quarta-feira, 13 de abril de 2011

A alquimia na Idade Média.

Há um outro aspecto que não pode ser desprezado quando se fala da ciência na Idade Média, que é a alquimia. Essa prática, apesar do manto de segredo com que é encoberta, era muito freqüente na Idade Média. O alquimista encarava a natureza como algo misterioso e fantástico – o que não era estranho ao espírito medieval, que a tudo impregnava de simbolismo. Cabia-lhe decifrar e utilizar esses símbolos para descobrir as maravilhas da natureza, da qual Le poderia, desse modo, não só penetrar os segredos como também manipular e, por exemplo, transformar os metais vis em metais preciosos. Por tudo isso, os alquimistas foram vistos, por muitos, como verdadeiros agentes do demônio. O anonimato seria a melhor forma de prosseguir nas suas práticas, as quais eram consideradas como ilícitas em relação aos programas oficiais das escolas da época. Daí a existência das chamadas sociedades secretas de ocultismo e de esoterismo, em que a própria situação de anonimato ia a par do mistério que cobre todas as coisas.

Há quem defenda que tudo isso, ao explorar certos aspectos da natureza proibidos pelas autoridades religiosas, deu também o seu contributo à ciência, nomeadamente à química, que, na altura, ainda não tinha surgido. Mas essa tese tem poucos exemplos em que se possa apoiar, e parece até que o verdadeiro espírito científico moderno teve de se debater com a resistência dos fantasmas irracionais associados à alquimia e a outras práticas do gênero pouco dadas à compreensão racional dos fenômenos naturais. A alquimia continuou a ser praticada e chegou mesmo a despertar o interesse de algumas das mais importantes figuras da história da ciência, como foi o caso de Newton. O mais conhecido praticante da alquimia foi Paracelso (1493-1541), em pleno período renascentista.

A imagem no alto da página é de Paracelso. Gravura em cobre de 1538 pelo AH monogrammer.

Você quer saber mais?

BIEHL, Luciano Volcanoglo. A Ciência ontem, hoje e sempre. Canoas: Ed. Ulbra, 2008.


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Conheça o Projeto Paracelso da Universidade de Zurique:

http://www.paracelsus.uzh.ch/general/paracelsus_life_works.html

terça-feira, 12 de abril de 2011

50° Aniversário da primeira viagem do homem no espaço.

Hoje se comemora uma das maiores conquistas humanas, pela primeira vez um homem rompeu as barreiras da Terra, e alcançou o espaço. É um dia que deve ser lembrado para sempre por nossos descendentes, pois independente de qual nação realizou esse feito, foi uma conquista humana que influência hoje, e influenciará no futuro o destino de nossa espécie como civilização.

Foi apenas o começo de uma grande jornada. O primeiro homem a ir ao espaço foi o cosmonauta soviético Yuri Alekseievitch Gagarin, piloto militar e cosmonauta soviético (Klouchino, distrito de Gjatsk, hoje Gagarin, região de Smolensk, 1934 – região de Vladmir 1969). Filho de carpinteiro, o astronauta soviético fez o curso de moldagem metalúrgica, diplomando-se em 1955. Começou a voar ainda quando estudante, ligando-se Á Força Aérea soviética em 1957. No dia de seu histórico lançamento foi promovido a major. Esteve no Brasil em 1961.

Ao 27 anos de idade, foi o primeiro homem a realizar um vôo espacial, ao redor da Terra em sua cápsula Vostok I em 12 de abril de 1961, realizando, em 108 minutos, uma volta em torno da Terra, à distância máxima de afastamento alcançado em seu vôo de foi de 327.019 km da Terra. E proferiu a famosa frase "A Terra é azul".

Para os astronautas sobreviverem nas condições hostis do espaço eles devem estar protegidos por um ambiente artificial no interior de uma roupa espacial ou da espaçonave. O meio ambiente artificial protege os astronautas com pressão e uma atmosfera respirável, livrando-os da radiação e dos micrometereoróides, e regula a temperatura do seu corpo.

