segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cartografia. De Ptolomeu a Revolução científica.

Mapa-múndi de Ptolomeu

Os desenhos são mais antigos que a escrita, e por isso a cartografia precedeu o registro da História. Nossos ancestrais souberam traçar, embora rudimentarmente, muitas particularidades do terreno, para reproduzir um caminho percorrido. Foram as primeiras manifestações gráficas da preocupação do homem, visando à comunicação através dos itinerários. Assim nasceram os primeiros mapas e essa é até hoje a utilidade imediata da cartografia. Mais tarde, com a necessidade de precisar distâncias, surgiu a primeira unidade de medida: os dias de marcha, que aparecem nos mapas babilônicos gravados em argila (3500 a 3000 a.C.). Outros povos também foram precursores da cartografia, como os egípcios, que na época de Ramsés Ii (1333- 1300 a.C.) efetuavam medições sistemáticas de suas terras. Mas, por todo esse tempo, o mapa manteve a condição restrita de representar porções ilimitadas de terra.

Foram os gregos os primeiros a se preocupar com a representação do conjunto terrestre. Anaximandro, por volta de 500 a.C., observou a obliqüidade da eclíptica em relação ao equador, e pôs em dúvida a concepção da Terra plana, preparando o primeiro planisfério em que supunha o planeta com o formato de um disco. Inaugurava-se a era dos discários. Alguns anos mais tarde, Hecateo, grande viajante, em sua obra Periegesis, reafirmou esse conceito, cosntruindo um disco ao redor do qual colocou as águas do mar, circundando as duas partes essenciais do mundo: Europa e Ásia.

A concepção esférica

No inicio do século IV a.C., Pitágoras teria introduzido a concepção da Terra esférica. A idéia surgiu de especulações filosóficas – “... a esfera é a mais perfeita de todas as formas, portanto, a Terra, obra-prima dos deuses, deve ser uma esfera...”. Observações astronômicas confirmaram a hipótese, e Aristóteles, em 350 a.C., demonstrou a esfericidade do planeta. Depois disso, pode-se medir a obliqüidade do seu eixo de rotação, estabelecendo os conceitos de equador, pólos, trópicos e a divisão da superfície em zonas tórridas, temperadas e frias.

Por volta de 200 a.C., coube a Eratóstenes calcular a circunferência terrestre: 252 000 estadias, ou seja, mais ou menos 45 000 quilômetros, com um erro de 14 por cento quanto à medida verdadeira. A partir daí foi simples estabelecer o raio da esfera terrestre, elemento fundamental na determinação das latitudes e longitudes. Estavam dados os primeiros passos para a definição dos sistemas de projeção cartográficas, ou seja, a transformação da superfície esférica numa representação plana. Hiparco, em meados do século II a.C., inventou o astrolábio, instrumento que servia para calcular a altura dos astros (em relação ao horizonte) e realizou a primeira projeção cartográfica que se conhece, apoiando-se na trigonometria esférica e propondo um sistema cônico de projeção.

A herança de Ptolomeu

Os conhecimentos cartográficos do mundo antigo alcançaram seu ponto culminante na obra de Ptolomeu. Nascido em Alexandria no século II, dedicou dois volumes da sua Geografia ao estudo da construção de globos, projeções e mapas. Considera-se, mesmo, ser este o primeiro atlas geral elaborado.

No decorrer da Idade Média, dominada por superstições, a cartografia conhece uma fase de decadência. Na Europa, utiliza-se o mapa-múndi circular, o Orbis Terrarum do romanos, porém tão deturpado que perdera toda a exatidão geográfica. A Terra Santa ocupava geralmente o centro desses mapas, seguindo-se assim fielmente os textos bíblicos. Substitui-se a aplicação dos conhecimentos matemáticos pela interpretação artística altamente inventiva. Nesta fase, apenas os árabes mantiveram uma atividade cartográfica significativa.

No fim da era medieval, uma descoberta ligada à arte da navegação imprimiu novo alento à cartografia: a bússola, instrumento que indica o norte magnético. Introduzida na Europa por viajantes vindos da China, começou a ser usada pelos navegadores no século XIII.

