segunda-feira, 21 de março de 2011

Lendas e Mitos brasileiros.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a a contecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

- Angoéra (Fantasma, em guarani) - "Nos sete povos das Missões, no Pirapó, ainda no tempo dos padres jesuítas, vivia um índio muito triste, que se escondia de tudo e de todos pelos matos e peraus. Era um verdadeiro fantasma e por isso era chamado de Angoéra (fantasma, em guarani)." (Mitos e Lendas do RS, Antonio A.Fagundes )

- Anhangá (Protetor da caça) - Espírito que vaga pela mata como um fantasma ou assombração. Sua presença pode ser detectada por um assobio e depois disso, o animal que estava sendo caçado, simplesmente desaparece. Ele pode assumir a forma de diferentes animais mas uma delas parece ser a preferida: a do cervo garboso, com olhos de fogo e cruz na testa, que além de enganar os caçadores, desviando o tiro de suas armas rumo às pessoas queridas, provoca febre, loucura e visões em que o vê. Anhangá é considerado como um protetor da vida na floresta. Segundo a mitologia popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvagem, pode salvar-se gritando: ''Valha-me Anhangá!"./ Anhangá é um espírito que vive nas matas, podendo assumir diversas formas quando visível: macaco, morcego, rato, pássaro etc. Ele assinala sua presença com um assobio e a caça desaparece, o que nos remete à imagem e função de protetor. Uma das formas que o anhangá pode assumir é a de um portentoso gamo ou cervo, de cor avermelhada, chifres cobertos de pêlos, olhos de fogo e uma cruz na testa, ou ainda um grande veado branco, que desvia o caçador do seu objetivo. Pode-se compactuar com o anhangá, prometendo tabaco em troca da embiara pretendida. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994)
- Arranca-Língua - Monstro dos sertões do Estado de Goiás. Nas cidades chamam-no de King-Kong. Outro nome com o qual é chamado é o de Bicho-Homem. Seria um tipo humano, peludo, escuro, que se alimentava das línguas das vacas. Este é, pois, seu malefício: dizima rebanhos inteiros para comer somente a língua. Ataca desferindo urros paralizantes. Deixa pegadas nítidas, de aproximadamente 48 centímetros. - Árvores Encantadas - (Alagoas) Surgem à beira das estradas e caminhos desertos. Geralmente encontradas por caçadores que aparecem e desaparecem. - Avati - É herói guarani. Em uma época de grande fome, dois guerreiros procuravam algo o que comer quando depararam-se com um enviado de Nhandeiara - o grande espírito. Este disse-lhes que a solução para a sua procura inútil seria uma luta de morte entre os dois. O vencido seria sepultado no local em que caísse e logo do seu corpo brotaria uma planta cujas sementes, replantadas e depois comidas resolveriam para sempre o problema com alimentação. Assim fizeram. Avati, um dos dois, foi morto e de sua cova nasceu a planta de milho.
- Barba Ruiva - Era um homem de cabelos e barbas avermelhados. De tempos em tempos, sai da água e deita-se na areia tomando banho de sol. Quem o viu afirma que traz as barbas, as unhas e o peito cobertso de lodo. Não foge ao encontrar os mortais, mas nunca lhes dirigiu qualquer palavra. Apesar de pacífico , é objeto de medo e todos fogem dele. Diz-se que era filho de uma mulher que não o desejava e esta o jogou em uma caçimba. Imediatamente depois, do solo, água abundante surgiu e criou-se um lago onde, à noite, ouviam-se relinchos, bater de pratos e o choro de uma criança.
- Boitatá ou mboitatá ou mboi-tatá (Gênio protetor dos campos) - É uma cobra-de-fogo (boia = cobra + atatá = fogo), que vaga pelos campos, protegendo-os contra aqueles que os incendeiam. Serpente transparente que incandescia como se estivesse queimando por dentro. O padre José de Anchieta, em 1560, é o primeiro a mencionar a boitatá como personagem do mito indígena brasileiro. Esse é o nome dado pelos índios ao fogo fátuo. É um fogo de cor azul-amarelado, que não queima o mato seco e nem tampouco esquenta a água dos rios, o fogo simplesmente rola, gira, corre, arrebentando-se e finalmente apagando-se. " ...Quem encontra a boitatá pode até ficar cego... Quando alguém topa com ela só tem dois meios de se livrar: ou ficar parado, muito quieto, de olhos fechados apertado e sem respirar, até ir-se ela embora, ou, se anda a cavalo, desenrodilhar o laço, fazer uma armada grande e atirar-lha por cima, e tocar a galope, trazendo o laço de arrasto, todo solto, até a ilhapa! " Lendas do Sul, J. Simões L. Neto - Lenda da Boitatá.
- Boiúna (Cobra grande) - Lenda muito difundida na Amazônia. Boiúna seria uma cobra gigantesca que vive no fundo dos rios, lagos e igarapés. Tem um corpo tão brilhante que é capaz de refletir o luar. Os olhos irradiam uma luz poderosa que atrai os pescadores que se aproximam pensando se tratar de um barco grande. Quando se aproximam viram alimento da boiúna. Quando fica velha, a cobra vem para a terra. Como é muito grande e desajeitada fora d'água, para conseguir alimento, conta com a ajuda da centopéia de 5 metros. O mito da boiúna fala de uma descomunal serpente que vive no fundo de gdes lagos, rios e igarapés, num lugar chamado "boiaçuquara" ou "morada da cobra grande". Seu corpo lustroso, refletindo a luz do luar, e seus olhos, que brilham no escuro como archotes, iludem os pescadores incautos, que, pensando tratar-se de um navio aproximam-se e são devorados. Qdo atinge a velhice, passa a viver em terra, onde é auxiliado pela Centopéia na obtenção de alimento, pois sua locomoção em terra é difícil e desajeitada. O povo da mata afirma que, qdo a centopéia anda pela mata, seu caminhar produz um som que lembra o tamborilar da chuva caindo, e diz ainda que ela mede 5 metros de comprimento. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994.)
