domingo, 31 de outubro de 2010

Quem são os Mórmons?

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos dias.

Surgiu nos Estados Unidos, em 1830, com o visionário norte-americano Joseph Smith (1805-1844). O nome completo e oficial da igreja é: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O nome da Igreja está relacionado com o fato de estarmos vivendo os últimos dias antes do fim do mundo, segundo seus ensinamentos. O livro sagrado chama-se O livro de Mórmon, o qual foi traduzido por Joseph Smith, em 1830. Apesar do nome, não são reconhecidos como uma religião cristã, pois adotam O livro de Mórmon como norma e não aceitam as principais doutrinas cristãs, como a Trindade, a Ressurreição, a Redenção e outras.

Missionários Mórmons, denominados pela igreja "Elder".

Aos quinze anos de idade, Joseph Smith ficou profundamente impressionado ao ler a epístola de São Tiago 1:5: "se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele dará porque é generoso e dá com bondade a todos". Em 25 de setembro de 1820, saiu pelos campos de Manchester, Estado de Nova York, onde foi envolvido por uma luz fortíssima e ouviu: "este é meu filho muito amado, escutai-o!". Os mensageiros revelaramlhe ainda que todas as religiões existentes no mundo eram erradas e que não se filiasse a nenhuma delas.

Na época, seus pais estavam ligados a Igreja Presbiteriana e participavam ativamente da cruzada de reavivamento espiritual naquela região.
Três anos mais tarde, um anjo incumbiu-lhe de uma missão: restaurar a Igreja de Jesus Cristo. Teria inicialmente de traduzir escritos feitos catorze séculos antes por Mómon (pai do anjo Moroni que apareceu a ele, mas Moroni agora um ser glorificado como a crença da igreja na qual o espirito evolui até se tornar um "deus") e cujo nome se originou da combinação de MORE, que quer dizer mais, em inglês, com MOM, que significa bom, em egípcio.

Esses escritos estariam contidos em placas de ouro escondidas nas proximidades da Palmyra, nos Estados Unidos. Nestes escritos, conforme dissera-lhe o anjo chamado Moroni, encerrava-se a plenitude do Evangelho eterno, assim como foi entregue pelo Salvador aos antigos habitantes da América.

Em 22 de setembro d 1827, Joseph Smith teria recebido o livro em forma de placas de ouro. Mesmo não conhecendo outras línguas além do inglês, traduziu e decodificou o livro, que foi concluído em julho de 1829 e impresso em 1830. Em seguida, as placas de ouro foram devolvidas aos céus.

Inicialmente três e, depois, mais oito homens afirmaram terem visto este livro. O livro de Mórmon narra a história de civilizações antigas e, em especial, a história da chegada de uma família na América do Norte. Esta família se dividiu em dois grupos: lamitas, de cor negra, e os nefitas, de cor branca. Mórmon descendia dos nefitas, e seu filho Moroni foi o autor das plaquetas de ouro, que deram origem ao livro de Mórmon.

No dia 6 de Abril de 1830, em casa de Peter Whitmer, na cidade de Fayette, condado de Seneca, Nova York, Joseph Smith e mais cinco homens reuniram-se e organizaram a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Naquela data, Joseph tinha 24 anos e os outros cinco eram mais ou menos da mesma idade. Durante esta reunião, Joseph recebeu uma revelação pela qual foi designado vidente, profeta e apóstolo de Jesus Cristo. Desde aquele dia ele tem sido chamado de "profeta".

Acreditam que O livro de Mórmon é o livro mais correto da Terra, a pedra fundamental da sua religião e que, seguindo seus preceitos, o Homem se aproximará de Jesus Cristo. O batismo é por imersão e a partir dos sete anos de idade, porque a criança, antes desta idade é considerada anjo e não tem pecados.

Batizam-se também pelos mortos, daí a importância da pesquisa genealógica e da identificação do nome através de plaquetas.

São evolucionistas e acreditam que Deus também evoluiu. A alma preexiste, Deus é aquilo qu o HOmem poderá ser, e o homem é o que Deus já foi, dizem eles. Ao matrimônio atribuem um valor especial. O casamento realizado no templo é eterno, e, mesmo depois da morte, o casal continua casado. A comunhão é feita com pão e água. O domingo é um dia sagrado, é o dia da família. A familia é eterna e recebe uma atenção especial. Joseph Smith permitiu a poligamia para proteger as viúvas de guerras.