Surgiram as cartas portulanas, de origem desconhecida, mas que indicam a utilização de bússolas na sua confecção. Com efeito, a característica principal desses mapas é a superposição de uma rede de linhas ligando pontos conhecidos. Tais linhas nada mais representam senão as referencias que os navegantes deveriam utilizar para orientar-se pela bússola. Foram as primeiras cartas marítimas. No Renascimento outros fatores vieram juntar-se ao emprego da bússola para retomar o desenvolvimento a cartografia. A redescoberta dos textos de Ptolomeu, que os humanistas italianos, por volta de 1400, traduziram para o latim; a invenção da imprensa, que tirou da cartografia o caráter artesanal; a melhoria das técnicas de navegação, que permitiu ao marinheiro assinalar graficamente sua posição de maneira mais correta.

Com isso, os descobrimentos foram documentados por intensa produção cartográfica. A terra começava a ser representada e m sua forma e dimensão verdadeiras. Contudo, os mapas eram um segredo de Estado e, praticamente, cada nação européia desenvolveu sua própria escola cartográfica, com variações quanto aos conceitos e às formas de representação.

A revolução científica

Somente a partir de 1700 é que a cartografia perdeu, afinal, o caráter decorativo em beneficio da precisão cientifica. Nesta época inventam-se novos instrumentos: no mar, os antigos astrolábios são substituídos pelos sextantes e a determinação das latitudes e longitudes deixa de ser exclusiva da astronomia superior; o cronômetro passa a ser utilizado no cálculo das longitudes; em terra, aperfeiçoa-se o sistema de triangulação na medida dos ângulos, através da introdução dos teodolitos ópticos. As possibilidades dos novos instrumentos permitiram corrigir toda uma série de erros acumulados durante séculos, considerados já como verdades geográficas. Essas descobertas constituíram uma verdadeira revolução que definitivamente separou a cartografia de suas ligações com Ptolomeu.

Você quer saber mais?

Mapas Históricos Brasileiros: Grandes Personagens da Nossa História. Ed.Abril Cultural, 1973.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

PÁSCOA

Estimadas Amigas! Estimados Amigos!
Eu queria uma mensagem lhes escrever
O que a Páscoa para mim quer dizer.
Então a Sagrada Escritura passo a ler.
A partir da meditação, através da oração
Deus coloca em meu coração
O que lhes passo em primeira mão.
É meu desejo ver
Que toda mensagem de Páscoa
Possa terra fértil encontrar.
E que na Família e Comunidade possa frutificar.

LIBERTAÇÃO
Páscoa lembra
Um Deus que desce
Porque ouve o grito
De um povo que padece.
Um Deus que não aceita.
Um Deus que rejeita
A dor da escravidão.

Páscoa lembra um Deus
Que com Abraão faz uma aliança
Que não lhe sai da lembrança
O povo que com Ele caminha.
Que um dia, pelo Egito, foi escravizado.
Que passa pelo deserto porque foi libertado.
E por Deus acompanhado rumo à terra de Canaã.
Uma terra que os antepassados não conheceram
Mas que reconheceram que foi o Deus de Abraão,
De Jacó e de Isaque, que os tem ajudado.

Páscoa passa pelo esquecimento
De um povo avarento
Que a vida abundante experimentou.
E que viveu o sofrimento
Porque de Deus não se lembrou.

Páscoa lembra um Deus
Que não esquece
Mas que a vida fortalece
Mesmo quando não merece.

Páscoa passa pelo nascimento
De uma criança nascida numa estrebaria.
Numa noite tão fria
E que trouxe tanta alegria.

Páscoa passa pelo ensinamento de um Profeta
Alguém muito mais sábio que um doutor.
Jesus Cristo ensinava
Que nada,
É mais forte do que o amor.

