terça-feira, 16 de novembro de 2010

Laser no campo de batalha.

Novas armas de luz mostram que o laser pode ir além das apresentações de PowerPoint

As pistolas laser ainda estão longe. Mas um tanque assim pode chegar logo. O Departamento de Defesa dos EUA lançou um desafio às empresas de tecnologia militar: desenvolver um canhão que sustente um raio de 100 quilowatts de potência por pelo menos 300 segundos – o suficiente para derrubar mísseis pequenos.

O prazo termina em 2008. A novidade dessa história, no entanto, nem é a arma laser em si. A primeira vez que um canhão desses conseguiu derrubar um míssil (em testes) foi em 1978. Em 2004, a construtora de armas Northrop Grumman conseguiu afinar o sistema e acertar até alvos minúsculos, como morteiros – usando uma potência até maior que os 100 quilowatts. Se é assim, qual o sentido desse desafio do Pentágono? Simples: esses canhões não podem se mover. O problema é o combustível deles. São dois compostos químicos que, combinados, produzem um gás. E ele fornece a luz do laser. Só que, para produzir o tal gás na quantidade suficiente para um tiro, vão caminhões de produtos químicos. Literalmente.

Então eles precisam construir uma fábrica debaixo do canhão para a coisa funcionar. Nada prático para um campo de batalha, certo? O que o Pentágono quer, então, é um canhão tão forte quanto os de laser químico, mas que seja pequeno o suficiente para caber num tanque ou num caminhão. Aí o jeito é imitar aqueles laser pointers de chaveiro: usar energia elétrica, um combustível bem menos potente que os produtos químicos. Mesmo assim, as coisas estão andando. Uma das empresas no páreo, a Lawrence Livermore, fez neste ano um laser elétrico capaz de derrubar morteiros a 1 quilômetro de distância. Por enquanto, a potência está na casa dos 25 quilowatts – o que dá uns 5 milhões de laser pointers juntos. Se cuida, Hans Solo.

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A verdadeira história do Natal.

A humanidade comemora essa data desde bem antes do nascimento de Jesus. Conheça o bolo de tradições que deram origem à Noite Feliz


Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.

Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de "nascimento" do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.

A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o "renascimento" do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.

A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, esse culto é o que daria origem ao nosso Natal. Ele chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.

Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome ("Religiões de Roma", sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.



Solstício cristão

As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. "Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade", diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. "Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural", afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.

Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.

Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.



Nasce o Papai Noel

Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, "profissional". Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.

Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.

Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.



Natal fora-da-lei

Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos – os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16.

Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.

Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de "Christmas" (Christ’s mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) – já que "missa" é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.

A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.



Tio Patinhas

Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam "para acabar com o crescimento da população", dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.

Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada – o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha – o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do "espírito natalino" que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal da Xuxa, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.

Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra – aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte – para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol.

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A disputa sobre as ilhas Curilas. Infografia.


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Tóquio adia acordo de cooperação com a Rússia devido a visita de Medvedev as ilhas Kuriles

Inventam de tudo para criar uma guerra

Japão adiou a assinatura de um documento sobre a cooperação econômica com a Rússia em protesto contra a recente visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, Ilha Kunashir, o Arquipélago Curilas, território reivindicado pelo Japão, informou agência de notícias Kyodo .

Medvedev nas ilhas Kuriles

"O problema dos Territórios do Norte (nome japonês para quatro ilhas Curilas do Sul) é um grande problema. As ações do presidente (russo) ferir os sentimentos dos japoneses ", disse o ministro japonês da Economia, Akihiro Ohata. Rússia e Japão planejam assinar o documento para os seus respectivos Ministérios das Finanças no âmbito do IV Fórum de investimento russo-japonesa realizada em Tóquio. O documento prevê acordos para continuar a desenvolver a cooperação económica e investimentos estrangeiros.

O programa do fórum prevê a participação do ministro japonês da Economia, mas no caso envolveu o seu suplente, Tadahiro Marsushita. Por sua vez, o ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Elvira Nabiullina, que abriu o fórum, depois de um breve discurso, saiu da sala dizendo negócio urgente na Rússia. Relações entre a Rússia eo Japão estão em tensão após o último 1 novembro Kunashir Medvedev viajou para a ilha mais meridional do arquipélago das Ilhas Curilas, no que foi a primeira visita de um presidente russo a esses territórios que os pedidos de Tóquio como o seu próprio após o término da Segunda Guerra Mundial em 1945.

O primeiro-ministro japonês lamentou a visita, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão convocou o embaixador russo no Japão, Mikhail Beli, e entregou-lhe uma nota protestando contra a visita, também citou o seu embaixador na Rússia Masaharu Kono.

