quinta-feira, 5 de abril de 2012

Átila, o Rei dos Hunos. “Ego Sum Flagellum Dei”!

Estátua de Átila na Hungria.


Autor: Leandro CHH do Blog Construindo História Hoje.

O relato da vida e morte de Átila, o Rei dos Hunos, como consta nos texto do historiador romano Priscus.
Apesar de ser um individuo com uma personalidade agressiva e desconfiada, Átila permitiu-se acompanhar por romanos durante os períodos de paz entre ambos os povos. Foi nesses períodos que Priscus pode conhecer melhor o homem por detrás do “flagelo de Deus” (Flagellum Dei), era dessa forma que Átila se autointitulava.

 Átila o Huno, segundo uma representação artística. 

Os hunos moravam em complexos murados semelhantes a povoados muito grandes. Como observou Priscus: “dentro da muralhas haviam um numeroso grupo de prédios, alguns feitos de tábuas e construídos  próximos para fins decorativos, outros eram feitos de troncos de madeira cuja casca havia sido arrancada, e haviam sido planejados em seguida. Eram dispostos em colunas circulares feitas de pedra, que começavam no chão e chegavam a uma altura moderada”.
Átila morava na maior residência, que era embelezada com torres para diferenciá-la das demais. Os aposentos eram acarpetados com tapetes que pareciam ser de lã e as mulheres hunas faziam bordados coloridos e delicadas roupas de cama e mesa. Os hunos jantavam em sofás, no mesmo estilo dos romanos. Tapeçarias e trabalhos ornamentais multicoloridos eram pendurados para decorar os quartos. Embora os guerreiros hunos praticassem a poligamia, estima-se que as mulheres tivessem um status superior entre os hunos em comparação com a maioria das sociedades nômades, das estepes ou orientais. 

Concepção artiistica de um Cavaleiro Huno. 
Apesar de uma sociedade guerreira, o caráter masculino era superior e algumas das descrições de Priscus mostram que as mulheres desempenhavam um papel de “embelezar” os rituais e trabalhos nas casas.
Mapa do Império Huno, em seu avanço máximo ao Oeste.

A entrada de Átila na sua sala de jantar é assim descrita:
“Quando Átila estava entrando, as moças vieram vê-lo e se perfilaram diante dele caminhando sob estreitas tiras de tecidos de linho branco, sustentadas pelas mãos de mulheres dos dois lados. Essas faixas de tecido eram esticadas de tal forma que sob cada uma delas caminhavam pelo menos sete moças. Havia muitas fileiras de moças sob os tecidos e elas cantavam canções citas.”

O próprio Átila não impressionou tanto Priscus à primeira vista: Baixo, de peito largo, rosto desmedido e corpo atarracado, tinha olhos pequenos e profundos, um nariz achatado e uma barba rala levemente grisalha. Caminhou ao longo da parede com um arrogante modo de andar, obsevando com altivez de um lado para o outro. Inconstante, melancólico, desconfiado, Átila parecia ser abstêmio em relação ao vinho e sem senso de humor: os bufões faziam os outros hunos rirem, mas Átila sentava lá, remoendo, taciturno e com a cara amarrada.
O único momento em que revelava um lado humano era quando seu filho caçula, Ernac, entrava no salão de banquetes. Priscus notou que os olhos rijos de Átila se enterneciam imediatamente; ele chamava o menino e acariciava sua bochecha. Por que ele era o preferido, perguntou-se Priscus? Parecia que um vidente lhe dissera certa vez que sua família entraria em decadência após sua morte, mas que Ernac restabeleceria a riqueza dos hunos. Profundamente supersticioso, habituado a presságios, oráculos, xamãs e curandeiros, Átila levou isso muito a sério.

Ilustração do Exército Huno.
No entanto, a despeito da sua figura, quanto mais Priscus o observava, mais ficava impressionado. Ele não era apenas um assassino brutal e um tirano cruel, mas revelava sagacidade e até sabedoria:

“Embora um amante da guerra, não era propenso à violência. Era um conselheiro muito sábio, misericordioso para com  quem o aceitava como amigo”.

Não tinha a riqueza como objetivo, exceto como um meio de controle político e social, e seus próprios gostos tendiam à austeridade em vez do visível consumo. Novamente nas palavras de Priscus:

“Enquanto para os outros bárbaros e para nós, só havia pratos preparados generosamente servidos em travessas de prata, para Átila havia somente carne em um prato de madeira...Copos de ouro e prata eram entregues para os homens no banquete, enquanto o dele era de madeira. Sua roupa era simples e não era nada diferente das demais, com exceção do fato de ser limpa. Nem a espada que ficava pendurada na lateral de seu corpo, nem as fivelas de suas botas bárbaras e nem as rédeas de seu cavalo eram decorados com ouro ou pedras preciosas, como aqueles de outros citas.”