Ele que tanto amou
Sua vida entregou.
E Maria Madalena
No domingo da Páscoa testemunhou:
Que Jesus Cristo na morte não ficou.
E de todos os que nele crêem
É O Salvador

Páscoa: Passagem da morte para a vida.
Passagem da cruz para a ressurreição.
Passagem da luz pela escuridão.

Páscoa: Paz na Criação
Páscoa: Uma Esperança
Páscoa: Um Compromisso.
Por causa do grito
Por Libertação.

Uma Feliz e Abençoada Páscoa
Chapecó, 20 de abril de 2011.

Ervin Barg
Pastor Sinodal

Você quer saber mais?

http://www.luteranos.com.br/articles/17569/1/Pascoa/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17573/1/Mir%20ist%20ein%20Stein%20vom%20Herzen%20gefallen/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17557/1/Mensagem-de-Pascoa---2011/1.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A FALSA CRUZ DE HITLER CONTRA O MUNDO. PASSADO OU ATUALIDADE?

Nem tudo é o que parece.

Hitler se tornou ditador de um país que era, ao menos nominalmente, cristão. Ele se viu diante do desafio de fazer com que milhões de pessoas desistissem de sua fé em Deus e em Cristo. O cristianismo não foi exatamente descartado, mas substituído pelo “cristianismo positivo”, que poderia coexistir tranquilamente com o nazismo. Como muitas nações cristãs de hoje, ele acreditava que o cristianismo deveria abrir mão de seu caráter singular, para que a cruz pudesse unir-se a outras ideologias. Ele não podia suportar os cristãos que adoravam unicamente a Cristo, portanto limitou o livre exercício da expressão religiosa á esfera espiritual ainda menor.

Esse foi exatamente o tipo de controle que os legisladores da constituição americana tentaram evitar. Quando eles aprovaram a Primeira Emenda (“O Congresso não poderá formular nenhuma lei estabelecendo uma religião, e tampouco proibir seu livre exercício”), pensavam estar protegendo a liberdade religiosa, garantindo que o povo pudesse viver livremente sua fé. Compreendiam que essa frase significava que:

1) O Congresso (ou Estado) não deveria interferir nas práticas religiosas.

2) Nenhuma igreja nacional será estabelecida, à qual todos seriam obrigados a pertencer.

Um altar nazista.

Nas mãos de um grupo de reformadores de elite, essa emenda está agora sendo distorcida de forma que faria seus autores estremecerem. Atualmente, as cores interpretam, com freqüência, a liberdade religiosa como liberdade da religião. Em vez de separar a igreja da interferência do Estado, o significado agora é que as práticas religiosas deveriam ser removidas do Estado. Forças poderosas estão tentando desarraigar todos os vestígios da influência cristã, reescrever a história americana expulsar Deus do setor público.

Nos EUA, sempre que chega o mês de dezembro, os advogados da ACLU saem a campo. Estão sempre prontos a ameaçar qualquer distrito ou cidade que ouse exibir presépios, como ficam ansiosos por calar os alunos que quiserem cantar canções natalinas durante uma apresentação escolar.

Essas são reminiscências da Alemanha de Hitler: “Noite Feliz” deve ser substituído por “Rodolfo, a rena do nariz vermelho”, o Natal deve ser rebatizado como Solstício de Inverno e Cristo deve deixar o caminho livre para Papai Noel.

Hitler fez com que os livros escolares alemães fossem reescritos, para alinhá-los com o nacional-socialismo; da mesma forma, os livros escolares americanos são revisados a fim de apagar nossa herança cristã e estimular valores humanistas. Seja na China , seja na Alemanha nazista, a premissa é a mesma: a religião não pode ser praticada corporativamente nas esferas que pertencem ao Estado. Uma vez que essa premissa esteja firmada, o passo seguinte é expandir os poderes do Estado para invadir diretamente a livre prática religiosa, até mesmo na “esfera espiritual”.

Um batizado segundo o ritual nazista.

As semelhanças entre a Alemanha nazista e os EUA podem não ser tão evidentes, mas só quem for cego para as realidades que nos cercam poderá negar que esse relatório da Alemanha de Hitler significa um alerta sinistro para muitas nações cristãs de hoje e, incluindo os EUA.