Por seu turno, a Rússia insiste que o líder russo não tem obrigação de concordar com as rotas da viagem para seu país. Japão reivindica as ilhas de Iturup, Kunashir, Shikotan e Habomai reivindicando um tratado assinado em 1855. As ilhas foram transferidos para a União Soviética sob os acordos internacionais assinados no final da Segunda Guerra Mundial. A Rússia, como sucessora legal da URSS, assumiu a soberania destes territórios.

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http://sp.rian.ru/neighbor_relations/20101112/147883145.html

Dinossauros eram bem mais altos do que se imaginava, dizem cientistas.

Mais e mais altos

Como se os dinossauros, ou pelo menos alguns deles, já não fossem grandes o bastante, um novo estudo relata que os esqueletos que vemos em museus deveriam ser até 30 centímetros mais altos do que o são hoje. Os dinossauros, escreveram paleontólogos na revista científica "PLoS One", tinham grossos pedaços de cartilagem entre suas juntas --e isso aumentava sua altura.

Conduzindo o estudo, os pesquisadores examinaram dois parentes modernos dos dinossauros, o avestruz e o crocodilo. Eles mediram comprimentos de membros dos animais, e então descarnaram os membros, removendo o peso de cartilagem e tecidos moles.

Em ambos os casos, a cartilagem representou aproximadamente de 6% a 10% do comprimento dos membros nessas criaturas.

Os cientistas usaram essa informação para estimar a espessura da cartilagem em diversos dinossauros.

A cartilagem pode não ter elevado significativamente a altura de dinossauros terópodas, como o tiranossauro, pois eles se movimentavam numa posição encurvada, afirmou Casey Holliday, paleontólogo da Universidade do Missouri e principal autor do estudo.

Mas os dinossauros ornitísquios e saurópodes, como o tricerátopo e os braquiossauros, tinham uma postura mais ereta e podem ter sido mais altos do que se imaginava anteriormente. Os braquiossauros, com altura estimada de 13 metros, poderiam ser 30 centímetros mais altos, segundo o estudo.

"As cartilagens e outros tecidos moles foram todos perdidos", disse Holliday. "O fato de que estamos vendo essa cartilagem gigante pode significar que mais paleontólogos tentarão analisar os tecidos moles".

Em humanos, os ossos possuem saliências chamadas côndilos, que ajudam a formar as juntas. Uma quantidade mínima de cartilagem é necessária. Como os espécimes de ossos de dinossauros geralmente possuem pontas arredondadas, grossas capas de cartilagem podem ter agido como côndilos.

Entender a cartilagem dos dinossauros pode ajudar os cientistas a aprender mais sobre a velocidade com que essas criaturas podiam andar ou correr, afirmou Holliday.

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Pólen jurássico pode explicar extinção dos dinossauros.

Dinossauros em Pauta

De todos os espaços da feira de ciência Empírika, que acontece em Salamanca, Espanha, o estande dos dinossauros é certamente o mais lotado --e o preferido pelas crianças.

Historiador Luis Angel Izquierdo, do Museu dos Dinossauros, mostra fósseis durante feira de ciências Empírika, na Espanha

O espaço tem fósseis originais e réplicas de peças encontradas especialmente na região norte da Espanha, onde, de acordo com o historiador Luis Angel Izquierdo, está boa parte da riqueza fóssil desse país.

Izquierdo é do Museu dos Dinossauros, da Fundação para os Estudos de Dinossauros da região de Castela e Leão, responsável pelo estande na Empírika.
Sabine Righetti/Folhapress
Historiador Luis Angel Izquierdo, do Museu dos Dinossauros, mostra fósseis durante feira de ciências Empírika, na Espanha
Historiador Luis Angel Izquierdo, do Museu dos Dinossauros, mostra fósseis durante feira de ciências Empírika, na Espanha

A Espanha é privilegiada em fósseis marinhos, como conchas de cerca de 500 milhões de anos. Nesse país também estão os icnofósseis (nesse caso, pegadas de dinossauros) mais nítidos já encontrados até hoje, em Costalomo, na região de Castela e Leão.

Lá, está registrado um longo caminho traçado por um dinossauro que atravessou um rio. Como o fundo era de lama, as pegadas ficaram marcadas depois que o rio secou, como um molde em argila.

FLORA JURÁSSICA

Os pesquisadores da região espanhola de Castela e Leão também estão focados em um projeto de paleobotânica coordenado pelo Museu dos Dinossauros, que visa estudar restos de plantas jurássicas, como folhas e troncos.