- Boto - Este mamífero, de temperamento afável e brincalhão, pode ser encontrado tanto em águas salgadas como doces. O boto cor-de-rosa, personagem principal de uma das lendas mais populares da Amazônia, é chamado também de boto tucuxi (Sotalia fluviatilis), uma das espécies encontradas na Amazônia e considerado amigo do homem (acredita-se que se dedicam a proteger os seres humanos dos perigos). O boto é descrito como rapaz bonito, bem vestido e de chapéu na cabeça, para que não vejam o orifício por onde respira. Boêmio e ótimo dançarino, nos bailes encanta as moças, leva-as para igarapés afluentes do Amazonas e as engravida. Antes da madrugada, mergulha no rio e se transforma em boto. Sempre aparece nas casas onde vivem mulheres jovens e bonitas. Ele aproveita a ausência dos homens e se transforma num belo rapaz. Sempre vestido de branco, seduz as moças e nenhuma delas consegue resistir ao seu encanto. Na Amazônia, sempre que há um caso de paternidade desconhecida a mulher diz que foi o boto e, na região, ninguém duvida da história, o que deu origem à expressão regionalista: "Foi o boto, sinhá!" A credibilidade no mito é tamanha que há casos de pescadores perseguindo e matando o pobre cetáceo, por achá-lo responsável pela gravidez indesejada de suas filhas ou mulheres. Os homens também podem ser alvo do boto. Ele ataca quando quer se vingar pelo roubo de uma namorada. Por causa disso, sempre que um pescador sai sozinho leva uma cabeça de alho como proteção. "A crença do boto, o delfim fluvial do Amazonas, tornou-se poderoso instrumento de corrupção. Os Don Juan citadinos, os regatões dos negociantes de quinquilharias, que são a praga do comércio amazônico e que viajam de um porto a outro vendendo suas mercadorias falsificadas por preços vergonhosamente onzenários. Rebutalho da civilização eles não hesitam em se prevalecer da superstição dos tapuios. Muito arraigada está a crença nos poderes do olho de boto; tais objetos atraem às praias as jovens índias para ludibriá-las. O boto tem as costas largas: um desaparecimento, ou uma gravidez, é logo colocada à sua conta..." diz Frederico José de S. Néri em Folclore Brasileiro . / Fontes: Almanaque Abril 1995. Reza a lenda que o boto costuma perseguir as mulheres que viajam pelos rios e igarapés; às vezes, tenta virar a canoa em que elas se encontram, e suas investidas se acentuam quando percebem que há mulheres menstruadas ou mesmo grávidas. Ele, o boto, é o grande encantador dos rios. Transformando-se num belo rapaz, todo vestido de branco e portando um chapéu, para esconder o furo no alto da cabeça, por onde respira, ele percorre as vilas e povoados ribeirinhos, freqüenta as festas e seduz as moças, quase sempre engravidando-as. Há, inclusive, histórias em que a moça é fecundada durante o sono... Para se livrarem da "influência" do bicho, os caboclos vão buscar ajuda na magia, apelando para os curandeiros e pajés. O primeiro, com suas rezas e benzeduras, exorciza a vítima, e o segundo "chupa" o feto do ventre da infeliz. É esse Dom Juan caboclo, o sedutor das matas, o pai de todos os filhos cuja paternidade é "desconhecida", o que deu origem à expressão regionalista: "Foi o boto, sinhá!" A credibilidade no mito é tamanha que há casos de pescadores perseguindo e matando o pobre cetáceo, por achá-lo responsável pela gravidez indesejada de suas filhas ou mulheres. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994) // Leia "A lenda do piraiauara, o boto amazônico"
- Cabeça de Cuia - É um ser alto, magro, de cabeleira farta que lhe cai sobre a testa e que sacode quando nada nos rios da região do Maranhão e do Piauí. Faz suas viagens durante as enchentes do rio Paraíba. De sete em sete anos sai à procura de uma moça, que tem que se chamar Maria; às vezes, porém, devora crianças que estejam nadando no rio. Cabeça de Cuia era um rapaz que não obedecia sua mãe e a maltratava e terminou por deixar a casa da família. Sofreu, então, uma maldição da mãe e foi condenado a viver durante 49 anos nas águas do rio Paraíba. Somente depois de comer 7 Marias é que poderá voltar ao seu estado normal. A lenda diz que sua mãe viverá enquanto ele estiver nas águas do rio.
- Caipora é sinônimo de azar, de má sorte. Segundo a mitologia tupi, um personagem das florestas, protetor das caças do mato, com a propriedade de atrapalhar os negócios de quem o vê. Quando um projeto sai errado, se diz que seu autor viu o caipora ou caapora. Dizem que é doido por fumo, parando todo viajante para conseguir uma pitada. O Caipora protege os animais selvagens e prejudica os animais domésticos. Contam que ele é capaz de ressucitar um animal morto. Os caboclos caçadores respeitam por medo a ele, algumas regras: não perseguem fêmeas grávidas e nem filhotes de qualquer animal, não caçam à sexta-feira em noite de luar e nem aos domingos e dias santos. É representado de formas diversas. Em algumas regiões, é uma indiazinha feroz. Em outras, um indiozinho ou homem de pele escura, como o curupira, só que com os pés normais e peludo, montado num porco do mato (queixada). É descrito também como criança de uma perna só, como o Saci, com a cabeça enorme, ou só um olho. "O aspecto do caipora varia conforme a impressão que causa e a pessoa que ele tem que arruinar e fazer infeliz. Freqüenta, de ordinário, as encruzilhadas e as curvas dos caminhos. Antigamente, só espantava os caminhantes a pé ou a cavalo, fazendo este passarinhar e dar com o cavaleiro ao chão. Atualmente, ele coloca pedras nas estradas de rodagem para fazer capotar os autos e caminhões; serra as vigas das pontes e dos mata-burros para causar desastres. De tempos em tempos, ele se hospeda nas povoações, cercado de inúmeros caiporinhas, que são outros tantos diabinhos, que entram no couro do pessoal festeiro, isto principalmente na época do carnaval e da queima do Judas". diz Regina Lacerda em Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Fontes: Dicionário Univ. da Língua Portuguesa / Minidicionário Aurélio / Almanaque Abril (1995)
O caapora apresenta-se como um moleque pretinho, que cavalga porcos selvagens; mas também pode ser descrito como uma caboclinha de longos cabelos, duros feito espinhos, e que, em troca de tabaco, é capaz de dar ao caçador tanto a caça que ele deseja quanto o próprio sexo. Os índios e caboclos acreditam que, prendendo um caapora, ele é obrigado a conceder um "poderzinho" ou atender a um desejo, em troca da liberdade. A armadilha para capturá-lo e a isca utilizada consistem apenas numa cuia e aguardente. Derrama-se a cachaça na cuia, que deve ser colocada num lugar onde ele já tenha aparecido, ou no local onde tenha sido chamado previamente. Depois de ter bebido a cachaça, torna-se presa fácil para qualquer um, porém até hoje ninguém conseguiu tal façanha. Apesar de, em alguns casos, essa entidade aparecer como má e vingativa, a versão geral é a de que ele é um duende protetor da floresta e da caça. Daí alguns autores o identificarem com o curupira. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994.) - Saber mais