O objetivo não é banir a religião cristã, mas obter o controle total – a completa submissão das igrejas aos caprichos morais e despóticos do governo político.

Essa intrusão dos tribunais na esfera espiritual continuará. Á medida que as nações cristãs escorregam para o paganismo, a igreja sofrerá pressões para realizar casamentos homossexuais. As pregações contra o aborto, o homossexualismo e contra as doutrinas heréticas de outras religiões serão definidas como “violência verbal”. Novas leis que proibirão as pessoas de testemunhar sobre Jesus nos mercados e até mesmo pelo rádio serão aprovadas. Um Estado hostil, se não puder extinguir a mensagem da cruz, tentará mesmo assim abafá-la.

Sob novas diretrizes os símbolos religiosos, como crucifixos ou Bíblias, podem ser declarados ilegais sob essas novas diretrizes. Na verdade o povo será orientado a deixar para trás sua crença mais estimada quando for para o trabalho. Podemos dizer, como os cristãos na Alemanha nazista, que o que “se espera é que a igreja definhe até desaparecer”.

NA VERDADE, OS PLANEJADORES SOCIAIS LIBERAIS QUEREM QUE NOS RENDAMOS, ASSIM COMO QUEREM QUE FAÇAMOS A PROMESSA DE FECHAR A BOCA E GUARDAR NOSSOS PONTOS DE VISTAS PARA NÓS MESMOS.

Sinodo Nacional em Wittenberg, 1933. A igreja curvasse as trevas.

O objetivo dos nossos novos “guardiões da liberdade” é garantir que se o cristianismo sobreviver, ele será completamente desprovido de sua singularidade. Trata-se de uma nova versão do “cristianismo positivo” de Hitler, que é compatível com diversas outras religiões e pontos de vistas morais. Os que crêem que a cruz de Cristo exige lealdade absoluta, não poderão praticar livremente sua fé.

Não sabemos onde tudo isso terminará. O que sabemos é que temos o honroso direto de representar Cristo em meio a essa reviravolta ideológica. Somos desfiados a nos mostrar à altura dessa hora de incrível oportunidade e contestação.

Então, como podemos manter a primazia da cruz, e ainda viver nossa fé nesse bazar de opiniões? O que a igreja deveria estar fazendo no momento em que tantas forças estão tentando neutralizar sua influência e limitar sua liberdade?

Você quer saber mais?

LUTZER, Erwin. A cruz de Hitler. São Paulo: Editora Vida, 2003.

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/search/label/2154878545865

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Missão e Visão da Cenacora (Comissão Ecumênica de Combate ao Racismo).

Link para a matéria acima.

MISSÃO:

"Ser um importante instrumento na sociedade brasileira para o combate ao preconceito e discriminação buscando as origens da formação desta sociedade, atuando inicialmente no âmbito das igrejas cristãs, com vistas a contribuir para uma sociedade mais igualitária tornando realidade Direitos Humanos para todos e todas".

VISÃO:

"Reconhecimento nacional e internacional até 2015, como uma instituição que atua na área dos Direitos Humanos de maneira eficaz sob o eixo Igualdade Racial numa sociedade miscigenada".

Igreja Membros:

Igreja Evangélica de Confissão Luterana - IECLB, Igreja Católica Apostólica Romana- ICAR, Igreja Católica Siriana do Brasil - ICOS, Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB, Presbiteriana Independente do Brasil - IPIB.

Você quer saber mais?

http://www.cenacora.org.br/O-LUTERO-NEGRO.php

http://www.cenacora.org.br/index.php

http://www.fld.com.br/


http://www.desconstruindo-o-nazismo.blogspot.com


http://www.desconstruindo-o-comunismo.blogspot.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Versão latina do Hino Nacional Brasileiro de Mendes de Aguiar. Hymnus Brasiliensis.