De acordo com Izquierdo, isso é importante para entender as condições climáticas e ambientais nas quais os dinossauros viveram --o que pode ajudar a entender por que eles foram extintos.

Recentemente, arqueólogos e paleontólogos espanhóis descobriram em Salas de los Infantes, um município na província de Burgos, pedras com pólen de até 135 milhões de anos.

Os estudos dos pólens encontrados (o que é chamado de paleopalinologia) revelaram grande diversidade de gminospermas, pteridófitas e briófitas (como musgos), o que pode sinalizar a prevalência de clima subtropical naquele período.

Já a quantidade de angiospermas descobertos pelos cientistas na região foi pequena, talvez porque essas plantas surgiram na Terra entre 140 e 130 milhões de anos. "Esses achados podem ser uma luz para entendermos a evolução das plantas", destaca Izquierdo.

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Elefantes são 'engenheiros' que ajudam na biodiversidade, diz estudo.

Elefantes na Engenharia

Um estudo de cientistas americanos afirma que áreas destruídas por elefantes abrigam mais espécies de anfíbios e répteis do que aquelas que ficam intocadas, o que faz dos paquidermes verdadeiros "engenheiros ecológicos".

Os pesquisadores encontraram 18 espécies de animais em locais altamente danificados pelos elefantes, enquanto as áreas intactas tinham apenas oito. As descobertas foram publicadas na revista African Journal of Ecology.

"Elefantes, junto de algumas outras espécies, são considerados engenheiros ecológicos porque as suas atividades modificam o habitat de uma maneira que afeta muitas outras espécies", explica Bruce Schulte, da Universidade Western Kentucky (EUA).

"Eles fazem de tudo, desde cavar com suas patas dianteiras, puxar grama e derrubar grandes árvores. Assim, realmente mudam a paisagem."

O cientista afirma que o sistema digestivo dos elefantes, por não processar muito bem todas as sementes que eles comem, também ajuda na modificação do habitat.

"Como as fezes são também um ótimo fertilizante, os elefantes são capazes de rejuvenescer a paisagem ao transportar sementes para diferentes lugares", disse Schulte à BBC.

A equipe da Universidade Georgia Southern (EUA) realizou o estudo entre agosto de 2007 e fevereiro de 2008 no rancho Ndarakwai, uma área de 4,3 mil hectares no nordeste da Tanzânia.

Os cientistas identificaram áreas com grandes, médios e baixos danos causados por elefantes criados livremente, em comparação com uma área de 250 hectares que foi isolada de grandes herbívoros, como elefantes, girafas e zebras.

Ao buscar amostras de espécies, os pesquisadores encontraram "uma tendência de maior riqueza em áreas com danos causados por elefantes do que na vegetação florestal."

Melhores amigos dos sapos

No artigo, os cientistas concluem que a diferença na riqueza animal nas áreas danificadas era provavelmente resultado da "engenharia" dos elefantes, gerando novos habitats para uma diversidade de espécies de sapos.

"As crateras e destroços de madeira formados por árvores quebradas e arrancadas pela raiz (aumentaram) o número de refúgios contra predadores", diz o estudo.

Os cientistas afirmam ainda que os locais também favoreceram insetos, que se tornaram uma importante fonte de comida para anfíbios e répteis.

Schulte afirma que a descoberta traz implicações para estratégias de manutenção do habitat e da vida selvagem.

"Se estamos administrando o habitat, então claramente temos que saber para que o estamos administrando", diz.

"O que este estudo aponta é que, embora algumas coisas não pareçam particularmente boas para o olho humano, isto não significa necessariamente que isto é prejudicial para toda a vida que está ali."

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Peregrinação do Hajj leva mais de 2 milhões a Meca.



Mais de 2 milhões de pessoas estiveram presentes nesta segunda-feira na maior peregrinação do mundo, na cidade saudita de Meca para o festival anual do Hajj, que simboliza devoção a Deus e a unidade do mundo islâmico.

Comparecer ao evento pelo menos uma vez na vida é uma das cinco obrigações de todo muçulmano.

Mas para muitos, o sonho de ir à cidade sagrada está cada vez mais difícil.

Para os muçulmanos britânicos, o custo da viagem mais que dobrou nos últimos anos e muitos estão concluindo que nunca vão conseguir ir a Meca.

Alguns culpam as empresas de turismo ou a burocracia saudita e outros entendem que o problema pode ser que a procura é muito maior do que a oferta.

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Intelectual de Esquerda e Maconheiro! Tudo a mesma coisa.

FHC e o Maconheiro

Um político que quer a elite no poder defende a maconha,pois almeja uma população de cabeças ocas.