Vostok I, primeira cápsula espacial tripulada soviética, monoplace, com massa de cerca de 4,5 t. a Vostok I levou ao espaço o primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin. Cinco outras Vostoks voaram entre 1961 e 1963.

Uma das cápsulas espaciais soviéticas Vostok (após seu retorno à Terra).

Esquena da roupa espacial da vostok (URSS)

Você quer saber mais?

ENCICLOPÉDIA BARSA. Rio de Janeiro : Encyclopaedia Britannica Editores Ltda, 1975. v.12.

GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL. São Paulo: Enciclopédia Larousse. Nova Cultura Ltda, 1998. v. 8.

ATLAS VISUAL: UNIVERSO E DINOSSSAUROS. Porto Alegre: Ed. Ática, 1995.v.1.

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domingo, 10 de abril de 2011

Por dentro dos zigurates.

Plano reconstruído do templo e zigurate de Tell al-Rimah, provavelmente a antiga Qatara. É provável que fosse construído em tempos de Samsi-Adad I(por volta de 1800 a.C.). ao contrário do tipo anterior do S., que tinha três escalinatas, o zigurate formava parte do edifício do templo e do santuário mais alto chegara até ao teto do templo do pátio.

Os zigurates eram um dos elementos mais característicos da antiga Mesopotâmia. Em muitas cidades o templo do deus tutelar compreendia um zigurate que constava de uma série de plataformas sobrepostas, em cima dos quais havia um templo. Os templos erigidos sobre plataformas já se encontram no período Ubaid em Eridu, por volta do quinto milênio a.C. os primeiros zigurates verdadeiros foram construídos por Ur-Nammum (2112-2095 a.C.), primeiro rei da Terceira Dinastia de Ur, em Ur, Eridu, Uruk e Nippur. A planta era semelhante em todos eles, com uma base retangular, três escalinatas que se cruzavam em ângulo reto e que conduziam ao templo alto. Esta é a lanta do zigurate mais famoso de todos, o do deus Marduk, na Babilônia, que deu origem à história da Torre de Babel. Tinha o nome de Etemenanki, que significa o"templo da fundação do céu e da terra", e foi começando no século XVII a.C.

Não se conhece a natureza exata das cerimônias que se desenvolviam no alto santuário. O historiador grego Heródoto, que descreveu em pormenor o zigurate da Babilônia, dizia que ali se celebravam as núpcias sagradas de uma sacerdotisa com o deus (que talvez estivesse representado na pessoa do rei ) nu ritual destinado a assegurar a prosperidade futura do país.

Os restos de zigurates foram encontrados em 16 jazigos; outros são conhecidos pelos textos (como o de Agadé, que não se sabe exatamente onde estava) ou pela forma das ruínas. Havia dois tipos principais de zigurate: um tipo do S., mais antigo, que tinha uma plataforma retangular e três escalinatas, e um tipo de nortenho, posterior, sem escalinatas, em que o templos costumava ser parte de um grande complexo. A construção do zigurate no jazigo elamita de Al-Untas-Napirisa (meados do séc. XIII a.C.) é excepcional. Encheu-se um pátio quadrado (com salas à volta) para construir um zigurate alto. As escadas dos quatros lados estavam dentro da estrutura.

A forma dos zigurates era parecida com as pirâmides do Egito, como a pirâmide escalonada de Saqqara (figura acima), mas a sua função era diferente. As pirâmides eram túmulos, onde a câmara mortuária estava oculta no centro do monumento, sem estrutura por cima. Os zigurates eram sólidas construções de tijolo coroadas por um templo; parecem-se mais aos templos da América Central, como o de Chichén Itzá (figura inferior). É possível, contudo, que a ideia de uma grande estrutura piramidal tivesse vindo do Egito.

O zigurate da capital assíria de Dur-Sarrukin foi um dos que forma descobertos anteriormente. Julgava-se que um caminho em espiral conduzia até à cúspide e que os três níveis inferiores estavam pintados de branco, negro e vermelho. Os níveis superiores não foram conservados, mas, segundo a combinação normal de cores, teriam sido azul, laranja, prateada e dourada.