- Caipora (caapora) (Protetor das caças do mato) - do tupi-guarani - kaá: caá - mato - kaapora: aquilo ou quem vive no mato
- Caapora s. m., (Brasil), gênio maligno que habita as florestas, segundo as lendas indígenas; azar, pouca sorte; entre os índios, homem do mato, roceiro, caipira; caipora.
- Caipora s. m., (Brasil), fogo-fátuo; fosforescência; ente fantástico que, segundo a crendice popular, percorre as estradas, dando má sorte a quem o encontra; adj. 2 gen., malfadado, infeliz; pessoa que dá ou tem azar.
- Caiporice s.f. , ou caiporismo s.m. (Brasil) - má sorte ou infelicidade constante ; cábula, peso, azar , urucubaca; macaca
- Desencaiporar v. tr., (Brasil), fazer passar a caipora a alguém; tirar o azar
- Cachorra da Palmeira - (Alagoas) Moça que não acreditava em Padre Cícero e foi transformada em cachorra que passou a correr... até hoje. - Cãoera - é uma espécie de "morcegão", um morcego muito grande, do porte de um urubu, que pode sugar todo o sangue de uma pessoa adormecida sem que ela desperte e, em seguida, devorá-la. O cãoera habita os buracos na terra e surge quando se faz "misturado de jabuti e outras carnes, no mato", ou quando "se queimam pêlos e penas de animais". Também pode surgir quando "se joga espinha de peixe na água" ou até quando "se grita na mata". (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994) - Caverá (Cervo Berá) - "Caverá" - Diz a lenda que a região, no passado, era território de uma triba dos Minuanos, índios bravios dos campos, ao contrário dos Tapes e Guaranis gente mais do mato. Entre esses Minuanos, destacava-se a figura de Camaco, guerreiro forte e altivo, mas vivendo uma paixão não correspondida por Ponaim, a princesinha da tribo, que só amava a própria beleza... - Saber mais - Chimbuí - O mito do chimbuí guarda certa similitude com outros mitos, como o do boto. Ele também pode se transformar em gente e engravidar as donzelas incautas que se banham nos rios e igarapés. Segundo a lenda, quando aparece uma onda em rio calmo, é o chimbuí que, invisível, vem engravidar uma donzela. O chimbuí costuma velar o sono daquela que carrega no ventre o seu filho, mas desaparece quando a futura mãe acorda. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994.) - Chupa-cabras - Assemelha-se a um lobo que mata animais domésticos sugando seu sangue. "Há algum tempo vem-se falando no chupa-cabras, que teria aparecido nas zonas rurais da cidade de Sumaré, Monte Mor, Capivari e Rafard, municípios vizinhos de Campinas-SP principalmente em 1997. Alguns habitantes dessas regiões afirmam que a morte de bois e ovelhas, cuja causa mortis é desconhecida, se deve a um animal de hábitos noturnos que ninguém viu, mas que a imaginação atribui ao chupa-cabras." - Ci - Segundo as crenças indígenas tudo e todos possuem uma mãe. Esta seria Ci. Homens, minerais, plantas, animais, água, terra, fogo e ar... tudo; nasciam e eram protegidos por uma respectiva Ci, mãe criadora. "Esta mãe gerou, modelou, criou, regulamentou, governa e em muitos casos alimenta permanentemente seus filhos sem nenhuma necessidade do elemento masculino. Este é um fator característico importante: a maioria dos povos cultuam um pai, um ser masculino, o macho; o índio brasileiro, porém, considera apenas a fêmea - Ci. "O sono, a chuva, o verme, o sorriso, a fonte, a canoa - tudo tem mãe e todo indígena sabe quem é a mãe de cada coisa. Jamais fala do pai eventual das mesmas coisas. O índio brasileiro não considera a reprodução sexuada em seu universo". - Cobra Norato - A cobra Norato é um jovem encantado que durante a noite se desencanta e vira gente, assumindo sua condição humana. Norato freqüenta as festas, dança muito, namora as ribeirinhas e desaparece antes do amanhecer. A lenda diz que uma cabocla de nome Zelina deu à luz um casal de gêmeos: Honorato e Maria Caninana, duas cobras. Jogou-as no rio, onde se criaram, mas Maria Caninana vivia fazendo malvadezas até que foi morta pelo irmão, que tinha bom coração. Sempre que assumia a forma humana, ele ia visitar sua mãe, a quem implorava que o desencantasse. Para que o encanto fosse quebrado, ela deveria chegar ao corpo adormecido da serpente, pôr um pouco de leite na sua boca e ferir-lhe a cabeça, de forma que sangrasse. A mulher, por medo, nunca chegou perto do réptil, até que um soldado da guarnição da ilha de Cametá livrou o jovem da maldição. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994.) / Honorato, é um rapaz encantado em uma cobra-grande e que habita no fundo do rio. Aparece no Pará. Esse mito já produziu uma obra-prima da moderna literatura brasileira: “Cobra Norato”, de Raul Bopp, livro que não pode deixar de ser lido com alegria.
- Cuca (Bruxa) - Coca em Portugal: mulher feia e velha; feiticeira; ameaça, medo, susto que se prega. Influenciada pela bruxa de origem européia é uma velha feia que ameaça crianças desobedientes, em especial as que não querem dormir à noite. Monteiro Lobato transformou a Cuca em personagem do "Sítio do Picapau Amarelo" .
Cuca - É, certamente, o mais difundido mito do ciclo do medo infantil. Não tem características físicas definidas (apesar de Monteiro Lobato, grande escritor Brasileiro, imaginá-lo como sendo um grande jacaré verde com as costas coloridas em vários tons e com uma cabeleira branca enorme que lhe cai até próximo do início da longa cauda). Sabe-se que leva os infantes insones para um sítio distante e misterioso onde deverão ser devorados ou fazer parte em alguma magia qualquer.
- Cumacanga (Pará) e Curacanga (Maranhão) - " O lobisomem cuja cabeça se solta do corpo, e que denominam cumacanga, é sempre a concubina de um padre, ou a sétima filha de seu amor sacrílego. O corpo fica em casa e a cabeça, sozinha, sai, durante a noite da sexta-feira, e voa pelos ares como uma bola de fogo. " (Luís da Câmara Cascudo, Dicionário do folclore brasileiro) // "Quando uma mulher tem 7 filhas, a última vira curacanga, isto é, a cabeça lhe sai do corpo, à noite, e, em forma de bola de fogo, gira à toa pelos campos, apavorando a quem a encontrar. Há porém meio infalível de se evitar esse hórrido fadário: é tomar a mãe a filha mais velha para madrinha da ultimogênita" (Basílio de Magalhães, Folclore no Brasil).
- Curupira (Protetor das árvores e dos animais) - Kurupira : corpo de menino - do tupi-guarani - Kurumí: menino (curumim). O curupira é um personagem mitológico, com pêlos vermelhos e pés virados, conseguindo desnortear completamente os caçadores que sempre seguem na direção contrária e ficam perdidos na floresta. Vive metido no meio do mato, habita toda a região amazônica. É o ente protetor das florestas. Pressentindo as tempestades que poderão trazer danos à floresta, bate nas árvores para que estas se despertem e assim resistam à fúria da intempéries. É considerado nosso mito mais antigo e que tem, nitidamente, uma criação livre de influências dos colonizadores. Mito conhecido de vários índios sul-americanos, na Venezuela, o chamam de Máguare. Na Colômbia, Selvage. Os incas peruanos o denominam Chudiachaque . A cabeça também varia: em alguns lugares, ele é careca, em outros tem cabeleira vermelha. Mas todos o descrevem como um anão com os pés às avessas-calcanhar para frente, dedos para trás. Seu rastro engana o caçador predador, fazendo com que se perca na floresta. Quebra o machado de quem desmata a floresta. Não varia, também, sua função de ente protetor da flora e da fauna. O curupira muitas vezes é descrito como uma entidade má e assassina, não tendo piedade dos caçadores. Por isso, os índios que nele acreditam costumam deixar artefatos como uma espécie de oferenda para que os curupiras não os ataquem. Uma de suas táticas é o uso de um assobio alto e estridente que tem o poder de desorientar o alvo, fazendo-o perder-se na mata. (Almanaque Abril, 1995 / Globinho Pesquisa, Lendas Indígenas, 1990)
Na teologia indígena, o curupira apresenta-se como um moleque de aproximadamente 7 anos, com o corpo coberto de longos pêlos e tendo os pés virados para trás. As primeiras informações foram registradas pelos portugueses, nos primeiros séculos do Descobrimento, e desde aquela época é visto como um ente maléfico, um demônio ou um mau espírito. As informações também são as mais diversas: ora é um duende benfazejo, ora um demônio mau; ora um gnomo ou um ogro. O ponto em que todos são unânimes é quanto à sua condição de deus autóctone das selvas, um protetor. Há no Brasil versões em que o curupira aparece com avantajado órgão sexual, que utiliza como tacape. Conta-se que durante as tempestades ouve-se um bater nas sapopemas e troncos de grandes árvores. É o curupira, que verifica se elas estão em condições de agüentar os fortes ventos. Noutra versão ele se utiliza de uma pesada maça ou clava, ou do próprio calcanhar, que é para a frente. Como protetor das florestas, castiga impiedosamente aquele que caça por prazer, que mata as fêmeas prenhas e os filhotes indefesos, mas ampara o caçador que tem na caça o seu único recurso alimentar, ou que abate o animal por verdadeira necessidade. Também protege os pescadores que se aventuram nos incontáveis rios, igarapés, etc., durante o período das chuvas, mais fortes entre os meses de novembro e maio..(Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994)
- Iara s. f., (Brasil), entidade aquática ; mulher fantástica, sereia dos rios e lagoas na mitologia indígena. Mito baseado no modelo das sereias dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de longos cabelos, corpo deslumbrante e de beleza irresistível. Tem as mesmas características das sereias: mulher da cintura para cima, peixe da cintura para baixo. Tal como no original grego, é capaz de enfeitiçar a todos que o ouvem, arrastando-os em sua direção, até o fundo dos rios, lagos, igarapés, etc., onde vivem esses seres fabulosos. Crianças também são atraídas. Neste caso, elas são raptadas e levadas para viver debaixo d'água. Crêem os ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do fundo". Ficam lá aprendendo todos os segredos da manipulação de plantas, ervas, poções, remédios e magias e são "devolvidos" depois de 7 anos já como um grande feiticeiro, um xamã. - Saber mais
A lenda de Iara

