerada por eles como a do aniversário de satanás, sendo assim, o dia ideal para a prática de sacrifícios humanos e pactos satânicos. Com promessas de que vão conseguir mais poder, mais força e autoridade, os satanistas começam a sacrificar pessoas 15 dias antes da data de 31 de outubro e 15 dias após.

A data certa

Foram os celtas que escolheram a data de 31 de outubro como véspera do ano novo e também para celebração de todo esse ritual maligno envolvendo mortos, nessa data, os celtas se reuniam em volta de uma fogueira na comunidade e ofereciam seus animais domésticos, suas colheitas e, às vezes, a si mesmos em sacrifício. Era comum o uso de disfarces feitos de cabeça e pele de animais e a predição do futuro uns dos outros. Eles acreditavam que os gatos eram pessoas castigadas por alguma má ação. No dia 31 de outubro, para se livrarem da possessão diabólica, tinham que dar comida ou oferecer algo aos demônios, além de lhes oferecer hospedagem noturna. Os espíritos só deixavam a casa ficar em paz se ficassem satisfeitos com o que recebiam; caso contrário, faziam um “trick” (truque ou maldade), isso quando não rogavam maldições de destruição sobre as famílias.

A ordem sacerdotal

De acordo com historiadores romanos e gregos, existia uma ordem sacerdotal  antiga  entre os Celtas na  Bretanha (França), Gália (região entre Portugal e França) e Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha) chamados de “druidas”, que eram pagãos da religião celta. Textos que datam dos século II a.C ao IV d.C. relatam que esses sacerdotes eram violentos, pessoas muito temidas pelo poder que possuíam, além de terem sede de sangue. Resolviam todas as disputas com uma decisão definitiva, chegando a castigar pessoas com a morte. Além disso, seus altares destilavam o sangue de vítimas humanas. Era comum oferecer homens, mulheres e crianças em holocausto, queimando os corpos vivos em grandes torres de vime. Normalmente, os celtas usavam os bosques para caça, pesca e alimentação, mas também os utilizavam para as cerimônias ocultistas.

A aparente e inofensiva abóbora iluminada é um símbolo antigo de uma alma maldita e condenada. A abóbora recebe o nome de “Jack-o-lantern”Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005, p.35.