Localização de alguns zigurates e seus tipos. Clíque na imagem para ampliar!

Você quer saber mais?

ROAF, Michael. Grandes Impérios e Civilizações: Mesopotâmia. Madrid: Edições del Prado S.A, 1996.

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sábado, 9 de abril de 2011

Colegas de escola das vítimas enfrentam trauma após tragédia no Rio

Por Júlia Dias Carneiro da BBC Brasil no Rio de Janeiro

Natália da Silva Braga. Foto: Julia Dias Carneiro/BBC Brasil

Natália disse que passou a noite revivendo a tragédia

Colegas de escola das 12 crianças mortas por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira reconheceram em conversas com a BBC Brasil que estão tendo dificuldade em superar o trauma da tragédia.

“Os amigos e a família ficam vindo falar comigo, mas depois desse ocorrido eu só quero ficar quietinha”, diz Juliane Calado Leonardo, de 14 anos, aluna do 9º ano. “O que mais me dói é que vi as coisas acontecendo, mas não pude ajudar.”

Ela diz que vai ser um trauma voltar para a escola, mas vai ter que continuar. “Tenho que ajudar os meus colegas, que perderam muitos amigos”, diz.

“Foi um momento de terror. Parecia que os tiros estavam em cima da nossa cabeça”, lembra ela, que foi à escola nesta sexta-feira para conferir os horários dos enterros listados no portão de entrada. Pretendia ir ao de duas amigas.

Clique Leia mais na BBC Brasil: Parentes e amigos homenageiam vítimas na escola em Realengo

Transferência de escola

Marcos Vinícius dos Santos França, de 12 anos, também não se imagina voltando para as mesmas salas de aula. “Não estou a fim não. Pedi para a minha mãe me colocar em outra escola, que eu não aguento mais essa, não”, diz.

“Muita gente morreu, meus colegas de coração mesmo, de quem eu gostava muito. A gente brincava no recreio”, conta. “Se não fosse aquele policial ali, estava todo mundo morto”, afirma, referindo-se ao sargento Márcio Alexandre Alves, do Batalhão de Polícia Rodoviária.

Marcos Vinícius dos Santos França. Crédito: Julia Dias Carneiro/BBC Brasil

Marcos Vinícius disse que quer mudar de escola

Avisado por um aluno ferido que conseguiu escapar do ataque, ele foi o primeiro a chegar à escola e baleou o atirador Wellington Menezes de Oliveira, que em seguida se suicidou.

Natália da Silva Braga, de 12 anos, veio deixar flores para as amigas que morreram. “Pensei que ia morrer, que todo mundo ia morrer”, conta. Passou a primeira noite após o ataque revivendo os acontecimentos. “Não conseguia dormir pensando em cada coisa que se passava, no sangue nas escadas.”

O carteiro Hercilei Antunes, de 44 anos, passou o dia na porta de sua casa, imediatamente oposta à da escola, de onde costuma acompanhar a gritaria das crianças na hora do recreio.

Nesta sexta-feira, porém, o silêncio que vinha da escola fechada só aumentava a sensação de vazio. “O som dos tiros ainda parece que está dentro do ouvido da gente”, diz Hercilei, pai de uma aluna de dez anos que estava tendo aulas no terceiro andar durante o ataque.

“Ela está muito abalada. A gente conversa, abraça muito, faz carinho. Mas uma coisa assim é muito difícil de apagar”, diz ele, afirmando ter passado a noite em claro.

Atendimento psicológico

Tania Silvia Reis Bley. Foto: Julia Dias Carneiro/BBC Brasil

Tania diz que o filho não quer comer após a tragédia

A prefeitura colocou atendimento psicológico à disposição das famílias ao lado a escola, mas a representante de uma associação de moradores reivindica que o serviço vá diretamente à casa das crianças.

“As crianças não querem vir para perto da escola porque estão com medo”, disse Claudia Bezerra, da Associação de Moradores de Carundé, de onde morreram três crianças. “É um sacrifício trazê-las para cá.”