Retrato anônimo de Átila (provavelmente do século XIX). Aparece representado como um europeu, embora seus traços devessem ser de tipo mongólico ou centro-asiático.

Átila estava assim enviando uma mensagem sutil. Não precisava das manifestações externas e ornamentos do poder, tendo em vista que estava muito seguro de seu próprio destino. Também estava dizendo para aqueles que o apoiavam que ele nunca poderia ser comprado com o ouro romano, e que só a austeridade dava origem a grandes guerreiros. Átila era cruel e liquidava inimigos conhecidos num abrir e fechar de olhos, mas também era inteligente e percebeu que a simples brutalidade acabava afastando até os discípulos próximos: conhecia suficientemente a história de Roma para se lembrar dos imperadores que tinham sucumbido por causa de sua crueldade insensata: Calígula, Nero, Domiciano, Commodus, Elagabulus. Seus seguidores tinham de saber que ele era duro, e ele lhes dava muitas provas disso; mas eles também precisavam perceber que ele era capaz de moderação, conciliação e respeito por parte de seus subordinados, o que faria valer a pena estabelecer uma parceria com ele para a vida toda.
Armamento usado pelos Hunos.

Foi por volta do ano de 451d.C, quando em sua campanha na França, Átila invadiu a cidade de Troyes. O bispo Lupus de Troyes foi pedir rendição conciliatória a Átila e disse-lhe ser um homem de Deus. Átila então respondeu EGO SUM FLAGELLUM DEI (eu sou a cólera de Deus), e isso se tornou parte das duradouras histórias de luta dos reinos cristãos sobre Átila.

 O Arco e a Flecha eram as armas principais dos Hunos.

Cavaleiro Huno, portando seu arco e flecha. Ilustração 1.
Cavaleiro Huno portando seu Arco e Flecha. Ilustração 2.

Cavaleiro Huno portando seu Arco e Flecha. Ilustração 3.

No retorno para a Hungria de sua campanha na Itália por volta de 452-453d.C, Átila planejava outra guerra de conquista, agora contra os bizantinos. Foi nesse contexto que o polígamo Átila fez outro casamento político, acrescentando uma princesa alemã chamada Ildico a seu pequeno grupo de esposas. Os hunos davam muito valor à posse de mulheres bem-nascidas, considerando-as como um acréscimo essencial para seu prestígio e exigindo frequentemente princesas e “damas” como parte do tributo pagos pelos inimigos conquistados. Uma requintada festa de casamento foi realizada no início de 453d.C.

 
A Festa de Átila, quadro do pintor húngaro Mór Than. Baseia-se no fragmento de Priscus, que o representa de branco na parte direita, segurando seu livro de história.

Segundo o historiador romano Priscus foi durante essa festa de casamento que Átila morreu subitamente e de forma estranha. Segue o relato de Priscus:

“Pouco antes de morrer, ele (Átila), se casou com uma moça muito bonita chamada Ildico, depois de outras inúmeras esposas, como era o costume de seu povo. Ele se entregou ao regozijo excessivo na festa de casamento, e quando se deitou de costas, cheio de vinho e de sono, um fluxo de sangue superficial, que deve ter saído de seu nariz, desceu pela garganta e o matou, uma vez que foi impedido de passar pelas vias normais. No dia seguinte , de manhã, os criados reias suspeitaram de algum mal,e, depois de grande alvoroço, irromperam nos aposentos. Descobriram que a morte de Átila estava consumada por um derramamento de sangue, sem nenhum ferimento, e a moça com o rosto abatido, chorando por detrás do véu.”

 Vestimenta de soldados hunos.