A igreja é acusada de ser racista, pois não permitia homens de cor em sua diretoria ( por serem descendentes do Lamitas).

Outra caracteristica da Igreja é o fato de armazenarem alimentos, a fim de estarem preparados para a vinda de Cristo. A hieraquia da Igreja segue uma forma piramidla. No topo, o presidente, depois os doze profetas, seguidos por um grupo maior de setenta bispo, e por último os sacerdotes.

O centro mundial dos mórmons fica em Salt Lake City, estado de Utah, nos Estados Unidos, onde existe a maior e mais completa biblioteca genealogica do mundo. No Brasil, o centro fica em São Paulo.

Leandro CHH

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Kuchenbecker, Valter. O Homem e o Sagrado, 1998.

sábado, 30 de outubro de 2010

!!!!!VOTE CONSCIENTE!!!!!


Grande parte da população odeia política, e odeia votar, obrigado diga-se de passagem, mas convenhamos lutamos tanto por eleições diretas, por termos a possibilidade de escolhermos nossos governantes e agora há cidadãos que vão as urnas sem a menor preocupação, vão lá com a mentalidade de “escolher o candidato menos pior” em vez de escolher alguém com quem realmente ele se identifica e que julga ser um candidato licito, isso é ser um cidadão digno de aplausos, alguém não deve votar por pressão sendo ela da mídia e suas “pesquisas mentirosas” (alguém aqui já fora entrevistado ?) que “forçam” o eleitor indeciso ou desinformado a votar naquele que está na frente para não “jogar seu voto fora”, mas ora isto é que é de fato jogar seu voto fora, cada um deve votar (ou não) naquele candidato que julgue o ideal e não no candidato “da maioria”, ou então votar por pressão de próprios maus candidatos compradores de voto, que lhe prometem emprego, carro, dinheiro, dentadura etc, e até mesmo ameaça de morte para obter o seu tão importante voto.

'Computador' de 2 mil anos previa ciclo das Olimpíadas.


Cientistas decifraram as inscrições de um mecanismo grego de mais de 2 mil anos e sugerem que o sistema servia como um calendário para os jogos esportivos, entre eles, as Olimpíadas.

O Mecanismo é um sistema complexo de rodas e engrenagens

O Mecanismo de Anticítera foi encontrado em 1901 por um grupo de pescadores de esponjas, em um barco naufragado. O complexo sistema é composto por rodas e engrenagens de bronze.

Desde a descoberta, os cientistas já haviam identificado que o Mecanismo era capaz de calcular a posição do Sol e da Lua.

No estudo recente, publicado na edição desta semana da revista científica Nature, um grupo de pesquisadores descobriu que o mecanismo servia ainda como uma espécie de computador que armazenava informações sobre o ciclo quatrienal dos jogos esportivos pan-helênicos.

Liderado por Tony Freeth, do Projeto de Pesquisa do Mecanismo de Anticítera, o grupo fez radiografias dos 30 discos do sistema e conseguiu decifrar as pequenas inscrições gravadas nas superfícies.

Um dos discos, até então considerado um calendário de 76 anos, estava gravado com as palavras “Olympia”, “Nemea” e “Naa”– referência ao nome de alguns dos jogos pan-helênicos, formados por quatro jogos que ocorriam ao longo de quatro anos.

“O ciclo das Olimpíadas era um ciclo de quatro anos muito simples, e não era preciso um instrumento sofisticado como esse para fazer o cálculo. Foi uma grande surpresa quando vimos isso”, disse Freeth.

“Mas os Jogos tinham tanta importância cultural e social que não é incomum o fato de terem sido inscritos no Mecanismo”, afirmou.

“As novas inscrições revelam que o mecanismo não era simplesmente um instrumento de ciência abstrata, mas que demonstrava fenômenos astronômicos relacionados com as instituições sociais da Grécia”, disse o pesquisador.

Arquimedes

O grupo de pesquisadores identificou ainda que o mecanismo trazia o nome dos 12 meses. Segundo o estudo, os nomes seriam de origem coríntia, o que indicaria que o conceito do mecanismo poderia ser estendido até Arquimedes, que viveu entre 287 a.C e 212 a.C.

De acordo com Alexander Jones, professor do Instituto para o Estudo do Mundo Antigo em Nova York, nos Estados Unidos, o Mecanismo de Anticítera foi muito provavelmente construído “décadas depois” da morte de Arquimedes.

