segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval. A Festa da Morte!

Olhe quem lhe espera nesse carnaval para ceifar sua vida ainda jovem! Pense bem, se realmente é este fim que quer para sua jovem vida. Vá para casa fique com sua família!!!!


Todos os anos em nosso país são festejados os dias de carnaval, onde todos podem participar das folias com trios elétricos, desfiles, etc.
E você, amigo leitor, sabe o que significa a palavra carnaval?
Carnaval ou folia quer dizer divertimento da carne, bagunça da carne, prazer da carne, farra, loucura, etc..
Carnavale - Vocábulo italiano, que significa “adeus à carne”, é festa de muita alegria, folia e orgia.
A comemoração do carnaval é de origem pagã. Desde tempos imemoriais no Egito antigo, no outono, realizava-se a festa do boi Apis - animal sagrado. Escolhia-se o boi mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores. O boi era conduzido pelas ruas, e levado até o Rio Nilo, onde era afogado.
Segundo a Bíblia Sagrada o homem que anda nas festas carnavalescas, ou seja, na bagunça de sua carne, torna-se inimigo de Deus e contra a Sua Palavra.
Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens, mulheres e crianças fantasiadas grotescamente, iam atrás dele dançando, cantando, em promiscuidade até seu afogamento.
Com as conquistas da Grécia e de Roma, a festa foi transportada para outros países, sob outras formas e denominações. Na Grécia tomou o nome de Dionísio e em Roma, Bacanal em homenagem ao deus do vinho Baco. Nessas comemorações se fechavam todos os estabelecimentos comercias, e se abriam todos os lugares de divertimentos, onde a devassidão, a orgia e os prazeres sensuais eram inomináveis.
Com o advento do cristianismo, as festas pagãs se arrefeceram, mas na idade Média, sob a tolerância da Igreja dominante, recrudescera entre os povos de educação latina sob a única denominação de carnaval. No Brasil, com a miscigenação cultural afro-brasileira e com rituais diferentes, o carnaval empolga multidões e é atração turística.
O carnaval é festa religiosa, que veio do paganismo antigo, dedicado a Momo - deus da zombaria, do sarcasmo, da pândega e que está ligada à quaresma - período de abstinência e jejum, que termina com a semana santa.
Portanto a salvação de tua alma depende só de você, da tua escolha; Vale a pena você ganhar o mundo inteiro e perder a salvação de sua alma?
O cristão deve se conduzir pelas determinações bíblicas. Momo é Satanás dissimulado. Jesus em Sua quaresma de jejum e oração repeliu o falso deus dizendo: “Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” (Mt 4.10). O Salmo 115.1-8 afirma que quem adora um Deus morto se torna espiritualmente semelhante a ele. Momo é deus morto, cuja falsa duração é de três dias, cultuado pelos foliões, e que conforme a mitologia foi expulso do Olimpo, para ser na terra o rei dos loucos.
O que a Bíblia diz a respeito do carnaval?
A criação humana tem duas naturezas: a natureza divina que é o espírito e a natureza terrena que é ó corpo ou a carne. Na carta aos Gálatas 15.17, o apóstolo Paulo diz: “a carne cobiça contra o espírito, e o espírito contra a carne, estes se opõem um contra o outro”.
O espírito inclina-se para as coisas celestiais e a carne para as coisas terrenas. O homem que está se divertindo no carnaval passa a ser uma pessoa carnal, isto quer dizer que ele está andando segundo a carne. No decorrer do texto no verso 16 da mesma carta aos Gálatas Paulo ainda diz: “Andai em Espírito e não cumprireis concupiscência da carne”. O Senhor Deus ensina o homem a andar segundo os moldes de Sua Palavra e toda a Bíblia Ele adverte o homem a andar segundo Espírito e não segundo carne.
“Porque os que estão segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne, mas os que estão segundo o espírito, para as coisas do espírito”. “Porque a inclinação da carne é inimizade contra Deus”, pois não é sujeita á lei de Deus, nem, em verdade, pode ser. Porquanto, os que estão na carne, não podem agradar a Deus” (Romanos 8.5, 7, 8).
Quais as recompensas positivas que você pode tirar do carnaval?
Vejam os frutos podres do carnaval passado. Deseja você fazer parte desses números esse ano?
Acredito que não encontrará nenhuma. Como em todos os tempos e lugares, no Brasil a festa é portadora de nefastas conseqüências ao indivíduo, à família, e à sociedade. Todos os anos o governo brasileiro distribui milhares de camisinha para os foliões isto para provar que o carnaval é uma festa de promiscuidade. Nestes dias a humanidade cai em maiores depravações jamais vistas; prostituições, drogas, bebedices, adultérios, suicídios, assaltos, roubos, jovens grávidas, estupros, homossexualismo, lesbianismo, entre outras imoralidades. Quantas mortes e assassinatos acontecem nestes dias? Essas são as recompensas do carnal.
Se o carnaval é cultura e para muitos uma festa sagrada, porque então as autoridades e educadores estão distribuindo camisinha e seringa descartável para os foliões? É uma festa sadia ou é a bagunça da carne?
O carnaval leva o homem para a morte e condenação, mas o Espírito leva o homem para o Calvário, para Jesus o Filho de Deus. “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Romanos 8.1). Como você está andando? Segundo o Espírito ou segundo a carne?
O carnaval é à volta das religiões pagãs e de maneira alguma deveria estar justaposta ao período da quaresma que começa com a Quarta-feira de cinzas.
Lamentavelmente é ver que criaturas que se dizem cristãs festejem o carnaval, ressurgimento do paganismo e responsável pelos danos e efeitos morais para homens, mulheres, jovens de ambos os sexos, também crianças.
Pelo exposto, carnaval é festa religiosa que se contrapõe ao cristianismo verdadeiro.
A festa carnavalesca é culto imerecido ao falso deus Momo que constitui ofensa à pessoa do Deus vivo Criador e verdadeiro.
O carnaval é pecado e a Bíblia diz que o pecado gera a morte: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23) E no capítulo 8 e verso 6 de Romanos Paulo diz: “Portanto a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz”. E no verso 13 Paulo continua a dizer: “Porque se viverdes segundo a carne morrereis, mas se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”.
Deus não tem prazer na morte e condenação do pecador, mas que todos venham ao arrependimento, por isso Ele enviou Seu Filho Jesus, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.
Pr. Elias Ribas.
João Placoná - Presbítero, Professor de Teologia, Pregador da Palavra, Articulista
Você quer saber mais?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Resgate da Cabeça. Poema épico do viking Egil Skallagrimsson.