- Mãe-d'Água s. f., (Brasil), ente fantástico, imaginado como uma sereia de rios e lagos ; fonte ou reservatório de água.
- Sereia do Lat. sirena Gr. seirén s. f., (Mit.), ser mitológico, metade mulher e metade peixe, cujo canto era tão suave que atraía os navegantes para os escolhos, onde naufragavam e morriam; (Zool.), batráquio urodelo, americano, caracterizado por não ter membros posteriores; (fig.), mulher de canto suavíssimo; mulher bela e sedutora.
- Sereias - Seres fabulosos, metade mulheres e metade aves, demônios ou divindades marinhas, nascidas de Aqéloo e de Melpômene. Situadas, segundo a tradição, numa ilha rochosa no Mediterrâneo, cativavam com o seu canto os marinheiros e os faziam naufragar de encontro aos recifes. Ulisses ouviu-as depois de ter fechado com cera os ouvidos de seus companheiros e ter-se amarrado ao mastro da nau para resistir as suas tentações.
- Sirena do Lat. sirene, Gr. seirén, sereia - s. f.,sereia. - aparelho que em veículos e navios produz sons estridentes, para avisar da sua aproximação;
- Sirénico do Gr. seirén, sereia adj., (poét.), relativo às sereias;(fig.),encantador.
- Sirénios do Lat. sireniu, de sereia - s. m. pl., (Zool.), ordem de mamíferos adaptados à vida aquática e de respiração aérea, sem membros posteriores, sem orelhas, com os membros anteriores em forma de barbatanas e cauda horizontal não fendida.
- Lepidossereia do Gr. lepís, lepídos, escama + seirén, sereia s. f., (Ictiol.), genero de peixes dipnóicos do Amazonas.
- Melusina de Melusina, nome de uma fada nas lendas célticas s. f., (Heráld.), sereia, com cauda de serpente a banhar-se e a mirar-se na água.
- Quianda s. f., (Angola),divindade aquática; sereia divina.
- Canto do Lat. cantu s. m.,série de sons musicais cadenciados, formados pela voz; ação de cantar; divisão de certos poemas, principalmente dos épicos; poesia que se pode cantar; hino; canto da sereia - linguagem agradável e lisonjeira, para atrair;
- Fontes: Dicionário Univ. da Língua Portuguesa / Dicionário Aurélio / Alm. Abril (1995) / Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz K. Pereira, Belém, 1994. - Na opinião de Câmara Cascudo, a Iara é simplesmente uma forma literária brasileira para representar a lenda mediterrânea da sereia sedutora ou da Mãe D'Água do folclore africano, e não um mito autenticamente brasileiro. O mito autêntico, ligado à origem, aos mistérios e a temores da água, é o do Ipupiara (o que reside ou mora nas fontes). Ao contrário do mito mediterrâneo e do africano, o mito brasileiro do Ipupiara refere-se a um homem-marinho, gênio protetor das nascentes e olhos d'água e como tal, de certo modo, inimigo dos pescadores, marisqueiros e lavadeiras.
- Lobisomem - Homem que se transforma em lobo ou outro animal, segundo a crendice popular, e que vagueia de noite para cumprir o seu fado. Homem aparentemente comum, vive e trabalha como os demais da comunidade. Nas noites de lua cheia se transforma em um lobo ou em um homem peludo com cabeça de lobo e ataca quem cruza o seu caminho. Antes do dia clarear readquire a forma humana. "O lobisomem é o filho que nasceu depois de uma série de 7 filhas. Aos 13 anos, numa terça ou quinta-feira, sai de noite, e topando com um lugar onde um jumento se espojou, começa o fado. Daí por diante, todas as terças e sextas-feiras, de meia-noite às duas horas, o lobisomem tem de fazer a sua corrida ... Quem ferir o lobisomem, quebra-lhe o fado; mas que se não suje no sangue ou herdará a triste sorte... Para desencantá-lo basta o menor ferimento que cause sangue. Ou bala que se unte com cera de vela que ardeu em 3 missas de domingo ou na missa do galo, na meia-noite do Natal. " (Luís da Câmara Cascudo, Dicionário do folclore brasileiro)
Heródoto, historiador grego, conta que na Grécia antiga havia um rei de nome Licaon, que tentou matar Zeus, o deus dos deuses e, como punição, este o transformou em um lobo. Em outras histórias, Licaon teria servido carne humana para Zeus e, por isso, foi transformado em lobo. Essas e outras lendas foram contadas e recontadas por vários povos e a crença no lobisomen foi sendo difundida em vários países. Na Itália, mais ou menos na época em que os portugueses vieram para o Brasil, acreditava-se que os lobisomens não faziam mal algum. Pelo contrário, protegiam as plantações dos ataques das bruxas, que levavam toda a colheita para o diabo. Os lobisomens saíam em busca da colheita para devolvê-la aos camponeses da cidade de Friul. Por isso, eram chamados de feiticeiros do bem. Alguns padres portugueses - que vieram para cá nas caravelas - diziam que as bruxas, os lobisomens, o diabo e outros seres fantásticos resolveram mudar-se para o Brasil porque aqui ainda não havia chegado a Igreja Católica. Aqui, segundo os portugueses, habitava um povo sem fé; sem rei e sem lei. E como os padres haviam conseguido expulsar da Europa esses seres, eles resolveram vir morar no Brasil. Claro que esse era apenas o argumento dos padres para mostrar o quanto a Igreja Católica era poderosa e, com isso, tentar convencer os índios a se converterem a esta religião... Nas grandes cidades, nem tanto, mas no interior do Brasil ainda se contam muitas histórias de lobisomen. Dizem que numa família de 7 filhos homens o caçula pode virar lobisomen se não for batizado pelo irmão mais velho. E tem mais: na hora em que vira lobisomen tem de correr 7 fontes, 7 cemitérios e 7 igrejas. Só depois dessa maratona é que ele volta à forma humana. Dizem, ainda, que os lobisomens atacam o gado, as galinhas e as pessoas, tudo em busca de sangue. Para matá-lo é preciso atirar uma bala de prata. (Georgina da Costa Martins, Globinho Pesquisa) - Saber mais
- Macunaíma -É um misto de deus e herói lendário do extremo norte da Amazônia, alto Rio Branco, área do grupo Aruaque. Tal como jurupari, este também é um enviado dos céus. Converteu tronco de madeira em gente e bichos. Esse mito já produziu uma obra-prima da moderna literatura brasileira: “Macunaíma”, de Mario de Andrade, livro que não pode deixar de ser lido com alegria. - Mão-grande - Figura mitológica típica do Pantanal matogrossense, que agarra o cavaleiro pelo pescoço com suas enormes mãos e o mata.
- Mapinguari - Criatura descrita como um macaco de tamanho descomunal - 5 a 6 metros, peludo como o porco-espinho, "só que os pêlos são de aço". Em uma versão, o mapinguari tem um só olho, enorme, no meio da testa, e uma bocarra vertical que desce até o umbigo. Cada passo do mapinguari mede 3 metros, e seu alimento favorito é a cabeça das vítimas, geralmente pessoas que ele caça durante o dia, deixando para dormir à noite. Há aqueles que afirmam ser impossível matá-lo: é invulnerável. Numa outra versão, ele é apresentado como um ser dos mais fantásticos, com 2 olhos, mas "3 bocas", sendo uma debaixo de cada braço e a outra sobre o coração. Esta última é considerada seu "calcanhar-de-aquiles", pois, quando ele abre a boca, pode-se acertar seu coração, única maneira de matá-lo. Fonte: Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994 .
O Mapinguari é um monstro amazonense com a boca rasgada do nariz ao estômago, pés em forma de cascos, devora só a cabeça do homem. Os caboclos juram que dentro da floresta mora esse gigante peludo que grita como uma pessoa e, se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado.
- Mula-sem-cabeça (burrinha ou burrinha-de-padre) - Personagem monstruosa em que se transforma a mulher que fez algum mal. No passado diziam que mulher que namorasse padre ou compadre tinha esse destino. Acredita-se que a metamorfose se dá na noite de quinta para sexta-feira e ela sai pelo campo soltando fogo pelas ventas e relinchando. Seu encanto, segundo a lenda, somente será quebrado se alguém conseguir tirar o freio de ferro que carrega na cabeça. Em seu lugar, aparecerá uma mulher arrependida. "...Os detalhes variam. É uma mula que não tem cabeça mas relincha. É um animal quase negro, com uma cruz de cabelos brancos. Tem olhos de fogo. Tem um