Caso realmente tenha origem na região coríntia de Siracusa, é possível que o Mecanismo tenha sido criado pela escola de cientistas e inventores de instrumentos inspirada nos ensinamentos de Arquimedes.

O artefato foi encontrado pelos mergulhadores ao lado de outros tesouros e retirado dos restos de um naufrágio a 42 metros de profundidade na ilha de Anticítera, entre Creta e Citera.

O Mecanismo de Anticítera está exposto no Museu Nacional de Arqueologia, em Atenas.

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080731_computadorgrego_np.shtml

Arqueólogos encontram mina que pode ter sido do Rei Salomão.

A descoberta de uma mina de cobre na Jordânia pode ser ser uma indicação da existência do personagem bíblico Rei Salomão, segundo arqueólogos.

As escavações já estão sendo realizadas a 11 anos.

Através de testes de radiocarbono, os cientistas constataram a existência de minas de cobre em uma região e época que coincidem com descrições feitas no Velho Testamento.

Até essa descoberta, acreditava-se que a extração e o aproveitamento do cobre só começaram a existir na Jordânia depois do século 7 a.C., ou seja, 300 anos depois da suposta existência do rei.

"A pesquisa apresenta dados científicos que confirmam o que está escrito na Bíblia", afirmou à BBC Brasil um dos líderes do grupo de arqueólogos, Mohammad Najjar, da instituição jordaniana Friends of Archaeology & Heritage, que conduziu o projeto em parceria com a universidade americana de San Diego.

"Foi uma surpresa, não esperávamos encontrar tantos artefatos de metal produzidos antes do século 7 a.C.", disse Najjar.

"Não é possível dizer com certeza se as minas encontradas são mesmo as do rei Salomão, mas neste momento, as possibilidades de ele ter existido aumentaram bastante."

"O que se sabe, indiscutivelmente, é que o povo edomita – descendentes de Esaú, segundo a tradição hebraica – praticava a metalurgia na época indicada pela Bíblia, muito antes do que se pensava", disse.

A escavação vem sendo conduzida em Khirbat en Nahas, um antigo centro de produção de cobre ao sul do Mar Morto, desde 1997.

Lendas

Segundo o Velho Testamento da Bíblia cristã (que utiliza escrituras judaicas, o Tanakh), o rei Salomão teria unido os reinos hebreus de Israel e Judá por 30 anos, cerca de 1000 a.C..

Segundo a Bíblia, Salomão teria sido o terceiro rei dos hebreus, depois de Saul e Davi, e seu reinado, um período de fartura.

No entanto, não existiam evidências de sua existência ou de um reino que dominasse conhecimentos de metalurgia à época naquela região.

As lendas em torno do personagem cresceram no século XIX, quando o inglês Henry Ridder Haggard publicou seu romance de ficção As Minas do Rei Salomão, que popularizou o mito em torno dos segredos de supostas minas com tesouros em ouro, diamante e marfim.

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http://www.bbc.co.uk/

Pesquisa revela uso de armas químicas contra romanos.

Betume e Cristais de Enxofre

Um pesquisador da Universidade de Leicester, na Inglaterra, diz ter identificado o que parece ser a mais antiga evidência arqueológica do uso de armas químicas.

Segundo o pesquisador Simon James, cerca de 20 soldados romanos, encontrados em um sítio na antiga cidade de Dura-Europos, localizada no atual território da Síria, foram mortos não devido a ferimentos de espada ou lança, mas sim por asfixia.

Os corpos de soldados romanos foram encontrados em escavações realizadas na década de 1930. Eles estavam em uma galeria estreita, com menos de 2 metros de altura e de largura e cerca de 11 metros de comprimento, e ainda portavam suas armas.

Ao realizar novas pesquisas no local, James buscou descobrir a maneira exata como esses soldados haviam morrido e seus corpos haviam sido dispostos da maneira em que foram encontrados.

James disse que pesquisas na galeria em que os corpos foram encontrados revelaram que os persas, em combate com os romanos, teriam usado betume e cristais de enxofre para incendiar o túnel.

De acordo com o cientista, quando incendiados esses materiais formam densas nuvens de gases sufocantes, o que teria provocado a morte dos soldados.