Perito na desconversa, FHC não aprofunda a discussão. Omite os dados estatísticos da Holanda, país que liberou o uso da droga em 1976 e viu o seu consumo aumentar em 400%. Nem se reporta ao caso da Bélgica que, depois de liberar o uso da droga, teve de recuar e adotar severas medidas contra o seu consumo, tão logo a população indignada saiu de casa e, no que se chamou a "Batalha de Bruxelas", tratou de expulsar os viciados das ruas da cidade.

Precisamos é de uma polícia bem paga, bem armada que obviamente terá uma moral elevada.

Aos 78 anos, a maioria dos quais vividos na base do que o comediante italiano Totó chamou de "grandinare de brillante chimico" (tradução possível: "cascata", sinônimo de conversa fiada), Fernando Henrique Cardoso vai ser a estrela de documentário nativo sobre a descriminalização da maconha, cujo uso, ainda considerado crime no nosso código penal (Lei 11343/2006), o ex-presidente tem como inimputável. Só como lembrete: embora negue, FHC declarou em New York que fez uso da cannabis sativa, o nome científico da velha "erva do diabo".

Para voltar às manchetes, além das que já industrializa numa bulha de mentira como o ex-pupilo Lula da Silva (usual devorador de bebidas destiladas e fermentadas), FHC vem considerando, com energia que dá para desconfiar, o ato de fumar maconha como um "problema de saúde pública" - o que significa encarar o viciado não como contraventor, mas um enfermo a merecer cuidados especiais do Estado. Em termos concretos, em vez dos rigores da lei a punir o consumidor, principal sustentáculo do narcotráfico, seriam instituídas "políticas públicas", com a grana do contribuinte, para controlar, financiar, distribuir e tratar de milhões de viciados em todo território nacional.

Político ladrão é igual a traficante tem que apodrecer na cadeia

Projetemos aqui o quadro vivo, no futuro, mas já agora em andamento, do desempenho de uma dessas "políticas públicas" do Estado-Babá no campo do controle do vício, defendido por FHC: o dependente adulto (ou mesmo o pit-boy ou o pivete desvalido), depois de puxar a erva para ficar "numa boa", cai na "pista" para "curtir o barato". Como o dependente, de um modo geral, não é nem de longe o "bom selvagem" de Rousseau, na sua "curtição" pelas ruas ele tanto pode cair na exaustão e puxar um ronco quanto - o mais rotineiro - assaltar ou trucidar o próximo, para arrancar "algum", se possível sem deixar vestígios.

Mais tarde, torrada a grana da vítima, mas sem ânimo (ou chance) para cometer um outro achaque, o viciado, com a carteirinha do PAD ("Plano de Apoio ao Drogado)" em mãos, passa no "posto oficial de saúde" para receber assistência psicológica, doses homeopáticas de conselhos fraternais e, como tratamento químico complementar, a cota de maconha ou de outra droga considerada ilícita - o que na certa o conduzirá a novos crimes, pois o viciado, com ou sem tratamento, "sempre quer mais, e em maior escala" (Charcot, "Les maladies du Système Nerveux").

No seu universo vocabular pedante, FHC classifica a prática acima descrita como "política de diminuição de dano" - artifício de linguagem na certa criado nos intestinos do "Diálogo Interamericano", a entidade dos socialistas fabianos. Só para refrescar a cabeça do leitor: o DI, que tem em FHC um agente ativo, é uma organização globalista financiada pela Fundação Rockefeller, cujos objetivos básicos são, entre outros, (1) debilitar as Forças Armadas da América Latina, (2) promover a substituição do aparato estatal pelas Ongs esquerdistas ("sociedades de redes") e, (3) liberar o uso da droga ilícita, a maconha incluída.

Lugar de vagabundo é na cadeia.

Antes de dar tratos a bola, convém repassar alguns dados sobre o negócio da droga no Brasil: segundo relatório do "Escritório das Nações Unidas contra a Droga e Crime" (UNOFC), cerca de 80% do contrabando de armas, tráfico de mulheres e crianças, assaltos à mão armada, seqüestros, estupros, roubos e crimes de morte por execução violenta ocorridos em solo pátrio estão de algum modo ligados ao narcotráfico. Por sua vez, o citado relatório informa que em 2008 prevaleceu no país a supremacia do consumo da maconha sobre a cocaína, a primeira abrangendo universo de prováveis nove milhões de usuários e a segunda, mais cara, somando cerca de 870 mil dependentes.