domingo, 20 de março de 2011

O Estado e o Indivíduo

O único capaz de mudar qualquer situação é você.

“As reformas não se realizam como edificações materiais; iniciam-se com uma mudança de atitudes em face dos problemas e prosseguem com um programa político firme, dentro de uma formula constitucional flexível.”

Alberto Torres

Hermann Keyserling disse que a America do Sul está fadada a criar uma civilização nova. Aceitemos o presságio do sábio, mas livremo-nos do imediativismo que sufoca ao nascerem às aspirações melhores.

Da Revolução Francesa saiu o individuo com seus direitos de cidadão, com garantias perante o Estado. Valor e garantia que os REGIMES ANTERIORES haviam desconhecido quase por completo. O Integralismo Brasileiro não desconhece a ação benéfica do movimento de 1789 e, nesse como em outros pontos, se afasta radicalmente do Integralismo lusitano.

Tudo indica que é este momento de se tornar efetiva a igualdade perante a lei proclamada pela Declaração dos DIREITOS DO HOMEM. O Integralismo sustenta que é preciso dar uma garantia de ordem econômica aos indivíduos, para que estes possam realizar os seus direitos.

Mas não sonha com a igualdade aritmética do Comunismo que é uma utopia e da qual o próprio Bolchevismo se afastou. Sustenta o principio das PROPORCIONALIDADES EM RAZÃO DAS CAPACIDADES INDIVIDUAIS.

Segundo Alberto Torres. “a igualdade perante a lei tem hoje um sentido que deve atingir a vida em toda a sua plenitude” e isso se realiza “ assegurando a todos os indivíduos o uso dos meios proprios de realizar a vocação”. O principio é este: para capacidades iguais possibilidades iguais. O principio que resolve, no campo da Educação, pelo dever que tem o Estado de garantir mediante a seleção e a gratuidade do ensino, o livre desenvolvimento das capacidades individuais e no campo econômico, pela criação do Sistema das Cooperativas Nacionais e dos Institutos Nacionais de Credito Popular.

A organização jurídica, segundo o pensamento integralista, deve se por em harmonia com as realidades sociais, das quais tem estado até agora separada A DEMOCRACIA INTEGRAL deve substituir definitivamente a Democracia fictícia de feição puramente política. Esta declara a Liberdade Politica, a Liberdade Religiosa e a Liberdade Econômica dos indivíduos, mas somente as duas primeiras estão cercadas das garantias decorrentes das limitações impostas à atividade de cada um.