Mas para Tania Silvia Reis Bley, de 44 anos, afastar-se da escola não é uma opção - ela mora na rua do lado, e agora procura confortar o filho único, Renan, que não quer comer nem sair de casa.

“As meninas que morreram eram da sala dele. Ele está muito nervoso”, diz ela, que não sabe dizer se o filho vai querer continuar na escola. “Ele sempre estudou aqui. Mas não pode forçar. Tem que deixar ele fazer o que o coraçãozinho dele manda. Deixar agora na mãozinha dele, para ele não sofrer”, diz.

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110408_realengo_criancasjc_rg.shtml

Para ativistas, restringir acesso a armas teria amenizado tragédia.

Episódios como o de Realengo nunca haviam ocorrido no Brasil!

Restringir o acesso a armas de fogo poderia ter amenizado a tragédia desta quinta-feira em uma escola no Rio de Janeiro, disseram à BBC Brasil ativistas pró-desarmamento.

Em um episódio semelhante a outros que já ocorreram no exterior, pelo menos 11 pessoas foram mortas por um atirador em uma escola municipal do bairro do Realengo, na zona oeste do Rio. Confrontado pela polícia, o autor dos disparos se matou.

Para o sociólogo Ignácio Cano, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a única forma de prevenir tantas mortes em um ataque como o ocorrido é evitar o acesso do público a esse tipo de armamento.

“Sem armas de fogo, um ataque como esse poderia ter alguns feridos. Com armas de fogo, vira uma tragédia gigantesca”, afirma Cano, membro do Laboratório de Análise da Violência da Uerj.

Antônio Rangel Bandeira, coordenador do Programa de Controle de Armas da ONG Viva Rio, tem opinião semelhante.

“Na China ou no Japão, as pessoas não têm acesso a armas de fogo, e um ataque como esse acontece com uso de faca. Faz muita diferença. Com faca, a média de mortes é de 30%. Com tiro, a média é de 80%”, afirma.

‘Desequilíbrio’

A venda de armas de fogo no Brasil, criticada por Cano e Bandeira, já foi tema de um referendo no Brasil, realizado em 23 de outubro de 2005. Na ocasião, a maioria dos que foram às urnas (63,94%) respondeu “não” à pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.

Mesmo sem a restrição, Cano lembra que é a primeira vez que a ação de um atirador ocorre com essa dimensão e com tantas vítimas no Brasil.

Apesar de se tratar de uma novidade no país, porém, ele considera que as motivações para esse tipo de crime “são sempre as mesmas”.

“Esse tipo de ação é fruto de desequilíbrio psíquico, raiva ou desejo de vingança de alguém no local de trabalho ou de estudo”, diz. “Pode ocorrer em qualquer lugar. São motivações psíquicas individuais”, diz o sociólogo da Uerj.

No livro Armas de Fogo – Proteção Ou Risco?, Antônio Rangel Bandeira analisa ataques do gênero ocorridos nos Estados Unidos. “Geralmente são pessoas que se sentem rejeitadas pelas instituições, seja a escola ou o trabalho. Elas se vingam daqueles que estão tendo relativo sucesso”, afirma.

“O fenômeno reflete um tipo de sociedade que é intolerante e não lida com as diferenças de forma adequada.” Para ele, os Estados Unidos se enquadram nessa definição, o que explicaria a alta incidência de ataques de atiradores no país.

“Mas o Brasil está se americanizando cada vez mais, por influência principalmente dos games e da televisão”, disse Bandeira. “Incorpora coisas boas, mas as ruins também.”

De acordo com coordenador do Programa de Controle de Armas da Viva Rio, quase metade das 16 milhões de armas que circulam no Brasil atualmente são ilegais, e “90% está nas mãos da sociedade”. “O Brasil é um dos povos mais armados do mundo”, afirmou. “Muita arma, muita morte.”

Cano ressalta que discutir segurança nas escolas é um tema importante, mas não em relação ao caso de Realengo.