Essa é a versão convencional sobre a morte de Átila, geralmente aceita pelos historiadores. Os sintomas descritos sugerem ou a ruptura de uma úlcera do aparelho digestivo, possivelmente provocada pelo profundo estresse pelo qual Átila estava passando, ou hipertensão em uma veia importante do corpo – varizes na garganta provocadas pelo excesso de alcoolismo. Se uma dessas veias se rompe, o sangue vai direto para os pulmões, no caso dele, que estava deitado de costas; se ele estivesse de pé ou sóbrio, o ataque não teria sido fatal.
Os hunos prantearam seu grande líder. É assim que Priscus descreve os ritos fúnebres:

“No meio de uma planície seu corpo ficou deitado em uma tenda de seda, e um espetáculo extraordinário foi apresentado solenemente. Os melhores cavaleiros de todo o povo huno fizeram um círculo em torno do local onde seu corpo jazia, como nos jogos circenses, e recitaram suas façanhas em um canto fúnebre...Quando eles prantearam com tais lamentos, com grande folguedo celebraram no seu túmulo o que eles chamam strava, e deixaram-se abandonar em uma mistura de alegria e luto...Entregaram seu corpo à terra no sigilo da noite...Acrescentaram as armas dos inimigos conquistadas em combate, adornos para cavalos brilhando com várias pedras preciosas e ornamentos de tipos variados, as marcas da glória real. Além disso, para que essas grandes riquezas fossem mantidas a salvo da curiosidade humana, aqueles que tiveram a tarefa de arrumar tudo foram recompensados com a morte.”

 Átila. De uma ilustração para a Edda Poética.

Alguns detectaram “demasiados protestos” no hino funeral, ao se declamar as conquistas de Átila, depois prosseguindo: “ quando ele tinha conquistado tudo isso favorecido pela sorte, caiu não por causa do adversário, nem  em virtude da traição de seus amigos, mas no meio de seu povo em paz, alegre em seu regozijo e sem nenhuma sensação de dor. Há até quem chame isso de morte e ninguém acredita que seja uma vingança”.

Todavia, a versão oficial da morte de Átila é problemática em vários níveis. Véus, noivas chorosas, nenhum grito, portas fechadas à chave –tudo isso se parece demais com um mistério; a descrição preparada não convence. A versão recebida pode ser criticada em vários níveis diferentes. Priscus, o historiador em quem devemos confiar para tudo o que diz respeito a Átila, nem estava na Europa quando o grande líder huno morreu, uma vez que se encontrava em missão diplomática no Egito. Seu relato é de segunda mão ou até de terceira. Não traz nenhuma relação com aquele feito em primeira mão por Priscus, a respeito do banquete em 449d.C. na sua descrição, o historiador fala que os outros hunos estavam bebendo e se divertindo, mas afirma que Átila estava distante, abstêmio, bebendo aos pouquinhos, enquanto os outros davam grandes goles. Em poucas palavras o caráter de Átila apresentado por Priscus na qualidade de observador é muito distante da personalidade revelada na última descrição de sua morte. Naturalmente, era do interesse dos filhos de Átila e dos logades conspirar para dar a ideia de uma morte repentina e natural; a última coisa de que eles precisavam para poder ter uma sucessão pacífica era uma investigação lenta sobre um plano de assassinato. Se essa versão é suspeita, quais são as prováveis circunstâncias da morte de Átila?  Aqui a suspeita se volta contra o imperador bizantino Marciano, um inimigo implacável, subestimado por Átila. Os bizantinos estavam bem preparados para usar o assassinato como um instrumento político. O segundo motivo diz que o germano Edeco, pai de Odoacro, era um seguidor leal de Bleda, irmão de Átila, assassinado pelo mesmo. Edeco teria planejado uma vingança a longo prazo. Assim sendo, a morte de Átila, em 453a.C, estaria relacionada ao assassinato de Bleda, em 445d.C. Edeco poderia ter sido um autêntico agente duplo, ou pode ter sido “transformado” pelos bizantinos em algum momento.

Quanto ao meio usado para o assassinato, é mais provável que o envenenamento lento tenha sido fatal para Átila, possivelmente até a ingestão de bebidas em pequenos goles durante o banquete do casamento.


Autor: Leandro CHH


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Você quer saber mais?

McLYNN, Frank. Heróis e Vilões: Por dentro da Mente dos Maiores Guerreiros da História. São Paulo: Larousse do Brasil, 2008.

“De origine actibusque Getarum” do Historiador romano Jordanes, traduzido para o espanhol por: MARTÍN, José, María Sánhez. Origen y gestas de los godos Madri, Cátedra, 2001.

terça-feira, 27 de março de 2012

Pelo Retorno das Justas. Os Cavaleiros de Mayhem!