James apresentou suas descobertas em um encontro do Archaeological Institute of America (Instituto Arqueológico da América)

Cerco

Situada nas margens do rio Eufrates, Dura-Europos foi conquistada pelos romanos, que instalaram ali uma grande guarnição militar.

Por volta do ano 256, a cidade sofreu um cerco feroz do Exército do poderoso império Sassânida (dinastia que governava a Pérsia).

De acordo com pesquisadores, os sassânidas usaram todas as técnicas disponíveis para conquistar a cidade. Os cientistas dizem que foi usada inclusive a construção de minas para abrir brechas nas muralhas e que os romanos se defenderam com contraminas.

"Uma análise cuidadosa da disposição dos corpos mostra que eles foram amontoados na entrada da contramina pelos persas, que usaram suas vítimas para criar uma parede de corpos e escudos", disse James.

"(Os persas) deixaram o contra-ataque romano encurralado enquanto incendiavam a mina, fazendo com que desmoronasse, o que permitiu que continuassem tentando derrubar as muralhas", afirmou.

Segundo James, "isso explica por que os corpos estavam no local em que foram encontrados".

Estratégia

De acordo com o pesquisador, para conseguir matar 20 homens em um espaço como aquele, os persas precisariam de "poderes de combate super-humanos, ou algo mais insidioso".

"Os persas ouviram os romanos construindo seu túnel", disse James. "E prepararam uma terrível surpresa para eles."

"Acho que os sassânidas colocaram braseiros e foles na galeria, e quando os romanos entraram, (os sassânidas) colocaram os produtos químicos e lançaram as nuvens de gases para dentro do túnel dos romanos", afirmou o pesquisador.

"Os romanos ficaram inconscientes em segundos, e estavam mortos em poucos minutos."

Conforme James, o uso desse tipo de geradores de fumaça dentro de túneis é mencionado em alguns textos clássicos.

"Fica claro, com as evidências arqueológicas em Dura-Europos, que os persas sassânidas tinha tanto conhecimento de técnicas de guerra quanto os romanos. Eles certamente conheciam essa tática", disse.

Ironicamente, as minas persas não foram suficientes para derrubar as muralhas, mas os sassânidas acabaram entrando na cidade.

Os habitantes foram massacrados ou deportados para a Pérsia, e a cidade abandonada.

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080904_generomaaids_np.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080826_estatuaimperadoromano_fp.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080815_cabecaestatuaimperatriz_fp.shtml

Múmia de 700 anos é apreendida na Bolívia rumo à Europa.

Passeio de Múmia

A polícia boliviana apreendeu em La Paz uma múmia de uma criança de cerca de 700 anos atrás, aparentemente de ascendência peruana, ao tentar sair da Bolívia em uma caixa com destino a Europa, informou o arqueólogo Jedú Sagárnaga, da Sociedade de Arqueologia de La Paz,

"Um policial descobriu (no início da semana) os restos em uma caixa no escritório (estatal) dos Correios e isto demonstra que é muito provável que existam redes de tráfico de peças arqueológicas", disse.

Sagárnaga contou que realizou uma inspeção dos restos, que se encontram em bom estado de conservação e poderiam corresponder a um menino ou menina de seis anos, enterrado em posição fetal.

O corpo está envolvido em tecido, o que faz supor que é de ascendência peruana, "Esse era o costume e não acredito que seja boliviano, porque aqui seriam envolvidos em palha", afirmou o pesquisador à AFP.

"É provável que a múmia provenha das culturas (peruanas) Chancay (na costa central, entre 1.200 e 1.470 d.C.) ou Paracas (500 a.C)", explicou.

Os restos ainda estão em poder da polícia, que espera um trâmite do Ministério boliviano da Cultura para sua entrega ao departamento governamental de arqueologia, que posteriormente realizará uma avaliação detalhada.

Se for provado que a múmia procede do Peru, ela será devolvida, como parte de acordos bilaterais.

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http://www1.folha.uol.com.br/

Legislação federal insuficiente deixa patrimônio fóssil nacional desprotegido.

Ciência oculta no solo

Exemplar de Exae Retodon Riograndensis, réptil do período Triássico, que faz parte do acervo do Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto da UFRGS

Terminado o prazo de quatro anos, fósseis de crocodilos de aproximadamente 80 milhões de anos, encontrados em Campina Verde, Minas Gerais, no início de 2008, deverão ser devolvidos a instituições mineiras. O material foi levado por pesquisadores à Universidade de São Paulo (USP) para estudos, mas deve retornar a Minas em respeito à legislação estadual.