O tradutor do Hino, Joaquim Luís Mendes (ou Mendez) de Aguiar, nasceu em 1875 na Bahia e morreu em 1927 no Rio de Janeiro. Poeta e humanista, escreveu pelo menos três livros de poesias: "Sanctitatis Nova Signa" (1916), “Monásticas” (1919) e "Ausonia Carmina" (s.d.). A publicação da versão latina do Hino foi feita em 13/11/1924.

Análise do Hino

Duas características do referido texto latino precisam ser mencionadas:

1. a tradução proposta por Mendes de Aguiar não é literal, fazendo largo uso de liberdades ditas poéticas.

2. essa tradução é homeométrica, podendo tal versão latina do Hino ser cantada com a música da letra em português. Por tradução homeométrica entende-se aquela que é feita com “metro semelhante”, ou seja, observando-se a forma rítmica da obra poética original.

A pronúncia que há de ser adotada é a tradicional (e não a restaurada). Abaixo é apresentada a versão latina de Mendes de Aguiar para o Hino Nacional com todas as sílabas tônicas indicadas em negrito para melhor compreensão do que foi exposto.

Hymnus Brasiliensis*

Versão latina de Mendes de Aguiar

I

Audierunt Ypirangæ ripæ placidæ

Heroicæ gentis validum clamorem,

Solīsque libertatis flammæ fulgidæ

Sparsēre Patriæ in los tum fulgorem.

Pignus vero æqualitatis

Possidēre si potuĭmus brachio forti,

Almo gremio en libertatis,

Audens sese offert ipsi pectus morti!

O cara Patria,

Amoris atria,

Salve! Salve!

Brasilia, somnium tensum, flamma vivida,

Amorem ferens spem ad orbis claustrum,

Si pulchri coeli alacritate limpida,

Splendescit almum, fulgens, Crucis plaustrum.

Ex propria gigas positus natura,

Impavida, fortīsque, ingēnsque moles,

Te magnam prævidebunt jam futura.

Tellus dilecta,

Inter similia

Arva, Brasilia,

Es Patria electa!

Natorum parens alma es inter lilia,

Patria cara,

Brasilia!

II

In cunis semper strata mire splendidis,

Sonante mari, coeli albo profundi,

Effulges, o Brasilia, flos Americæ,

A sole irradiata Novi Mundi!

Ceterīsque in orbe plagis

Tui rident agri florum ditiores;

“Tenent silvæ en vitam magis,”

“Magis tenet” tuo sinu “vita amores.”

O cara Patria,

Amoris atria,

Salve! Salve!

Brasilia, æterni amoris fiat symbolum,

Quod affers tecum, labarum stellatum,

En dicat aurea viridīsque flammula,

—Ventura pax decūsque superatum.

Si vero tollis Themis clavam fortem,

Non filios tu videbis vacillantes.

Aut, in amando te, timentes mortem.

Tellus dilecta,

Inter similia

Arva, Brasilia,

Es Patria electa!

Natorum parens alma es inter lilia,

Patria cara,

Brasilia!

* "Hyno Nacional Brasileiro/ Versão Latina/ Por/ Mendes de Aguiar/ Dedicada/ À Congregação Salesiana". In: Revista de Língua Portuguesa, p. 13-5. Archivo de Estudos relativos ao Idioma e Literatura Nacionais. Publicação Bimestral dirigida por Laudelino Freire, nº 38 - Novembro - 1925, Ano VII, p. 14 (texto português); p. 15 (versão latina). Disponível na Seção de Obras Raras da Biblioteca Central da UnB.

Você quer saber mais?

http://www.ime.usp.br/~ueda/br.ispell/latim.html

http://www.concertino.com.br/cms2/files/HINO%20NACIONAL%20BRASILEIRO%20EM%20LATIM.pdf

http://www.bragamusician.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A alquimia na Idade Média.