Desenho de Egil em um manuscrito do século XVII da Saga de Egil.

Poema escrito por Egil Skallagrimsson filho do viking Skalla-Grímr e de Bera (nascido na Islândia no povoado de Borg em 910 – 990 dC), um anti-herói escandinavo conhecido pelo nível de sua brutalidade até mesmo para um viking. Para exemplificar esse guerreiro berserker (Homem Fera) matava homens como pobres moscas no campo de batalha. E na falta de uma espada ou outra arma, Egil pulava no pescoço do inimigo, arrancando-lhe a carne e o sangue com seus dentes.

Apesar de ser o mais cruel dos guerreiros bárbaros, no entanto, por mais bizarro e contraditório que pareça, foi também um célebre poeta viking, um Skald (denominação dada aos membros de um grupo de poetas da corte dos líderes da Escandinávia e Islândia durante a era Viking que compunham e apresentavam suas interpretações sobre aspectos que, hoje, é conhecido como poesia nórdica antiga.) - massacrava e recitava poesias, antes, durante e depois de suas carnificinas. Abaixo descrevo um poema escrito por ele em louvor ao Rei Erik, o vermelho.

Egill em holmgang, em combate com Berg-Önundr; pintura de Johannes Flintoe.

Resgate da Cabeça

1. Por mar ao oeste fui,

E de Odin obtive

O sumo da poesia

Assim sempre tenho feito

Em meu navio carreguei

Quando nele embarquei

Fardos de poesia

Já o gelo s fundia.

2. Hospedagem o rei me concedeu,

Devo louvá-lo eu:

De Odin trago hidromel

Na Inglaterra agora é sorvido

Ao rei elogiei,

Na verdade cantei.