Decisões polêmicas como essa ocorrem porque a legislação brasileira a respeito de fósseis – vestígios de plantas ou animais pré-históricos – é insuficiente. Além de não definir de forma clara o papel dos estados em relação à conservação dos materiais, os códigos existentes também não estabelecem punições para os crimes contra o patrimônio mineral da União.

Leis regionais - Sabendo das carências da legislação nacional, os estados brasileiros tentam estabelecer regras locais que garantam a integridade de seu patrimônio mineral. É o que acontece em Minas Gerais e no nosso estado. A paleontóloga da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), Ana Maria Ribeiro, esclarece que os fósseis são considerados patrimônio do RS. “A Lei Estadual n.º 11.738, de 2001, prevê a preservação dos sítios paleontológicos e orienta que os fósseis continuem no estado.” Isso não significa que eles serão estudados apenas por pesquisadores gaúchos, mas que os fósseis aqui encontrados devem ficar sob a guarda de instituições sul-rio-grandenses de pesquisa ou de ensino. “O fóssil precisa ser integrado a uma coleção que tenha um curador, um paleontólogo responsável. Além disso, essa coleção tem de estar aberta à comunidade científica nacional e internacional”, observa a paleontóloga, acrescentando que o estado possui diversas organizações com estrutura adequada, como a UFRGS, a PUCRS e a própria FZB.

Em Minas Gerais, uma lei estadual de 1994 define que os bens paleontológicos encontrados no território mineiro só podem ser retirados para intercâmbio científico por prazo determinado e com autorização do poder público. Assim, os fósseis de crocodilos descobertos em Campina Verde serão devolvidos à cidade, que deverá criar um museu para abrigar as peças.

Se, por um lado, as medidas de proteção aos patrimônios paleontológicos estaduais fortalecem os centros de pesquisa, por outro, podem ocasionar o armazenamento do material em locais sem a estrutura básica necessária. A pesquisadora pondera que “se os fósseis voltarem a Minas, eles devem ficar em uma instituição que tenha estrutura, como a Universidade Federal de Ouro Preto, a Universidade Federal de Minas Gerais ou o Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, em Peirópolis”. O risco, conforme Ana Maria, é de que os itens retornem a um local que ainda não esteja preparado para recebê-los.

Lacunas na legislação - Segundo a convenção que regulamenta a importação, a exportação e a transferência de propriedades ilícitas dos bens culturais, elaborada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1970, o comércio internacional de fósseis é ilegal, mas não há menção a castigos para quem os compra ou vende. No Brasil, a convenção foi promulgada em 1973 com o Decreto n.º 72.312. O professor do Instituto de Geociências da UFRGS e presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), João Carlos Coimbra, considera a indeterminação das penas a maior inconveniência relacionada à legislação vigente. Ele constata que “as leis são muito boas, mas a maioria não diz qual é a punição para quem as infringir”. Ana Maria analisa a questão pelo mesmo ângulo. “Leis de proteção aos fósseis nós temos desde 1942. O grande problema hoje é a punição.”

A Portaria n.º 55 do MCT, de 1990, determina que os fósseis encontrados em território nacional devem permanecer aqui e que pesquisadores estrangeiros que desejem estudá-los necessitam de permissão do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP). “Para um estrangeiro ir a campo no Brasil, ele precisa de uma licença solicitada por um pesquisador brasileiro, que deverá acompanhá-lo”, explica Coimbra. Ana Maria completa: “Se você está numa área de preservação, é importante que registre seu projeto no DNPM e também solicite uma autorização ao Instituto Chico Mendes para trabalhar naquele território”.

Comércio internacional - Uma dificuldade enfrentada com relação aos estrangeiros é que, em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Japão, a comercialização de fósseis é permitida. Pesquisadores de outras partes do mundo, desconhecendo a legislação brasileira, acabam levando os fósseis ilegalmente para fora do país com o objetivo de estudá-los. Há casos, entretanto, de indivíduos que, mesmo conhecendo a lei, exercem o comércio ilegal de fósseis pela alta rentabilidade que ele oferece. “O tráfico de fósseis, mundialmente, só perde, em termos de volume de capital movimentado, para drogas e obras de arte”, revela Coimbra. “Recentemente, tivemos um problema com o paleontólogo inglês David Martill. Ele coletava ilegalmente no Brasil, sabendo que é proibido.” Em 2006, o pesquisador da Universidade de Portsmouth, Inglaterra, foi flagrado por uma equipe do jornal O Estado de S. Paulo tentando comprar fósseis no interior do Ceará.