Há um outro aspecto que não pode ser desprezado quando se fala da ciência na Idade Média, que é a alquimia. Essa prática, apesar do manto de segredo com que é encoberta, era muito freqüente na Idade Média. O alquimista encarava a natureza como algo misterioso e fantástico – o que não era estranho ao espírito medieval, que a tudo impregnava de simbolismo. Cabia-lhe decifrar e utilizar esses símbolos para descobrir as maravilhas da natureza, da qual Le poderia, desse modo, não só penetrar os segredos como também manipular e, por exemplo, transformar os metais vis em metais preciosos. Por tudo isso, os alquimistas foram vistos, por muitos, como verdadeiros agentes do demônio. O anonimato seria a melhor forma de prosseguir nas suas práticas, as quais eram consideradas como ilícitas em relação aos programas oficiais das escolas da época. Daí a existência das chamadas sociedades secretas de ocultismo e de esoterismo, em que a própria situação de anonimato ia a par do mistério que cobre todas as coisas.

Há quem defenda que tudo isso, ao explorar certos aspectos da natureza proibidos pelas autoridades religiosas, deu também o seu contributo à ciência, nomeadamente à química, que, na altura, ainda não tinha surgido. Mas essa tese tem poucos exemplos em que se possa apoiar, e parece até que o verdadeiro espírito científico moderno teve de se debater com a resistência dos fantasmas irracionais associados à alquimia e a outras práticas do gênero pouco dadas à compreensão racional dos fenômenos naturais. A alquimia continuou a ser praticada e chegou mesmo a despertar o interesse de algumas das mais importantes figuras da história da ciência, como foi o caso de Newton. O mais conhecido praticante da alquimia foi Paracelso (1493-1541), em pleno período renascentista.

A imagem no alto da página é de Paracelso. Gravura em cobre de 1538 pelo AH monogrammer.

Você quer saber mais?

BIEHL, Luciano Volcanoglo. A Ciência ontem, hoje e sempre. Canoas: Ed. Ulbra, 2008.


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Conheça o Projeto Paracelso da Universidade de Zurique:

http://www.paracelsus.uzh.ch/general/paracelsus_life_works.html

terça-feira, 12 de abril de 2011

50° Aniversário da primeira viagem do homem no espaço.

Hoje se comemora uma das maiores conquistas humanas, pela primeira vez um homem rompeu as barreiras da Terra, e alcançou o espaço. É um dia que deve ser lembrado para sempre por nossos descendentes, pois independente de qual nação realizou esse feito, foi uma conquista humana que influência hoje, e influenciará no futuro o destino de nossa espécie como civilização.

Foi apenas o começo de uma grande jornada. O primeiro homem a ir ao espaço foi o cosmonauta soviético Yuri Alekseievitch Gagarin, piloto militar e cosmonauta soviético (Klouchino, distrito de Gjatsk, hoje Gagarin, região de Smolensk, 1934 – região de Vladmir 1969). Filho de carpinteiro, o astronauta soviético fez o curso de moldagem metalúrgica, diplomando-se em 1955. Começou a voar ainda quando estudante, ligando-se Á Força Aérea soviética em 1957. No dia de seu histórico lançamento foi promovido a major. Esteve no Brasil em 1961.

Ao 27 anos de idade, foi o primeiro homem a realizar um vôo espacial, ao redor da Terra em sua cápsula Vostok I em 12 de abril de 1961, realizando, em 108 minutos, uma volta em torno da Terra, à distância máxima de afastamento alcançado em seu vôo de foi de 327.019 km da Terra. E proferiu a famosa frase "A Terra é azul".

Para os astronautas sobreviverem nas condições hostis do espaço eles devem estar protegidos por um ambiente artificial no interior de uma roupa espacial ou da espaçonave. O meio ambiente artificial protege os astronautas com pressão e uma atmosfera respirável, livrando-os da radiação e dos micrometereoróides, e regula a temperatura do seu corpo.

Vostok I, primeira cápsula espacial tripulada soviética, monoplace, com massa de cerca de 4,5 t. a Vostok I levou ao espaço o primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin. Cinco outras Vostoks voaram entre 1961 e 1963.

Uma das cápsulas espaciais soviéticas Vostok (após seu retorno à Terra).

Esquena da roupa espacial da vostok (URSS)

Você quer saber mais?