Para o UNOFC, cujos dados são avaliados sempre para menos, o comércio da droga em escala mundial rendeu na temporada alguma coisa em torno de 400 bilhões de dólares. Segundo o relatório, o narcotráfico teria lucrado muito mais não fosse a "guerra total" de repressão às drogas empreendida pelos americanos, não só contra a produção, mas o seu consumo. As razões apontadas para a expansão do uso da droga nos últimos dois anos dizem respeito não ao fracasso da ação repressiva, mas a dois fatores considerados "decisivos" para que isso ocorresse: a qualidade do produto, de maior "pureza", e a forçada queda no preço da cocaína, uma bem-sucedida estratégia dos traficantes levada adiante para a melhor oferta no mercado internacional.

Voltemos ao "cascateio" de FHC: em recente entrevista concedida à "Veja" (23/09/2009), o presidente de honra do PSDB se apresenta como o paladino da liberação da maconha em solo pátrio. Depois de tecer considerações negativas sobre o conceito de "guerra total" às drogas, defende a tese de que "o usuário da droga deve ser visto como um problema médico e o traficante como bandido" - uma mistificação inapelável, óbvio, visto que o traficante não pode existir sem a grana do consumidor, tipo já classificado em estudos críticos como tendente ao "parasitismo social e à criminalidade".

Na entrevista, pretendendo mudar o "paradigma" da abordagem convencional, o venturoso acadêmico puxa a brasa para a própria sardinha e dá a fórmula para se enfrentar a questão da droga. Diz ele: "Em vez de concentrar esforços na repressão, você poupa os recursos existentes para as campanhas educacionais e para a busca da redução do consumo".

Bonito, é. Mas, bem examinada, há nesta fórmula a contradição enfrentada pela cobra de duas cabeças: na prática, enquanto o governo torra a grana do contribuinte em campanhas educativas em geral inócuas, na mídia, nos colégios e universidades, professores e intelectuais engajados mostram-se tolerantes (ou quando não coniventes) com o uso da droga, muitos deles - como FHC e o seu Diálogo Interamericano, por exemplo - empenhados na campanha aberta pela sua liberação.

Neste sentido, convém lembrar que a expansão em massa do uso da droga nos colégios e universidades se deu a partir da ação dos pensadores da Escola de Frankfurt, vivendo nos Estados Unidos, no início dos anos 1960. Um deles, Herbert Marcuse, juntando Freud à Marx em "Eros e a Civilização" (a Bíblia dos drogados), promovia entre estudantes da Universidade de Berkeley, na Califórnia, o consumo da droga como "ato político" e instrumento da "contracultura" - vale dizer, contra os valores da civilização ocidental.

Levando adiante o seu discurso insensato na defesa do maconheiro, FHC radicaliza: "Mas não adianta a repressão ser dura com o consumidor. Se você o colocar na cadeia, ele vai continuar fumando, só pagará um preço maior por isso". Bem, pergunto eu: e daí? Vai se deixar o viciado nas ruas, como de resto já está se deixando, para exercer livremente a sua criminalidade potencial? Neste caso, quem se responsabiliza pelas 50 mil mortes anuais provocadas pelo uso e tráfico da maconha, cocaína, crack e ecstasy no País? Os intelectuais revolucionários? Os legisladores engajados? Os professores permissivos?

Na defesa da descriminalização da maconha, o paladino do DI adota tom escorregadio, na base do "sim, mas...", e cita como exemplo o caso de Portugal, que, em 2008, liberou em pequena quantidade o uso da droga ilícita e, segundo se diz, viu o seu consumo diminuir em 10%. Os dados de Portugal, que é um país de apenas dez milhões de habitantes, são recentes e na verdade ainda não permitem um exame acurado da questão. Mas, a persistir a experiência atual, como será a vida em Portugal nos próximos dez anos?

Por outro lado, perito na desconversa, FHC não aprofunda a discussão. Por exemplo, não menciona os dados estatísticos da Holanda, país que liberou o uso da droga em 1976 e viu o seu consumo aumentar em 400%. Nem se reporta ao caso da Bélgica que, depois de liberar o uso da droga, teve de recuar e adotar severas medidas contra o seu consumo, tão logo a população indignada saiu de casa e, no que se chamou a "Batalha de Bruxelas", tratou de expulsar os viciados das ruas da cidade.

E tampouco revela que por trás do negócio bilionário do narcotráfico se esconde a ação revolucionária das FARC sob a guarda dos integrantes do Foro de São Paulo, a entidade supra nacional fundada por Lula da Silva e Fidel Castro, que tem por objetivo impor o socialismo na América Latina.

Pior ainda: sequer questiona a denúncia do GAO (Government Accoutability Office), a auditoria geral do Congresso americano que associa atos como o da "materialização" do deposto Zelaya na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, ao projeto de Chávez e das FARC (quem sabe monitorados por Marco Aurélio Garcia, o executivo do FSP e assessor de Lula para "assuntos revolucionários") de fazerem de Honduras um posto avançado para a melhor distribuição da cocaína nos EUA - o que faz sentido.