“Por mais que se protejam as escolas, dificilmente isso evitaria um caso com esses. Se houvesse um segurança, o atirador daria um tiro nele. A única coisa que se pode fazer é evitar que as pessoas tenham armas.”

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110407_tiroteio_escola_armas_jc.shtml

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Deus e o Homem.

Plínio Salgado criou a doutrina integralista alicerçada na concepção espiritualista do Universo do Homem. Acreditamos em um Deus pessoal e no destino sobrenatural do Homem. Esta crença esta baseada na primordialidade e a prevalência do Espírito sobre a matéria, ou seja, a superposição dos valores de Alma em relação às contingências do Corpo, pois o Homem não pode procurar alicerce em si mesmo, porque o seu alicerce único é Deus.

Desta crença resulta o primado do espiritual sobre o moral, do moral sobre o social, do social sobre o nacional, do nacional sobre o individual.

Acreditamos na ação da Providência na vida do Homem, pois “Deus dirige o destino dos Povos”.

Opomos-nos ao Materialismo que nega ou não considera a existência de Deus e a imortalidade da Alma, que afirmam o destino biológico, circunscrito ao âmbito da Terra. No primeiro degrau do Materialismo está a atitude de certas pessoas, ditas religiosas, que procuram mais os bens da Terra que os bens do Céu, afirmando ser imperioso resolver antes de tudo os problemas econômicos, para que a criatura humana esteja em condições psicológicas de se voltar para Deus. No segundo degrau estão aqueles que não tomam conhecimento da origem e da finalidade da criatura humana. No terceiro degrau estão aqueles que negão o espiritual. Se pudesse haver dignidade na revolta do Homem contra Deus, poder-se-ia dizer que é este o degrau mais digno, mais coerente do Materialismo.

Mesmo não adotando nenhuma confissão religiosa o Integralismo acredita fundamentalmente em Cristo, pois sua doutrina emana das fontes inesgotáveis do Evangelho. Sem ser confessional declara que cada homem tem o dever de se voltar para o seu Criador. Em suma, o Integralismo, em face do crescente perigo materialista que avassala o mundo, com a impassibilidade dos agnósticos proclama aquilo mesmo que o Papa Pio XI afirmou na Encíclica “Caritatis Christi Compulsi”: “É chegado o momento em que se devem unir, não somente os que se gloriam do nome de cristãos, mas todos aqueles que acreditando em Deus, fazem dEle o fundamento da sociedade”.

Através desses princípios o Integralismo propõe uma frente única espiritualista, contra a onda avassaladora do materialismo, proclamando a existência de Deus e da alma do Homem e não se imiscuindo no que se refere à disciplina religiosa adotada por este ou aquele, pois só reprova aquilo mesmo que a Constituição Brasileira também reprova, ou seja, as práticas de seitas que constituem ameaça à paz e aos bons costumes.

Mesmo como corrente política o Integralismo busca no Evangelho a sua inspiração por entender que somente a prática da Verdade pregada pelo Divino Mestre poderá levar o Homem a alcançar aquela felicidade possível na Terra.

Este Homem para o Integralismo é como síntese substancial, o ser racional, o ser livre, onde se integram todos os fenômenos. Não o destrói como o Comunismo; nem o oprime como o Capitalismo; dignifica-o. Por isso prega o respeito à Pessoa Humana e a defesa de tudo que lhe é inerente: Família, Prosperidade, Salário Justo, Iniciativa Particular, Liberdade Religiosa.

O Homem deve ser visto de forma global, isto é, soma todas as suas expressões, todas as suas tendências, fundindo o sentido materialista do fato, ao sentido interior da idéia e subordinando ambos ao ritmo supremo espiritualista.