ENCICLOPÉDIA BARSA. Rio de Janeiro : Encyclopaedia Britannica Editores Ltda, 1975. v.12.

GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL. São Paulo: Enciclopédia Larousse. Nova Cultura Ltda, 1998. v. 8.

ATLAS VISUAL: UNIVERSO E DINOSSSAUROS. Porto Alegre: Ed. Ática, 1995.v.1.

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domingo, 10 de abril de 2011

Por dentro dos zigurates.

Plano reconstruído do templo e zigurate de Tell al-Rimah, provavelmente a antiga Qatara. É provável que fosse construído em tempos de Samsi-Adad I(por volta de 1800 a.C.). ao contrário do tipo anterior do S., que tinha três escalinatas, o zigurate formava parte do edifício do templo e do santuário mais alto chegara até ao teto do templo do pátio.

Os zigurates eram um dos elementos mais característicos da antiga Mesopotâmia. Em muitas cidades o templo do deus tutelar compreendia um zigurate que constava de uma série de plataformas sobrepostas, em cima dos quais havia um templo. Os templos erigidos sobre plataformas já se encontram no período Ubaid em Eridu, por volta do quinto milênio a.C. os primeiros zigurates verdadeiros foram construídos por Ur-Nammum (2112-2095 a.C.), primeiro rei da Terceira Dinastia de Ur, em Ur, Eridu, Uruk e Nippur. A planta era semelhante em todos eles, com uma base retangular, três escalinatas que se cruzavam em ângulo reto e que conduziam ao templo alto. Esta é a lanta do zigurate mais famoso de todos, o do deus Marduk, na Babilônia, que deu origem à história da Torre de Babel. Tinha o nome de Etemenanki, que significa o"templo da fundação do céu e da terra", e foi começando no século XVII a.C.

Não se conhece a natureza exata das cerimônias que se desenvolviam no alto santuário. O historiador grego Heródoto, que descreveu em pormenor o zigurate da Babilônia, dizia que ali se celebravam as núpcias sagradas de uma sacerdotisa com o deus (que talvez estivesse representado na pessoa do rei ) nu ritual destinado a assegurar a prosperidade futura do país.

Os restos de zigurates foram encontrados em 16 jazigos; outros são conhecidos pelos textos (como o de Agadé, que não se sabe exatamente onde estava) ou pela forma das ruínas. Havia dois tipos principais de zigurate: um tipo do S., mais antigo, que tinha uma plataforma retangular e três escalinatas, e um tipo de nortenho, posterior, sem escalinatas, em que o templos costumava ser parte de um grande complexo. A construção do zigurate no jazigo elamita de Al-Untas-Napirisa (meados do séc. XIII a.C.) é excepcional. Encheu-se um pátio quadrado (com salas à volta) para construir um zigurate alto. As escadas dos quatros lados estavam dentro da estrutura.

A forma dos zigurates era parecida com as pirâmides do Egito, como a pirâmide escalonada de Saqqara (figura acima), mas a sua função era diferente. As pirâmides eram túmulos, onde a câmara mortuária estava oculta no centro do monumento, sem estrutura por cima. Os zigurates eram sólidas construções de tijolo coroadas por um templo; parecem-se mais aos templos da América Central, como o de Chichén Itzá (figura inferior). É possível, contudo, que a ideia de uma grande estrutura piramidal tivesse vindo do Egito.

O zigurate da capital assíria de Dur-Sarrukin foi um dos que forma descobertos anteriormente. Julgava-se que um caminho em espiral conduzia até à cúspide e que os três níveis inferiores estavam pintados de branco, negro e vermelho. Os níveis superiores não foram conservados, mas, segundo a combinação normal de cores, teriam sido azul, laranja, prateada e dourada.

Localização de alguns zigurates e seus tipos. Clíque na imagem para ampliar!

Você quer saber mais?

ROAF, Michael. Grandes Impérios e Civilizações: Mesopotâmia. Madrid: Edições del Prado S.A, 1996.

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