O controle do trabalho de paleontologia é feito pelo DNPM (o fóssil é, primeiramente, um bem mineral) em parceria com a Polícia Federal brasileira. No entanto, a legislação afirma igualmente que o fóssil é patrimônio cultural. Nesse caso, a responsabilidade passaria a ser do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Coimbra ressalta que “o responsável é o DNPM, mas o Iphan está querendo participar. Esse órgão tem feito várias reuniões com a SBP, com o poder público e com o DNPM. Ainda está em negociação, não há nada definido”.

Descentralizar é preciso

Em um ponto, a maioria dos paleontólogos concorda: a descentralização dos materiais é positiva, desde que feita com responsabi­lidade. “É mais importante surgirem novos museus, pequenos, mas numerosos, em diferentes lugares, do que o investimento de grande porte em museus centralizados nas capitais”, afirma João Carlos Coimbra, profes­sor do Instituto de Geociências da UFRGS e presidente da Sociedade Brasileira de Paleon­tologia (SBP). Para ele, a ampliação territorial da ciência ocasionará novas descobertas de fósseis em todo o país. No entanto, alerta que as coleções devem ficar sob a responsabilidade de uma equipe competente, com estrutura adequada para receber os itens. Além disso, as novas peças precisam ficar à disposição de paleontólogos de todo o mundo. “Os pesqui­sadores de outros estados e países devem ter acesso a esses fósseis, para fazer, inclusive, comparações. É por isso que se recomenda sua armazenagem em instituições de pesquisa.”

O surgimento de novos polos paleon­tológicos começou, segundo o professor, com a expansão da rede de ensino superior, ocor­rida a partir de 2003. “A Paleontologia está se interiorizando rapidamente. Diversas regiões do país têm cursos de pós-graduação nessa área”, explica. A pesquisadora da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Ana Maria Ribeiro, concorda: “Antigamente, grande parte do material ia para o Museu Nacional no Rio de Janeiro ou para o Museu do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP), também no Rio. Então, todo o material do Brasil ficava concentrado lá. Os investimentos na Paleontologia e o aumento da formação de profissionais descentralizaram os acervos. Isso é muito importante.”

A propagação dos museus de paleonto­logia resulta da popularização dessa espe­cialidade. A paleontóloga acredita que filmes como Jurassic Park chamaram a atenção das pessoas e ajudaram a criar uma cultura de preservação e respeito ao patrimônio. “Quando comecei a trabalhar com fósseis, meus pais diziam: ‘a Ana está mexendo com uns ossinhos’”, lembra. Hoje, muitas instituições fazem trabalhos de educação básica para conscientizar as crianças sobre a importância dos acervos. Para ela, o debate em torno da questão é fundamental para o aumento do cuidado com os itens que têm sido encontrados.

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http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/

Não posso votar em José Serra!

José Serra

1-A Operação Vampiro

A chamada “Operação Vampiro” desvendou uma quadrilha que atuava no Ministério da Saúde, nas licitações para a compra de medicamentos. As investigações indicam que “vampiros” da máfia do sangue faziam parte do esquema PC Farias da rede de corrupção de Collor. Porém, a máfia seguiu atuando impunemente. No governo FHC, o ministro José Serra conviveu por quatro anos com os mafiosos sem incomodá-los, enquanto embolsavam R$ 120 milhões por ano. Difícil imaginar que Serra não soubesse de nada do que estava acontecendo sob seu nariz.

2-Os genéricos e as multinacionais

A propaganda do PSDB mostra Serra como um homem corajoso, que enfrentou as multinacionais no caso dos remédios genéricos. Tudo mentira. Ele fez um grande acordo com as multinacionais, que puderam importar diretamente, sem impostos, os produtos fabricados no exterior, levando inclusive algumas empresas nacionais à falência. Depois do período inicial, com genéricos mais baratos, o conjunto dos remédios foi ficando cada vez mais caro. Hoje, as multinacionais ampliam seus lucros, vendendo diretamente produtos importados, sem pagar nada de impostos, e com preços cada vez mais altos.