A liberdade econômica, ao contrario, não tem limites. Essa falta limitação resolve-se praticamente numa deformação dos direitos políticos, que perdem todo valor real.

O Estado Integral não declara apenas as liberdades individuais, mas as garante a todos os indivíduos indistintivamente, exercendo o controle sobre todas: seu individualismo é integral.

Os dois termos do problema são por nós assim postos: ESTADO INTEGRAL – HOMEM INTEGRAL.

Eis porque sustentamos a necessidade de transformar a estrutura jurídico-social do Estado, pondo sobretudo os CODIGOS DE DIREITO PRIVADO em consonância com as novas necessidades da vida.

Eis porque não nos limitamos a pregar a reforma da nossa legislação social, coisa tão do gosto do socialismo romântico. Sem uma reforma global da estrutura política, social e econômica, bem pouco valerão as disposições sobre salário mínimo, seguros, etc. Com a instabilidade econômica do regime capitalista, o trabalho continuará a ser uma mercadoria sujeita à lei da oferta e da procura.

É ainda Alberto Torres quem ensina: “A legislação social tem visado antes acalmar as agiaçõs operarias do que dar ao Trabalho o seu lugar adequado no jogo das forças econômicas”. Os políticos liberais e social-democratas não concordam com a representação profissional, porque esta dispensa os intermediários sidos dos jogos dos partidos até agora encarregados de tratar dos direitos dos produtores...

Do que acabamos de expor, podemos concluir afirmando a brasilidade da nossa doutirna. Nenhum saudosismo do passado perturba a consideração das nossas coisas, pois afirmamos a nossa ideologia republicana.

Reconhecemos os valores particulares e exclusivos dos indivíduos, mas não fazemos do individuo um absoluto.

Reconhecemos a necessidade dos governos fortes, mas não fazemos do Estado um tabu.

Reconhecemos a necessidade de integrara no Estado os grupos econômicos, mas sem destruir a representação política e cultural.

Reconhecemos o valor espiritual das religiões, mas não compreendemos a necessidade de organizações políticas de caráter religioso.

Reconhecemos o predomínio dos interesses nacionais, mas não desconhecemos a interdependência econômica do mundo.

Em vista deste ultimo principio, combatemos o falso nacionalismo das barreiras alfandegárias, mas pregamos a regulamentação da vida econômica, especialmente pela racionalização do aparelhamento bancário e pelo controle direto do meio circulante e da empresas de interesse vitais para o pais.

Você quer saber mais?

SALGADO, Plínio; REALE, Miguel; MELLO, Olbiano de. Estudo Integralista, 1933, pp. 20-23.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Pórtico do Templo dos Guerreiros, no México.

A cultura mexicana é riquíssima de testemunhos da era pré-colombiana, deixados pelas civilizações sucessivas que se desenvolveram naquela área. Em Chichén Itzá, os toltecas deixaram um fabuloso acervo de monumentos, cada qual mais imponente que outros. Vê-se na gravura o pórtico do templo dos Guerreiros, precedido de um Chac-Mool, estátua de origem tolteca que representa o deus da Chuva reclinado, tendo sobre o ventre um prato que servia de altar.

Você quer saber mais?

“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.

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Estátuas Moai, na ilha de Páscoa.

Um dos mais impressionantes conjuntos monumentais do mundo são estas enormes estátuas, chamadas pelos nativos moai, da ilha da Páscoa, dependência do Chile, do qual dista 3.900km, no Pacífico Sul, logo abaixo do trópico de Capricórnio. Ninguém sabe qual o seu significado, quem as esculpiu, quando chegaram ao local e onde s e acham e como ali os primitivos habitantes da ilha conseguiram levantá-las e pô-las em posição. As mais altas de 18m de altura, o que corresponde a de um moderno edifício de seis andares. Feitas de lava basáltica, encontram-se em número de 193 de pé, e 80 deitadas no solo, como se estivessem no curso do transporte desde o Rano Raraku, um dos três grandes vulcões da ilha, e algum motivo tivesse obrigado a interromper o penoso trabalho de seu deslocamento.

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“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.

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Minarete da Mesquita de Sexta-feira, de Samarra.

O minarete de rampa helicoidal da mesquita de Sexta-feira, de Samarra, no Iraque, foi construído no século IX, é inspirado provavelmente nos antigos zigurates da Mesopotâmia (Babilônia). Estes, por sua vez, correspondem à imagem bíblica da Torre de Babel que, segundo o Gênese, foi erigida pelos descendentes de Noé, para “atingir o céu”, e simbolizava até hoje a confusão que sobreveio como conseqüência do pecado do orgulho e da pretensão. Se houve uma “torre de Babel, ela deve ter-se assemelhado ao minarete de Samarra.

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“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.

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Templo de Brihadishvara.


Na Índia, ao tempo dos imperadores Chola (séc. IX –séc. XIII), cada aldeia tinha seu templo, com torres elevadas acima das muralhas. O mais fabuloso desses templos é o de Brihadishvara, o maior da índia meridional, que o rei Rajaraja, após derrotar os chalúquias, mandou construir em Tanjore, sua capital. Templo da Vitória, dedicado a Xiva, esse conjunto colossal, embora guardando certas concepções colhidas da arquitetura dos Palava, inovou por suas proporções gigantescas. A torre, que se ergue a cerca de 60 metros de altura, é encimada por uma cúpula monolítica que pesa 80 toneladas. Içar a essa altura a enorme massa de pedra faz supor que se tivesse usado uma rampa de uns 6 km de extensão (como as empregadas pelos egípcios na construção da pirâmides.

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“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.

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quarta-feira, 16 de março de 2011

A ciência no caminho da espiritualidade.

A humanidade, desde os primórdios, procura entender os seguintes questionamentos: de onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para essas questões. No início das civilizações, a prática religiosa e, de certa forma, a “investigação científica” caminhavam juntas, tais características podem ser notadas nos mesopotâmicos, egípcios, indianos, chineses e, inclusive, nos gregos.

Com o passar dos tempos, essas duas vertentes de conhecimento foram tomando rumos opostos, principalmente durante a Idade Média, quando o ato de fazer ciência era considerado uma heresia. Ao defender a real compreensão da natureza, muitos pagaram com a própria vida.

Crer apenas naquilo que se pode ver e tocar acabou sendo o princípio da ciência após a ruptura com a Igreja, a partir do século XVI. Isso caracterizou as bases do empirismo, para o qual somente é importante o experimento, e não mais o executor da experiência. Nesse período, deixou-se de lado o abstrato, substância fundamental para o entendimento da natureza. O abstrato ficou para a Igreja, e a ciência seguiu o caminho do concreto.

