quinta-feira, 20 de junho de 2013

Psicopatas/Sociopatas. Eles estão entre nós? Parte I.

Sociopatas/Psicopatas, eles parecem pessoas normais, mas não tem a menor empatia por seu semelhante são capazes de fazer qualquer coisa para atingirem seus objetivos e destruírem outras pessoas. Imagem: Divulgação TXT.

“Dedico essa sequencia de postagem a todas as pessoas de bem que lutam e acreditam em um mundo mais justo e menos violento.”

A gente resiste muito a acreditar na existência do MAL enquanto prática humana! Mas ele está ai, vizinho, rondando cada um de nós, e a gente nem se dá conta! O que assusta nessas pessoas é que  elas parecem tão comuns, tão gente igual à gente. E no entanto, a incapacidade de ter empatia pelo outro revela claramente que elas não são como a gente: psicopata não tem semelhante. Ele nem sabe o que é isso. Essa sequencia de postagens que começo hoje nos fará descobrir que estamos sempre correndo o risco de ser a próxima vítima. Mas, ao mesmo tempo, nos dá as únicas armas possíveis para nos defendermos deles: a possibilidade de reconhecê-los para sair de perto! Tenho por interesse tirar o psicopata que você imagina, aquele assassino sanguinário que você vê nos filmes hollywoodianos, onde o senso comum o confina, para mostrar que a maioria deles não chega ao assassinato, ainda que todos vivam a matar: sonhos, esperanças, a confiança que os outros depositam neles. A boa notícia é que eles são uma proporção muito pequena da população, de modo que podemos continuar apostando na humanidade!

Esses “predadores sociais” com aparência humana estão por ai, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. Por esse motivo, é natural que você esteja agora se perguntando, de forma íntima e angustiada, se as pessoas com as quais convive ou que fazem parte do seu mundo são dotados de consciência ou não. 

Por isso nesse exato momento proponho um passeio mental. Pare e pense:

Nos seus vizinhos;

Nos professores de seu filho;

Nos jovens nas escolas onde estuda;

Nos trabalhadores da sua rua;

Nos amigos dos seus amigos;

Nos líderes religiosos;

Nos políticos de sua nação;

Será que todos, sem exceção, são dotados de consciência? Entre homens e mulheres 4% da população apresentam esse lado sombrio da mente. Destituídos de compaixão, culpa ou remorso!

Se puder, tente imaginar como seria não ter consciência, culpa nem remorso independente do que fizesse, não se sentir de forma alguma tolhido pela preocupação com o bem-estar de estranhos, amigos ou mesmo parentes. Imagine ser capaz de desconhecer a noção de responsabilidade, salvo como um fardo que os outros aparentemente carregam sem questionar. 

Acrescente a capacidade de esconder das pessoas o fato de que a estrutura psicológica delas é radicalmente diferente da sua. Como todos erroneamente pressupõem que a consciência é um atributo universal dos seres humanos, esconder que você não a possui exige pouquíssimo esforço. O sangue-frio que corre em suas veias é tão bizarro, tão completamente alheio à experiência dos outros, que eles nem sequer suspeitam de seu transtorno. E ainda mais é provável que sua estranha vantagem sobre a maioria das pessoas, mantidas na linha pela consciência, jamais seja descoberta.

Imagine ser capaz de não se perturbar por aquela incômoda voz interior que impede outras pessoas de fazer qualquer coisa para alcançar o sucesso. Se necessário, não hesitará em manipular aqueles que confiam em você, tentar acabar com colegas poderosos ou influentes e passar como um trator por cima de grupos de pessoas mais fracas. Não importa qual for a sua ocupação, você manipula e intimida seus subordinados da maneira mais frequente e ultrajante possível sem que corra o risco de ser demitido ou responsabilizado. Deixar os outros tremendo significa ser poderoso.

A ausência de culpa foi, na verdade, o primeiro distúrbio de personalidade reconhecido pela psiquiatria e os termos usados para defini-lo ao longo do tempo. Segundo, o atual Manual diagnóstico e estatístico de distúrbios mentais DSM-IV-TR, da Associação Americana de Psiquiatria, o diagnóstico clínico do “Transtorno da Personalidade Antissocial” deve ser cogitado quando um indivíduo apresentar, no mínimo, três das sete características a seguir:

1- Incapacidade de adequação às normas sociais;

2- Falta de sinceridade e tendência à manipulação;

3- Impulsividade, incapacidade de planejamento prévio;

4- Irritabilidade, agressividade;

5- Permanente negligência com a própria segurança e a dos outros;

6- Irresponsabilidade persistente;

7- Ausência de remorso após magoar, maltratar ou roubar outra pessoa.

       A combinação de três desses “sintomas” é suficiente para levar muitos psiquiatras a considerarem o individuo ausente de consciência ou sociopata (psicopatia).

Seria difícil de refutar a observação de que indivíduos totalmente livres do estorvo de uma consciência às vezes obtêm dinheiro e poder, pelo menos por algum tempo. Um número excessivo de capítulos no livro da história da humanidade, de suas primeiras linhas aos acréscimos mais contemporâneos, está organizado em torno dos grandes sucessos de invasores militares, conquistadores, magnatas sem escrúpulos e construtores de impérios. Esses indivíduos já morreram há muito tempo ou são demasiadamente privilegiados para serem avaliados de maneira que agradaria a um psicólogo clínico. No entanto, com base em determinados comportamentos bastante conhecidos e largamente documentos, concluímos, que um bom número deles não possuí qualquer senso de obrigação baseado em vínculos emocionais com os outros. Ou seja, alguns deles eram, e são sociopatas (psicopatas).

E, como não entendemos esses indivíduos, com sua psicologia nos é estranha, quase nunca os reconhecemos e os detemos até que tenham prejudicado a humanidade de formas inimagináveis. Imagem: Divulgação TXT.

Para piorar a situação, conquistadores cruéis e grandes imperadores em geral são admirados por seus contemporâneos e durante a vida costumam ser vistos como modelos para toda a raça humana. Sem dúvida, inúmeros meninos mongóis do século XIII foram ninados à noite com as histórias do destemido Gêngis Khan, e hoje nos perguntamos qual dos heróis modernos que elogiamos para nossos filhos acabará lembrado pela história como um interesseiro inescrupuloso. Gêngis Khan foi excepcional entre os tiranos sociopatas. Desde que começaram a documentar guerras atividades e projetos de genocídio, os historiadores têm observado com frequência que um determinado tipo de vilão catastrófico e amoral parece renascer constantemente na raça humana. Nem bem nos livramos de um, outro surge em algum lugar do planeta. Do ponto de vista genético populacional, é provável que exista alguma verdade nessa lenda. E, como não entendemos esses indivíduos, com sua psicologia nos é estranha, quase nunca os reconhecemos e os detemos até que tenham prejudicado a humanidade de formas inimagináveis.

Teólogos e cientistas também concordam que há dois erros humanos que costumam contrariar a nossa natureza em geral benevolente.