Diferimos das demais correntes de pensamento que possuem visões parciais do Homem. Uns viram no Homem apenas uma realidade econômica: é o Homem Econômico de Marx; outros só viram a realidade política: é o Homem-Cívico das democracias agnósticas; outros só viram as realidades do prazer sensual: é o Homem- Pansexualista de Freud; outros só viram as realidades dos impulsos violentos e dominadores: é o Super-Homem de Nietsche; outros viram as realidades de diferenciação do plasma germinativo: é o Homem-Raça de Gumplowicz, de Ratzenhoffer, de Houston Chamberlain e de Gobineau; alguns, como Rousseau e Locke apenas consideraram a bondade natural do ser humano, ao passo que outros, como Hobbes, consideraram somente a maldade natural de nossa Espécie.ESSAS VISÕES MUTILADAS DO HOMEM LEVAM À FORMAÇÃO DE MONSTROS. O monstro Individualismo, o monstro Coletividade, o monstro Estado, o monstro Raça, o monstro Liberalismo.

Jerry Young, tornou-se milionário jogando Poker.

O Integralismo propõe um combate a estes monstros! Contra o monstro Individualismo, opor os deveres do Homem para com a Família, a Sociedade e a Pátria; contra o monstro Coletividade, os deveres do Homem para consigo mesmo, no sentido de manter íntegras as expressões de sua personalidade no Espaço (Propriedade e Nação), no Tempo (Família e Tradição), no Espaço-Tempo (Liberdade e obrigação de trabalho e direito a salário justo), e, finalmente, na Eternidade (Religião); contra o monstro Estado, os deveres do Homem em face da dignidade que lhe confere Deus, caracterizada no princípio da intangibilidade da Pessoa Humana e nas responsabilidades decorrentes do livre-arbítrio; contra o monstro Raça, a fraternidade dos povos, unidos pelo próprio sangue do Salvador; contra o monstro Liberalismo, o respeito à autoridade dos representantes de Deus na Hierarquia da Igreja e na ordem temporal.

Se fosse possível estabelecer degraus de valores nessa área, acreditamos que os maiores inimigos do Homem são o Estatismo e o Liberalismo. Porque os dois extremos (autoridade sem limites e liberdade sem freios) estão sempre dispostos a sacrificar aquilo que mais importa ao Homem conservar intangível: a dignidade de sua Pessoa, segundo os fins preestabelecidos pelo Criador.

Para neutralizarmos essa ação dissolvente devemos nos opor, a cada exagero, a justa medida, o sentido de equilíbrio que herdamos de Cristo.

Madre Teresa de Calcutá, buscou à verdadeira riqueza, e a encontrou em seus semelhantes mais necessitados, devotou toda sua vida ao próximo.

Para nos integralistas o atributo essencial da Pessoa Humana, é a Liberdade. Considerada o Homem mesmo uma expressão de Liberdade, com direitos naturais na tríplice esfera de suas legítimas aspirações materiais, intelectuais e espirituais. Portanto acha imprescindível criar as condições indispensáveis para a realização efetiva da Liberdade. Vemos portanto a Liberdade como base fundamental da doutrina do Estado.

Acreditando em Deus que nos traçou leis imprescritíveis e na existência da alma do Homem, logicamente pugna pela Liberdade, sem a qual o mesmo Homem não poderá escolher o seu caminho.

Você quer saber mais?

LOUREIRO, Maria Amelia Salgado(Org.). O Integralismo: síntese do pensamento político- doutrinário de Plínio Salgado. São Paulo: Ed. Voz do Oeste, 1981.

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quem corre riscos nem sempre é compreendido

O medo de ousar tem destruído a formação de pensadores no mundo todo. Muitos estudantes têm medo de levantar as mãos, questionar seus professores, expressar seus pensamentos. O sistema educacional procura alunos quietos, mais a sabedoria procura alunos inconformados. O sistema educacional procura alunos que repetem idéias, mas a formação de pensadores procura alunos que debatam as idéias, usam o raciocínio esquemático e ousam nas provas.

Lembro-me de um aluno que tirou zero porque ousou pensar diferente. Merecia dez, mas foi completamente silenciado. Nunca mais ousou colocar seus pensamentos. Lembro-me de outro aluno que não escreveu direito uma palavra numa prova. A professora o chamou na frente da classe e o fez escrever na lousa a mesma palavra dezena de vezes.