No final do "show" das Páginas Amarelas, FHC se atribui o direito de achar-se um homem superior, em contraposição ao "homem comum". Ao ser indagado se o seu partido compartilharia de suas opiniões, ele blasona: "A maioria do PSDB pensa como o homem comum - e o homem comum tem horror de pensar nesse assunto (liberação da droga). Mas (...) ou se toma consciência de que temos de fazer algo diferente de que temos feito, sem covardia e sem leniência, ou seremos irresponsáveis. Alguém tem de ter coragem de dizer essas coisas".

Ao refletir sobre o receituário de FHC relacionado à maconha, tive um agudo sentimento de horror. Palavra de honra! - nunca vi tanta degradação moral saída da boca de um intelectual laico, e olha que sou um expert em ler todo tipo de estupidez. Como pode o sujeito que já foi presidente da República duas vezes, conhecendo os males humanos e sociais provocados pela droga, defender o seu consumo com argumentos tão falaciosos? Nem mesmo a irracional vontade "marxiana" de destruir a "sociedade burguesa" serve como justificativa.

Talvez seja por causa de tais opiniões que grande parte da população brasileira manifesta o maior desprezo pelos seus intelectuais, especialmente os que se acham no direito de ditar regras e formar juízos, pessoas que, se nas suas vidas privadas são capazes das piores vilanias, em público, falando ou escrevendo, têm a pretensão soberba de conduzir os destinos da humanidade.

Claro, o "homem comum" está coberto de razão: é preciso cada vez mais olhar esse tipo gente com muita cautela, sobretudo no que diz respeito aos seus diagnósticos em matéria de cultura, moral e política, pois, o mais das vezes, quando o intelectual salvacionista resolve "fazer algo diferente do que temos feito", ficamos sempre a mercê das maiores desgraças e dos piores crimes.

Que o digam Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Mao, Che e Fidel, todos aplicados idealizadores de monstruosas experiências de engenharia social.

Você quer saber mais?

http://www.midiasemmascara.org

sábado, 13 de novembro de 2010

A Verdadeira Missão da Juventude por Plínio Salgado.

A VERDADEIRA MISSÃO DA JUVENTUDE.

Estátua do Laçador ( Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

Explicação mais que necessária:

Esse texto foi originalmente escrito (1957) para orientar os membros dos Centros Culturais da Juventude, que no seu período de apogeu chegou ao número de 500 Grêmios, reunidos na Confederação dos Centros Culturais da Juventude, presidida por Gumercindo Rocha Dórea e tendo Plínio Salgado como Presidente de Honra. Todos os Grêmios tinham denominações que homenageavam os grande vultos da Nacionalidade, e de seus quadros (os famosos "Águias Brancas") saíram Filósofos, Historiadores, Juristas, Ministros, Secretários de Estado, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e Vereadores, Professores, Empresários, Sociólogos, Economistas, Escritores, enfim, Brasileiros que se destacaram nas suas respectivas esferas de atuação.

Julgamos de grande oportunidade reproduzir na íntegra esse magistral escrito do Chefe Nacional Plínio Salgado, pois, lamentavelmente, indivíduos pérfidos que se dizem Integralistas estão desorientando jovens apresentando como Integralismo algo que está longe de sê-lo, criando organizações pseudo-Integralistas e engajando jovens ingênuos em atividades que nada têm de Integralistas. Que tais jovens leiam o Texto do Chefe Nacional a seguir, e comparem os rumos apontados por Plínio Salgado com os que são transmitidos pelos chefetes caricatos que os guiam, e tomem uma decisão consciente: Ou ficam com o Integralismo, o autêntico, o do Chefe Nacional Plínio Salgado, ou ficam com o pseudo-Integralismo. E depois, não venham dizer que ninguém os alertou!

A VERDADEIRA MISSÃO DA JUVENTUDE

Plínio Salgado

Se a juventude traz consigo o Amanhã da Pátria é porque dela deverão sair os responsáveis pela sobrevivência da Nação. Prepará-la para que produza os valores humanos, de que a comunidade nacional precisa, deve ser toda a nossa aspiração e o nosso esforço.

A mocidade não se prepara nas ruas, no fragor das batalhas transitórias. Lançar os jovens nas empresas de demolição do Mal, sem a iniciação prévia na ciência e na arte de construir o Bem, será desviá-los de um destino superior. As mais belas campanhas, se resultantes do improviso, hão de ser, inevitavelmente, como estrondo das ondas na superfície do mar. As ondas facilmente se deixam levar pelo magnetismo da lua ou pelos ventos inconstantes que sopram em todas as direções. Só as águas profundas resistem. Só elas trazem consigo as potências da irredutibilidade.