Apenas no início do século XX o concreto e o abstrato voltaram a andar juntos novamente. E o pensamento da ciência concreta acabou tornando-se o próprio pensamento científico. Todavia, se embasarmos a compreensão da natureza apenas nos nossos sentidos, não conseguiremos entender o que realmente está acontecendo. Se ficarmos parados observando o Sol, por exemplo, sentiremos que ele se move ao redor da Terra, mas a ciência já comprovou que na verdade é a Terra que gira em volta do Sol.

A ruptura do concreto com o abstrato, na área da ciência, acabou criando um modelo de interpretação da realidade deficitário. Tal modelo, todavia, acabou confundindo-se com o próprio funcionamento da natureza. Por isso, estamos até hoje imersos numa grande crise existencial.

Imaginar a vida apenas no concreto é como ter um corpo sem espírito. Foi por isso que se acabou criando a idéia de que, para ser cientista, é preciso ser ateu.

Foi no início do século XX, com os fundamentos da Física Moderna, que o concreto e o abstrato começaram a permear novamente o campo das ciências. A dualidade partícula-onda do elétron demonstra bem essas duas realidades.

A idéia do fluxo contínuo dos fenômenos da natureza foi rompida quando Planck observou que a energia emitida por um corpo negro processava-se através de pacotes de energia, que ele batizou de quanta, ou seja, a Física das Quantidades.

Até então, imaginava-se que o comportamento da matéria em nível atômico era idêntico ao comportamento macroscópico.

Quando Niels Bohr resolveu aprofundar-se no estudo sobre a estrutura atômica, já desenvolvida inicialmente por Rutherford, postulou algumas idéias que mais tarde viriam a mudar todo o pensamento científico.

Bohr descobriu que os elétrons, podem se comportar ora como partícula, ou ora como onda. A dúvida ainda pairava no ar: para onde o elétron vai quando desaparece em um nível e reaparece em outro? Como pode ora ser partícula e ora ser onda?

A Física, então, deveria ser probabilística e não realista. Foi por isso que Einstein disse que Deus não joga dados. Mas, na verdade, o que descobriu é que o observador, que até então era descartado da ciência e considerado um mero espectador do fenômeno, atua sobre este, alterando-o.

Mas algo ainda estava por acontecer. Os cientistas, durante muito tempo, procuraram saber se a consciência realmente existe. Nós a sentimos temos a sensação de que ela esta do nosso lado, mas não conseguimos defini-la. Foram realizadas tomografias e ressonâncias, mas nunca se encontrou nada. Não foi encontrado porque ainda procuramos o concreto.

Em 1995, um importante experiência laboratorial de interação não-local, ou seja, sem troca de sinais,foi realizada pelo neurofisiologista Jacobo Grinberg-Zylberbaun, da Universidade do México, e sua equipe. Esses pesquisadores estavam procurando um caminho para demonstrar a conexão quântica não-local entre cérebros, demonstrando que a consciência é um objeto quântico, ou seja, desloca-se em níveis quânticos instantaneamente.

O experimento foi executado da seguinte forma:

Um meditador foi colocado dentro de uma gaiola de Farady (ambientes isolados eletromagneticamente) e seu cérebro foi conectado a uma máquina de EEG (eletroencefalograma).

Quando iniciou o experimento, nenhuma das dez pessoas sabia o horário exato do teste. O meditador recebeu então uma foto, escolhida ao acaso, de uma das dez pessoas que estavam na outra gaiola de Farady. O meditador concentrou-se, e imediatamente a máquina EEG capturou um sinal, também capturado pela outra máquina EEG a 220 Km de distância, sem nenhuma troca de sinal. O experimento foi repetido inúmeras vezes, comprovando, portanto, que a consciência é um objeto quântico.

A comunidade científica atual é extremamente conservadora, concreta e não admite nada que não esteja dentro das bases por ela definidas. A própria equação de Einstein (E=mc2) foi durante muito tempo rejeitada por essa mesma comunidade científica, a qual segue mantendo-se voltada meramente aos interesses econômicos. Isso pode ser identificado quando olhamos para os Estados Unidos: mais da metade dos valores investidos em pesquisa no país é financiamento do Pentágono.

Se na grande explosão (Big Bang) todos os elétrons, prótons e nêutrons estavam correlacionados e depois se separaram, isso significa que ainda estamos todos ligados uns aos outros. Então meu pensamento é sentido pelo Universo inteiro.

Aplicar na ciência a lei de São Tomé, ou seja, ver para crer, mas essa lei não funciona para a natureza. O conhecimento está dentro de cada indivíduo. Ele está esperando que cada um de nós tome consciência e passe a buscá-lo. Sócrates já dizia: “CONHEÇA-TE A TI MESMO”.

As revoluções científicas não são absorvidas pela sociedade de uma maneia instantânea.

Já se sabe que, para a ciência, o observador altera o resultado do experimento, mas ainda vivemos em uma sociedade dominada pelo empirismo, em que o ser humano é descartável, apenas um número perdido na multidão. As emoções, a teimosia, a irracionalidade são requisitos necessários para a redescoberta do abstrato.

A ciência e a espiritualidade estão apontando para a mesma direção. As religiões sempre trabalharam com o abstrato, mas a ciência, por questão histórica, acabou ficando apenas com o material.

As respostas para as questões “De onde viemos?”, “O que estamos fazendo aqui?”, “Para onde vamos?” então dentro de cada um, e esse caminho é feito com amorosidade, paz no coração, tanto pela religiosidade-espiritualidade como pela ciência, mesmo que tais idéias não sejam aceitas pela comunidade científica, pois ainda estão em conflito as questões econômicas – apenas de grandes estudiosos, como Einstein e Hawking, apontarem para uma direção mais espiritual.

Você quer saber mais?

BIEHL, Luciano Volcanoglo. A Ciência Ontem, Hoje e Sempre. Canoas: Editora da Ulbra, 2008.

BIEHL, Luciano Volcanoglo. O Mundo Quântico. Porto Alegre: Razão Bureau Editoral, 2005.

GOSWAMI, Amit. O Universo Autoconsciente. 4.ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2001.

BACHELARDA, Gaston. O Novo Espírito Científico. 2.ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1997.

CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 1997.

CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. São Paulo: Cultrix, 1997.

GROFE, Stanislav. Além do Cérebro. São Paulo: McGraw Hill, 1998.

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Síntese Bibliográfica de Plínio Salgado

Filho de um farmacêutico e de uma professora, Plínio Salgado nasceu a 22 de janeiro de 1895 na cidade de São Bento do Sapucaí, interior do Estado de São Paulo. Muito cedo inicia sua ação política e aos 18 anos é um dos fundadores do Partido Municipalista, primeiro do gênero no Brasil, fato que de certa forma prenuncia seu zelo pela problemática dos municípios, tendência que viria a sustentar por toda a vida. Ainda em 1913, cria o Correio de São Bento, semanário que um ano depois lhe credenciaria ao cargo de redator do Correio Paulistano, na capital do Estado. Sendo esse informativo intimamente ligado ao então Governo Estadual, dominado pelo Partido Republicano Paulista (PRP), Salgado passa a transitar entre a elite política local e em 1927 é eleito Deputado Estadual, com apoio de Júlio Prestes.