Foi humilhado publicamente. A humilhação publica foi registrada no inconsciente dele gerando uma grave zona de conflito. Nunca mais conseguiu escrever textos para mostrar aos outros. No exato momento em que começava a construir palavras, suava frio, seu raciocínio se turvava, não conseguia pensar. Pequenos momentos mudam uma história.

Vivi essa história. Há mais de vinte e cinco anos quando era um estudante de medicina, escrevia informações de psicologia de um modo diferente do que me ensinavam. Não as escrevia assim porque as considerava melhor do que as dos meus mestres, mas porque observava e deduzia algumas coisas de modo diferente. Tal atitude era uma afronta.

Tentaram me silenciar, mas felizmente a ousadia prevaleceu. Mas quantos pensadores emudeceram para sempre porque foram proibidos de pensar diferente? Você foi emudecido em alguma área de sua personalidade por alguém ou alguma circunstância? Nunca é tarde para romper as armadilhas da mente. É tempo de superar o medo de errar. Como digo no livro Vendedor de Sonhos, é tempo de caminhar sem medo de se perder.

Você quer saber mais?

CURY, Augusto. O Código da Inteligência: a formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional, Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil/ Ediouro, 2008.

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A civilização dos megálitos

Templo de Mnajdra, Malta.
No fim do Neolítico, os habitantes da ilha de Malta sabem utilizar os megálitos para construir edifícios elaborados. A presença de ídolos femininos no interior prova que se trata de santuários. Em Mnajdra, três monólitos decorados em picotagens servem de porta de entrada para penetrar em três salas em forma de folhas de trevo. Atrás, câmaras com ressonâncias insólitas deviam servir para proferir oráculos. 3° milênio a.C..

Os megálitos (grandes pedras) são os mais antigos monumentos da humanidade. Entre o 5° e 2° milênio a.C., enormes blocos de pedra foram erigidos na Europa em locais abertos e muitas vezes sobre uma elevação. Os mais antigos megálitos estão na Espanha e em Portugal, bem como no Golfo de Lion (noroeste do mar Mediterrâneo), na Córsega, na Sardenha e em Malta. O costume de erigir “grandes pedras” segue depois ao longo da costa atlântica. A Bretanha, em particular, oferece numerosos exemplos desses monumentos. A seguir, a arte megalítica chegou à Irlanda, à Grã-Bretanha e finalmente, por volta de 1500 a.C., à Jutlândia e à Escandinávia.

Os menires, altas pedras verticais de um bloco único, podem ser isolados ou colocados em círculos (o cromlech) ou ainda alinhados. Os alinhamentos dos menires de Carnac ou os círculos de Stonehenge estão talvez ligados a um culto solar ou lunar. Os dolmens, que têm a forma de mesa, são formados por pedras verticais que sustentam um bloco único disposto horizontalmente. Abrigando geralmente câmaras funerárias, são dissimulados sob um montículo de terra ou cairns (montes de pedras). Alguns megálitos são decorados. Na França, as paredes do dólmen de Gavrinis (Morbihan) apresentam gravações de desenhos abstratos (círculos, espirais), folhas, machados e serpentes. Em Filitosa (Córsega), menires têm gravações em relevo com características antropomórficas (esboços de cabeça e braços), além de armas de guerra.

A dama de Saint-Sernin em Aveyron.
Esta estela de arenito esculpido, em forma arredondada no alto, representa de manei4a muito estilizada uma mulher. Dois buracos para os olhos, um traço para o nariz, linhas horizontais para as faces desenham o rosto do ídolo. O grande colar terminado com um pendente, os seios, a tanga que cobre o baixo-ventre e os quatro membros estão particularmente sublinhados. Mais de 20 pequenos menires com a aparência de ídolos femininos, como este, foram encontrados em Aveyron.

Stonehenge, na Grã-Bretanha.
Construído por etapas entre o 3° e o 2° milênio, o conjunto monumental de Stonehenge se compõe de círculos concêntricos de menires, de 3 a 6 metros de altura, e pesando dezenas de toneladas. As pedras verticais do círculo exterior suportam blocos horizontais. Até agora este sítio impressionante não revelou o segredo de sua finalidade.

Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.

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