A irredutibilidade no Homem é a estrutura do caráter. O caráter se forja pelo concurso de três elementos: Personalidade, Cultura e Educação. Desenvolver a personalidade, enriquece-la pela cultura, dar-lhe ritmo pela formação moral e espiritual - eis o que nos cumpre quando nos entregamos no magistério da palavra esclarecedora e da ação criadora, no esforço de suscitar o advento de grandes homens para a Pátria.

A mobilização dos moços para uma campanha de moralização, de luta contra os desmandos e contra a degradação dos costumes é iniciativa que merece todo respeito; mas é expediente empírico, visando o tratamento meramente sintomático da enfermidade social. Não vai às raízes da moléstia. Não procura as causas históricas das desgraças que lamentamos.

O conceito moral depende de uma concepção de vida. A concepção de vida decorre do conhecimento da verdade e da compreensão da realidade. Pois a mesma verdade pode ser desvirtuada e abastada na concretização dos seus objetivos, se a mente desavisada opera sob a injunção de circunstâncias desconhecidas.

Se queremos estabelecer o império da Moral, cumpre-nos promover, antes de tudo, a iniciação dos espíritos nos conhecimento do "verdadeiro" e do "real". Cumpre-nos traçar, com firmeza, a própria definição da moralidade. Do contrário, perder-nos-emos na confusão que o utilitarismo inglês de Bentham e de James Mill lançou sobre o século XIX, a tal ponto que se tornaram imprecisas e contraditórias as noções do "útil" e do "justo". Foi tal a confusão que desnorteou a humanidade, produziu o pragmatismo americano - essa filosofia de mercadores; - o cientificismo evolucionista, que inspirou o delírio de Nietzsche, a gritar nas torres do Pensamento, e as conclusões de Marx, a resmungar e a conspirar no rés-de-chão, dos armazéns de comestíveis e, finalmente, os torpes postulados dessa moderna metafísica de Limpeza Pública, que vibra na pituitária dos faxineiros de Freud.

A iniciação dos espíritos jovens exige trabalho metódico, sistemático. Repele o "dispersivo" para se ater ao "reflexivo". Evita o "extenso" para que predomine o "intenso". E não se entrega à exteriorização sem precede-la de longos dias de interiorização.

O jovem deve construir-se primeiro, para depois pensar em construir a sociedade. A autoconstrução não se faz nas praças públicas nem no fragor das manifestações coletivas; pelo contrário, forja-se no estudo, na meditação, na discussão, na troca de idéias.

Os comícios na ágora de Atenas nada legaram nem para o futuro da Grécioa, nem para o futuro do mundo. Mas os diálogos de Sócrates, os passeios de Aristóteles, o recolhimento nos jardins de Epicuro produziram homens no seu tempo, no tempo da posteridade helênica e romana e até nos dias de hoje.

Os missionários da Companhia de Jesus não se entregavam a vida apostolar senão depois dos prolongados exercícios de Santo Inácio. Construiam-se primeiro, para depois construir os outros.
João Batista não começou a sua campanha contra os desregramentos da sociedade herodiana, sem antes se recolher, anos a fio, nos descritos da Peréia. E a sua réplica anti-Cristã, configurada no Zaratustra de Nietzsche, não iniciou a propaganda do Super-Homem sem ter antes construído a própria personalidade na montanha silenciosa.

A epopéia das Navegações foi precedida pela Escola de Sagres, mas antes desta o preparo se realizara no Castelo de Tomar pelos Freires de Cristo, que por sua vez guardavam as tradições dos Templários.

Não se improvisa um Bolivar, que para suas empresas se preparou culturalmente em longos anos de estudos e de viagens. E um José Bonifácio não surge por acaso no cenário da Independência, porque o Patriarca foi o resultado de uma auto-construção através de longas peregrinações e meditações sobre quanto ia observando na vida dos povos.

A cerimônia ritual em que se armavam os cavaleiros da Idade Média – guerreiros teutônicos ou paladinos da Távola Redonda do Rei Artur – era precedida pelas vigílias d’armas, que simbolizavam a preparação do herói. A vigília d’armas, em nosso tempo, há de ser o adestramento intelectual e a formação moral. Sem isso, não conseguiremos reformar os costumes nem produzir os homens de que o Brasil vai precisar daqui a cinco ou dez anos.

