quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As maravilhas do céu estrelado: Constelações Zodiacais


Representação das constelações em um antigo Atlas Celeste. Imagem: As Maravilhas do Céu Estrelado de João Batista Salgado Loureiro e Romildo Póvoa Faria, pg.32, fig.14.

Durante o dia, olhando para s nuvens, temos a impressão de que elas formam figuras de rostos, animais ou objetos. O mesmo acontece à noite, quando olhamos com atenção um céu totalmente estrelado. As estrelas, ou o fundo escuro do céu, parecem formar também figuras diversas. Os antigos também tinham esta sensação e forma eles que imaginaram sãs primeiras constelações no céu.

A constelação do Touro é uma das constelações do Zodíaco, que é uma região muito importante que existe no céu. Ela é importante porque é só no Zodíaco ou nas constelações do Zodíaco (constelações zodiacais) que podemos ver a Lua ou planetas visíveis a olho nu. A partir do Touro, para a direita, as treze principais constelações do Zodíaco são: Gêmeos (GEMINI), Caranguejo (CANCER), Leão (LEO), Virgem (VIRGO), Balança (LIBRA), Escorpião (SCORPIUS), Serpentário (OPHIUCHUS), Sagitário (SAGITTARIUS), Capricórnio (CAPRICORNUS), Aquário (AQUARIUS), Peixes (PISCES) e Carneiro (ARIES).

Não é possível ver todas ao mesmo tempo. Só com o passar das horas e ao longo do ano é que todas podem ser vistas no céu. Isto porque dependendo do mês que fazemos a observação, o Sol fica na direção de uma das constelações do Zodíaco. Acontecendo isto, não podemos ver a constelação onde o Sol está e temos dificuldade de ver outras que estão próximas pois a luz do Sol nos atrapalha. Algumas das constelações zodiacais só possuem estrelas de fraco brilho (de terceira, quarta, quinta ou sexta magnitude) e por isso é difícil encontrá-las. Somente com muita prática de observação é que aprendemos a reconhecê-las. Outras, entretanto, possuem estrelas de primeira ou segunda magnitude, facilitando-nos achá-las no firmamento.

Cartas Celestes: projeção esterografica  (polos). Imagem: As Maravilhas do Céu Estrelado de João Batista Salgado Loureiro e Romildo Póvoa Faria, pg.39, fig. 16-A, 16-B.

As constelações e os mitos que as cercam

PEIXES É formada por estrelas de brilho pouco intenso. Segundo a lenda, esta constelação representa dois peixes unidos por uma corda amarrada em suas caudas, colocados no céu por uma deusa chamada Minerva.

CARNEIROEsta constelação zodiacal possui uma estrela de segunda magnitude, chamada Hamal (Alfa Carneiro). Representa um carneiro que, segundo conta a lenda, possuía uma pele de ouro e foi sacrificado em homenagem a Júpiter, o deus dos deuses.

TOURO Possuí como principal estrela Aldebaran, a Alfa da constelação de Touro. É uma estrela vermelha como Beteugeuse da constelação de Órion. Representa um dos animais caçados pelo gigante Órion.

GÊMEOS A lenda conta que Castor e Pollux, dois irmãos gêmeos, foram representados no céu, formando esta constelação. E seus nomes foram dados às duas estrelas mais brilhantes, de primeira magnitude.

CARANGUEJO Outra constelação difícil de se ver por possuir estrelas de fraco brilho. Considera-se que ela representa um caranguejo que foi enviado para matar Hércules, um antigo herói dos gregos e romanos.

LEÃO Nesta constelação há uma estrela de primeira magnitude, chamada Regulus ou Alfa Leonis. Representa o leão morto pelo herói Hércules no primeiro de seus famosos doze trabalhos.

VIRGEM Simboliza a filha de Icarus (o que tentou voar até o Sol) e carrega numa de suas mãos uma espiga de milho. Esta espiga é marcada, na constelação, por uma estrela de primeira magnitude, chamada de Spica (Alfa Virginis).

BALANÇA - Constelação formada por estrelas de brilho não muito intenso, duas das quais simbolizam os braços de uma balança.

ESCORPIÃO Uma das mais bonitas constelações, visível durante o início das noites de inverno e no começo da primavera. Nela se destaca a estrela Antares, de primeira magnitude e de cor avermelhada. Várias outras estrelas de segunda e terceira magnitudes são observadas nesta constelação, onde não é difícil imaginar um escorpião ou, pelo menos, a sua cauda, ou ainda um grande “anzol” no céu. Segundo a lenda dos gregos e romanos antigos, este escorpião foi enviado pela deusa Hera para matar Órion, o gigante caçador.