3-Horror a liberdade de imprensa na internet.

O tucanato está horrorizado com a liberdade de imprensa da internet. Luiz Nassif foi afastado da TV Cultura e o blog Flit Paralisante, que faz críticas à segurança pública de São Paulo, foi excluído pelo Google, por causa de pedido judicial de José Serra. Mas o blog já está no ar.

4-Desemprego.

Entre 1995 e 1999, devido à teoria tucana de que o emprego com carteira assinada o emprego de melhor qualidade – estaria com os dias contados, o Brasil perdeu 1,2 milhão de empregos. Só em 1998, perdemos 581 mil postos de trabalho. Nos oito anos de governo do PSDB, o Brasil criou míseros 797 mil empregos.

5-Educação.

Especialmente, se pensarmos no que foi sua atuação como Governador, onde ele não apenas não negociou com os variados setores, protagonizando cenas de confronto como na invasão da USP, guerra de polícias e agressão aos professores.

http://www.idelberavelar.com/archives/2009/06/urgente_policia_de_jose_serra_espancando_e_bombardeando_estudantes_na_usp.php

Jesus Cristo ajude povo da nação brasileira.

Leandro CHH

Não posso votar em Dilma Rousseff!

Dilma Rousseff

1- Não voto em ex-terrorista e ex-assaltante que lutava para implantar no país uma ditadura comunista como a cubana, e que até hoje afirma ter orgulho dessa luta, sem ter mudado de lado;


2-O PNDH-3 dá uma idéia do que eles realmente querem: censurar a imprensa de vez e transformar o Brasil numa grande bagunça onde aborto e casamento gay seram coisas "legais".

3- O MST apoia Dilma, e Dilma veste o boné do MST, literalmente. O MST é um movimento criminoso, financiado por nossos impostos, que invade propriedades privadas, que defende a revolução armada comunista em pleno século XXI;

4- Os piores "coronéis" do PMDB estão todos com Dilma! Sarney, Michel Temer, Ciro Gomes, Jader Barbalho, Fernando Collor, e muitos outros, todos aliados de Dilma. O fisiologismo chegou a patamares impensáveis.

5-A democracia corre perigo, de verdade. Como votar em alguém assim? Seria um atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas. Não seja cúmplice disso! Não vote em Dilma.

Senhor Jesus Cristo, proteja o povo da nação brasileira!

Leandro CHH

Desigualdade legitimada.

Poucos percebem o quanto a relação entre ricos e pobres é de causa e efeito.

É triste, mas qualquer cidade brasileira ilustra a disparidade social característica do nosso continente. Apesar do evidente abismo entre as classes, pouco se questiona sobre a origem dessa realidade, usualmente atribuída apenas à herança histórica do Brasil. Mas enquanto a responsabilidade se restringe aos ombros do passado, nossas elites mantêm, discretamente, uma estrutura de poder secular.

A partir da tese de que a concentração de renda é uma grave causa da situação mundial, especialmente no caso brasileiro, foi realizado em novembro o Seminário Latino-americano
Riqueza e Desigualdade na América Latina. A atividade, organizada pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia (PPGS) da UFRGS, integrou a programação da 55.ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Injusta miséria – Antonio Cattani, professor do PPGS, foi o principal organizador do evento. De acordo com ele, a América Latina tem o pior quadro de desigualdade social do mundo. “Muito além do que a África apresenta. Lá os países são mais pobres como um todo, mas as diferenças não são tão acentuadas quanto aqui. Nosso continente é o mais desigual porque a concentração de renda é maior. Todos os índices da ONU e de várias organizações internacionais confirmam isso”, afirma.

Diferentemente do território africano, o Brasil possui inúmeros recursos naturais, cuja renda nunca foi distribuída. “Todos os ciclos econômicos brasileiros (pau-brasil, cana-de-açúcar,
borracha, café, etc.) geraram muita riqueza e poderiam ter beneficiado o conjunto da população. Mas apenas reforçaram as desigualdades existentes e as consolidaram ao longo dos séculos”, avalia o professor do PPGS. Para Ricardo de Oliveira, sociólogo e professor da UFPR, o Brasil já nasceu desigual. “O momento fundador da classe dominante tradicional foi a
distribuição das sesmarias, quando as bases iniciais da estrutura agrária se formaram. A posse da terra e as extensas propriedades rurais representam as primeiras grandes genealogias do poder no Brasil”, garante.