Antes disso, porém, participa ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922, envolvendo-se nos debates em torno da nova estética artístico-literária e do nativismo indianista, além de desenvolver seu nacionalismo, que mais tarde iria robustecer-se com o advento do Movimento Verde-Amarelista, fundado em parceria com Menotti del Picchia, Motta Filho e Cassiano Ricardo. Depois de escrever uma série de artigos publicados pelo Correio Paulistano, através dos quais já se percebe fragmentos da embrionária ideologia integralista, Salgado lança o romance O Estrangeiro (1926) e vê coroadas suas atividades literárias com o ingresso na Academia Paulista de Letras três anos depois. Assiste aos acontecimentos de 1930 em solo Europeu, como preceptor de um jovem de família abastada. Contudo, já instituído o governo varguista, retorna ao Brasil e dirige o jornal A Razão, para o qual escreve artigos doutrinários diariamente.

Em decorrência da eclosão da Revolução Constitucionalista em São Paulo, a sede do jornal é incendiada, o que precipita a fundação da Sociedade de Estudos Políticos (SEP), entidade pré-integralista que serviria como substituta de A Razão na função de agente difusor da apologética de Salgado, bem como instrumento para aglutinar seus seguidores, os mesmos que formariam o núcleo central do grupo que em sete de outubro de 1932 proclama o Manifesto de Outubro. Nascia assim a Ação Integralista Brasileira (AIB).

Salgado logo se afirma como líder supremo (“Chefe Nacional”) do novo movimento, embora a adesão de nomes como Miguel Reale, Gustavo Barroso e Raymundo Padilha tenha forjado esferas de influência consideráveis sobre a militância. Chega a ter chancelada sua candidatura à Presidência da República, empresa que viria a ser revogada pelo decreto estadonovista de extinção dos partidos políticos.

Dúbia se mostra sua relação com a nova ordem, e após uma colaboração inicial que lhe valeu o convite de Vargas para assumir o Ministério da Educação, acaba por repudiar o decreto de fechamento da AIB e é então preso na Fortaleza de Santa Cruz, lá permanecendo até 21 de junho de 1939, sob acusação de ser o mentor do famoso Putsch do ano anterior, geralmente atribuído aos integralistas. Parte para o exílio em Portugal, onde desempenha atividades de conferencista e solidifica, através da publicação de diversas obras religiosas, sua condição de intelectual e líder católico militante. Durante esse período, envia ao Brasil uma série de manifestos e orientações formais aos membros da extinta AIB, explicitando, em um deles, sua aprovação à declaração de guerra do governo brasileiro contra o Eixo nazi-nipo-fascista. Uma vez redemocratizado o sistema político, Salgado retorna à terra natal e é eleito presidente do Partido de Representação Popular (PRP), organização esta que passa a congregar parte significativa dos antigos camisas-verdes. Embora germinada no exílio, operacionaliza-se nessa época sua ressignificação ideológica, que teve no apoio a candidatura presidencial de Eduardo Gomes um marco divisor peremptório, no sentido do abandono do anti-sistemismo característico da AIB.

Em 1955, disputa a presidência da República pelo PRP, obtendo 632. 848 votos, e um ano depois é eleito Deputado Federal pelo Estado do Paraná. Exerce por mais duas vezes a legislatura federal (1960-64 e 1970-74), agora representando São Paulo.

Salgado profere seu discurso de despedida na Câmara dos Deputados e decide abandonar a vida pública, vindo a falecer em dezembro de 1975, aos 80 anos de idade.

Você quer saber mais?

SANTOS, Alonso. Monografia sobre Plínio Salgado. Rio de Janeiro: N.I.E.R.J.

Demais referências bibliográficas citadas pelo autor.

BRITO, Raimundo de Farias. Finalidade do Mundo. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, Instituto Nacional do Livro, 1957. 2.ed.

CARNEIRO, J. Fernando. Catolicismo, Revolução e Reação. Rio de Janeiro: AGIR, 1947.

CALIL, Gilberto Grassi. O Integralismo no Pós-guerra: A Formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Martin Claret, 2002.

DARNTON, Robert. História Intelectual e Cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.


FIGUEIREDO, Jackson. Literatura Reacionária. Rio de Janeiro: Edição do Centro D. Vital, 1924.

FRANCA, Leonel. A Psicologia da Fé. Rio de Janeiro: AGIR, 1952. 6.ed.

GONZAGA, Sergius. Manual de Literatura Brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994. 11.ed.

MADEIRA, Angélica. Fraturas do Brasil: o pensamento e a poética de Euclides da Cunha. In: AXT, Gunter e SCHÜLLER, Fernando (Orgs.). Intérpretes do Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2004.

MANTEGA, Guido. Economia Política Brasileira. São Paulo: Polis/Vozes, 1984.

SACCOMANI, Edda. Fascismo. In: BOBBIO, Norberto (Coord.) Dicionário de Política. Brasília: UNB, 1983. 4.ed.

SALGADO, Plínio. Aliança do Sim e do Não. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.6.

_______. A Quarta Humanidade. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.5.

_______. Despertemos a Nação. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.10.

_______. Direitos e Deveres do Homem. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.5.

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_______. Discursos Parlamentares. sel. e intr. Gumercindo Rocha Dórea, Brasília: Ed. Câmara dos Deputados, 1982.

_______. Espírito da Burguesia. Rio de Janeiro: Livraria Clássica Brasileira, 1951.

_______. Madrugada do Espírito. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.7.

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_______. O Ritmo da História. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.6.

_______. Páginas de Ontem. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.10.

_______. Palavra Nova dos Tempos Novos. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.7.

_______. Primeiro Cristo! In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.6.

_______. Psicologia da Revolução. In: Obras Completas. São Paulo: Editora das Américas, 1955. v.7.

_______. Reconstrução do Homem. Rio de Janeiro: Livraria Clássica Brasileira, 1958. 2.ed.

_______. Vida de Jesus. São Paulo: Panorama, 1945.

SANTOS, Cleiton Oliveira dos. Alberto Torres: o pensamento integralista em gênese. Goiânia: UFG, Monografia de Especialização. Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal de Goiás, 2004.

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SILVEIRA, Tasso da. Tendências do Pensamento Contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1935.

SOUZA, Francisco Martins de. Raízes teóricas do Corporativismo Brasileiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, Coleção Caminhos Brasileiros, 1999. v.7.

TOBIAS, José Antônio. História das Idéias no Brasil. São Paulo: EPU, 1987.

TORRES, Alberto. O Problema Nacional Brasileiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, Coleção Brasiliana, 1978. v.16.

TRINDADE, Hélgio. Integralismo: o Fascismo Brasileiro na Década de 30. Porto Alegre: Co-edições UFRGS/DIFEL, 1974.