Uma canção de louvor preparei,

Se está a ouvi-la rápido.

3. Agora o rei recebe

O poema que cede

O poeta, o recita

Se o silêncio suscita

Conhecidas do senhor

Suas lutas e seu ardor

Odin foi expectador

Dos mortos e do fragor.

4. As espadas soavam

Escudos golpeavam

Feroz luta surgiu

Quando o rei atacou

Então se ouvia

O Sangue corria

Das armas o estrondo

Como ondas rompendo.

5. Uma trama de lanças

Lá se lança

Golpeiam com pujança

Chocam sem erro

De sangue já pleno

Estão os terrenos

As ondas serenas

As bandejas pretas.

6. Os homens caíam,

Os dardos lhes feriam.

Grande fama ganhava

Erik e se agraciava.

7. mais fatos contarei,

Das mortes direi,

Mais longa é minha história

De sua grade memória.

Sua fama se acresce,

Assim orei a merece,

Rompe-se o ferro fiel

Sobre o azul do broquel.

8. Quebrou-se o aço

Contra o ferro arremesso,

A ponta ensanguentada

Chocou contra outra espada

A que pende do talim

Matou a tantos ali,

De Odin os guerreiros

No jogo morreram.

9. Grande fama ganhava

Quando o dardo soava.

A espada talhava,

E Erik se agraciava.

10. Tingiu o rei a espada

De sangue, devorada

Por corvos, era achada

A carne destroçada

Por lobos, e a lança

A Hel guerreiros lança,

Da Escócia o adversário

Nutre assim o sanguinário.

11. Devora da ferida

O néctar da vida

Nos mortos aninha

A boca avermelhada,

O corvo voava

Bebia sangue carminado,

O lobo desgarrava

A carne que sangrava.

12. Ficou alegre isso é certo

O assassino esperto.

Ao lobo entrega o morto,

Junto ao mar aberto.

13. Despertava o guerreiro

O proprietário do aço

Do escudo a beira

Rachou-se primeiro,

As bordas se quebraram

Os gumes cortavam,

Os dardos voavam

Quando ao arco esticavam.

14. O dardo voador

Adiante flutuou

O arco esticado

Ao lobo alegrou

As ânsias de Hel

Venceu o guerreiro fiel,

O arco estalou

Os gumes golpeando.

15. O rei esticou seu arco

Nas sendas do barco.

As flechas voaram,

Ao lobo alimentaram.

16. Ainda mais contarei,

Aos homens direi

As façanhas do rei,

Componho com ardor.

Regala ardente ouro,

Reparte seu tesouro,

A ele se deve louvar,

Governar sem poupar.

17. Os braceletes divide,

Seus presentes não mede,

Não ama a avidez,

Reparte sem mesquinhez.

Abundante tesouro

Possui peças em ouro,

Sempre alegra o marinheiro

Com o metal verdadeiro.

18. Seu escudo defende

Da lâmina que brande,

De sua mão o desprende

Erik, o excelente.

Sei muito bem como era,

Aqui, lá onde impera,

Pelo mar se tem sabido

Que sua fama tem crescido.

19. Ante o rei tenho cantado

Os versos que tenho formado,

De coração tenho falado,

Atento me tem escutado,

Com minha boca recitei

Um poema que imaginei

De Odin o hidromel,

Ao guerreiro fiel.

20. Ao rei devo exaltar,

Recitar sem errar,

Em casa de senhores

Bem sei cantar louvores.

Agora desde o peito

Ao rei um canto tenho feito.

Disse assim meu poema,

Houve atenção suprema.

Estátua de Egil Skallagrimsson em uma praça na Islândia. Na Islândia existe até um dia de celebração a sua memória, 9 de dezembro. Ele é considerado um herói nacional.

Tradução de Ariadne Guedes.

Você quer saber mais?

Seganfredo, Carmen; Francini. A. S. Fúria Nórdica: Sagas Vikings. Porto Alegre, Editora Artes e Ofícios, 2011.

http://www.olgerdin.is/

http://www.sacred-texts.com/neu/egil/index.htm