Esse modelo de apropriação das riquezas pelos já ricos, segundo Antonio Cattani, mantém-se intacto. “Hoje, há o ciclo da soja, que acompanha a lógica de todos os outros: geração fantástica de renda, depredação dos recursos naturais e pouquíssimos beneficiados, que são, principalmente, os grandes proprietários e exportadores. O mesmo acontece com o eucalipto.
Apresentado como a salvação da metade sul do nosso estado, acredito que ele será responsável por um desastre ecológico, não criando muitos empregos e beneficiando poucas pessoas ligadas à exportação e à produção de celulose.”

A concentração de poder e riqueza observada em nosso país, para Cattani, é absolutamente nefasta. “Há um quadro que expõe o ciclo concentrador: de 1970 a 2006, 1 a 10% da população controlou cerca de 50% da riqueza nacional. Ou seja, de forma estável, em 36 anos não mudou quase nada. Passando por Regime Militar, Nova República, etc., só agora está havendo uma pequena melhora”, aponta.

Fernando Ferrari Filho, professor do Departamento de Economia da UFRGS, vê o presente com mais otimismo. Para ele, houve melhorias em relação à distribuição de renda nos últimos anos que não podem ser ignoradas. “O índice de Gini (que mede a desigualdade) melhorou, se reduziu o grau de miséria absoluta, houve uma evolução significativa, em termos reais, do salário mínimo e se incluíram agentes até então marginalizados. Eu não seria cético a esse ponto; diria que houve melhoras, mas tímidas.”

O capital governa – A aliança e a codependência entre os agentes políticos e os econômicos explicam nossa dura realidade. Para Ricardo de Oliveira, o poder financeiro estrutura relações privilegiadas entre o Estado e o capital. “Amplas redes políticas de interesses entre empresários e políticos garantem vantagens e relações privilegiadas para a reprodução das grandes fortunas. Ninguém pode ser grande empresário sem estar muito bem amparado nos cargos e nas políticas do Estado”, afirma.

Um modo de reverter esse ciclo de concentração, segundo Ferrari, seria adotar medidas que influíssem nas rendas e ganhos dos mais abastados. “É necessário mais do que crescimento
e estabilidade da economia. Políticas macroeconômicas [fiscal, cambial e monetária] ativas são fundamentais. Por exemplo, em termos de política fiscal, deveria haver alíquotas de imposto de renda maiores para quem ganha muito, deveria se tributar as grandes fortunas e o capital especulativo, bem como teria de haver mais programas de cunho social e investimentos públicos. Os recursos resultantes dessas taxações deveriam ser revertidos em políticas públicas e sociais”, pondera.

Antonio Cattani, porém, considera mais grave o contexto: “A pobreza continua sendo produzida atualmente. Ela não é apenas um resquício histórico que será saldado com políticas públicas dirigidas aos pobres. Ações voltadas às populações mais vulneráveis são necessárias, pois podem tirar milhares de pessoas que estão abaixo da linha de pobreza. Mas sai uma e o sistema põe dez de volta. O modelo econômico produz mais pobreza do que as políticas públicas conseguem retirar”.

O professor Oliveira entende que há uma relação entre os ricos e poderosos e a produção de desigualdades e pobreza no Brasil. Assim, as carências de muitos refletem os luxos de poucos.

Ele acredita que “a tributação de grandes fortunas, a distribuição de renda e os mecanismos de democratização das decisões, para serem efetivos, precisariam conhecer as formas de riqueza e de poder em uma sociedade”.

Porém, raros governantes sugerem restrições às elites. “É difícil propor uma agenda cujo objetivo seja a distribuição de renda por meio de medidas macroeconômicas, usando mais do que a lógica de crescimento da economia. Nas eleições, a maioria das alianças é feita com representantes do capital em detrimento das bases populares. E os beneficiados com o modelo atual não endossam propostas para uma agenda econômica alternativa”, assinala Fernando Ferrari.

Não por acaso, os ricos seguem atuando fortemente no cenário político. De acordo com Cattani, “dos cerca de 500 deputados federais que o Brasil tem, mais de 70 estão ligados ao setor financeiro. Soma-se a eles a bancada dos grandes ruralistas, das escolas particulares, etc. No final, de 60 a 70% do nosso Congresso está diretamente ligado às engrenagens desse macropoder”, alerta o pesquisador.

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