Se os nossos estabelecimentos de ensino fabricam apenas profissionais e são insuficientes para incutir nos moços brasileiros os sentimentos de civismo, a noção dos deveres, o espírito público; se nos próprios lares, na sua atmosfera materialista e egoísta, as crianças e os adolescentes já não encontram àquele ambiente que propicia o florescimento das virtudes, a aspiração à vida heróica - então, de que elementos nos iremos valer, buscando a Mocidade, para dar ao Brasil aquilo de que essa mesma mocidade está necessitando? Não será perigoso lançar a Juventude, sem os parafernais dos conhecimentos que ela própria possa administrar em seu proveito, numa campanha - ainda que benemérita - em prol de uma indefinida moralidade empírica, sem base de uma formação religiosa, filosófica, histórica e sociológica? Não se transformarão os comícios e as agitações da praça pública em formas de derivativos, a substituir os divertimentos em que se estiola a maioria dos moços em nosso país? Não haverá o perigo de se tornarem os jovens (que é tudo o que esta Pátria ainda possui de esperança) em instrumentos de interesses político partidários?

Moralidade por oposição e visando destruição sem sentido de construção, é moralidade de superfície, promotora de escândalos públicos e sem nenhum resultado positivo para o futuro de uma Pátria que está precisando, antes de tudo, elevar seu nível cultural. Pois se no Brasil existem negociatas, malversações de dinheiros públicos, oligarquias parasitárias, venalidade de funcionários, domínio do suborno e da gorjeta, esbanjamentos e irresponsabilidades, preguiça e imprevidência, ambições irrefreáveis e sensualidades irreprimíveis, temos de convir que o responsável inconsciente por tudo isso é o próprio povo que prefere, sistematicamente, nos comícios eleitorais, os que fazem mais barulho, os que gastam mais dinheiro, os que acenam com mais promessas, os que se mostram mais ignorantes e grosseiros.

Por conseguinte, o problema da moralidade é um problema de cultura. E o problema da cultura popular (formação da consciência de um povo) só será resolvido forjando-se uma geração que possa fazer valer, em face da inversão de todos os valores, os legítimos direitos de orientação de uma forte aristocracia intelectual e moral.

Forjar essa geração - eis o de que o Brasil precisa. Esse o motivo da fundação em todo o país, dos Centros Culturais da Juventude, filiados à Confederação, que lhes dá unidade, dentro da mesma linha de direção filosófica. Nesses centros se organizam bibliotecas, estimulando-se a leitura dos grandes pensadores do nosso tempo; realizam-se cursos de filosofia, sociologia, história, doutrinas econômicas, geografia; promovem-se conferências sobre temas de interesse humano e nacional; comemoram-se as datas importantes da História Brasileira; estudam-se as personalidades dos nossos estadistas, filósofos, pedagogos. Economistas, militares, artistas, prosadores e poetas; - e mais do que tudo – nesses grêmios se procura criar a mística das virtudes, dos sacrifícios, dos heroísmos, num sentido cristão e consoante os sentimentos mais puros de brasilidade.

Que se lancem campanhas pela moralidade nacional e que para ela se mobilizem os moços, contra isso não podemos, em princípio, nos opor; mas que essas campanhas distraiam a juventude do esforço que ela deve empregar no sentido de construir-se por meio de uma revolução moral interior e de uma elevação intelectual indispensável, contra esse desvio nos opomos. E se uma campanha dessa natureza vier a servir ao interesse de partidos políticos ou da "demagogia da honestidade", que, à mingua de outros predicados de nossos homens públicos, se apresenta hoje como cartaz para a conquista de postos eletivos, então devemos ter a coragem de condená-la. E se, ainda, a habilidade técnica do comunismo internacional intervier sub-repticiamente para utilizar-se como "massa de manobra", desse patrimônio da Pátria, que é Juventude, coordenando-a, sem que ela o perceba, como tem feito a todos os nobres e puros movimentos da opinião sentimental e desprevenida no que respeita às artimanhas dos pescadores de águas turvas, nesse caso devemos estar alertas para prevenir os que não se preparam para conhecer os fatores intervenientes e as circunstâncias advenientes que surpreendem sempre as melhores intenções.

Escrevo estas linhas para os duzentos Centros Culturais da Juventude filiados à Confederação. Para que os seus associados as leiam, as meditem, pondo-se de sobreaviso, e redobrando os seus esforços na obra serena, firme, impertubável, perseverante da construção de suas próprias personalidades como fundamento da construção do Brasil de Amanhã.

(Plínio Salgado. Reconstrução do Homem. 1ª edição. Rio de Janeiro. Livraria Clássica Brasileira. S/data. Págs. 103 e segs.)

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