O que é uma Justa?
Justa é um desporto jogado por dois cavaleiros com armaduras montados em cavalos. Consiste numa competição marcial entre dois cavaleiros montados, usando uma variedade de armas, geralmente em grupos de três por arma (como a inclinação com um lança, golpes com machados, ou golpes com a espada), entre outros, muitas vezes, como parte de um torneio.
A justa foi um jogo marcial na Idade Média, sendo necessário ter uma habilidade muito grande para praticar este desporto. Embora o primeiro torneio foi feito em 1066, a justa não ganhou popularidade generalizada até o século XII. É mantido o seu estatuto como um desporto popular europeu até ao início do século XVII.
Em uma área chamada de arena, dois cavaleiros montados em cavalos combatiam. Cada cavaleiro portava uma lança de madeira com uma ponta sem corte. Cada um tentava quebrar sua lança no corpo ou na cabeça de seu oponente ou tentava derrubar seu oponente de seu cavalo. Eles recebiam pontos por quebrarem uma lança (o número de pontos dependia da parte atingida do corpo do oponente) e, geralmente, podia-se ter de uma a três investidas por rodada.Mesmo as armas não tendo cortes, muitos cavaleiros eram feridos os mortos em justas.
O vencedor da justa seguia na competição e podia desafiar outros cavaleiros. O perdedor tinha que entregar sua armadura e seu cavalo para o vitorioso. Geralmente, o vitorioso vendia a armadura e o cavalo para o perdedor. Dessa maneira, os cavaleiros poderiam juntar uma fortuna (ou perdê-la) nos torneios. Um cavaleiro, Ulrich Von Lichtenstein, fez uma grande carreira em torneios pela Europa e escreveu sobre suas aventuras. O personagem de Heath Ledger imitava Sir Ulrich no filme "Coração de Cavaleiro.
A justa foi incorporada em torneios vários séculos após a sua estreia. O torneio permitiu uma melhor exibição da habilidade individual e, embora perigosa, ofereceram grandes somas de dinheiro do prémio. Muitos cavaleiros fizeram a sua fortuna com esses eventos, enquanto muitos perderam a fortuna ou mesmo a vida. Por exemplo,Henrique II da França morreu quando uma lança do seu adversário atravessou a sua viseira e a quebrou em fragmentos, cegando o olho direito e penetrando na sua órbita direita e têmpora.
Os Cavaleiros de Mayhem
Charlie Andrews lidera os "Cavaleiros de Mayhem", um grupo de Lancelotes e Galahads dos tempos modernos. O objetivo dos cavaleiros é transformar os torneios medievais de Justa, que hoje são apenas atos encenados em feiras do Renascimento, em um fenômeno do esporte profissional que irá correr o mundo. Para os cavaleiros, os torneios não são os espetáculos que vemos em restaurantes. Segue abaixo o resumo dos episódios.
1-Tempo de Treinamento
Os Cavaleiros de Mayhem, uma trupe de dez "cavaleiros" e seus acompanhantes "escudeiros", vão à cidade de McDade, Texas, onde eles começam a treinar para sua próxima temporada de justa. O capitão Charlie Andrews colocou todo o seu tempo e dinheiro nesta trupe com as esperanças de alavancar a justa das feiras renascentistas e levá-la ao mundo dos profissionais de esportes radicais.

Mas as suas tentativas não acontecem sem desentendimentos entre Charlie e seu antigo mentor, Patrick Lambke, o chamado "Cavaleiro Negro". Enquanto isso, dois dos cavaleiros veteranos de Charlie ainda brigam por conta de um incidente passado.

Eles terão de aprender a trabalhar juntos, mesmo que isso signifique resolver suas diferenças na
ponta de uma lança. Além disso, três jovens estreantes chegaram.

Apesar de seus fortes corpos atléticos, estes novatos precisarão de horas de treinamento. Juntos, os cavaleiros percorrerão uma semana de treinamento intenso e conflitos de personalidade e luta para sobreviver, literalmente, tudo em uma tentativa de chegar ao topo do mundo mortal e perigoso da justa.

Vestindo 68kg de armaduras medievais, estes homens montam cavalos e atacam uns aos outros com lanças de madeira maciça atingindo velocidades de até 30 km/h. No momento da colisão entre os cavalos, o cavaleiro tem o desafio de controlar o seu animal e manter o raciocínio.

O impacto pode ser devastador: contusões, ossos quebrados e até mesmo a morte.

Com Charlie na liderança, os Cavaleiros de Mayhem pretendem transformar essa prática num esporte profissional da moda. Será que os Cavaleiros serão capazes de levar o seu esporte para fora do mundo do Renascimento?

2- Jogo Duro

Os novatos competem pela primeira vez e a única coisa que Charlie pode prometer a eles é a dor – e ele vai garantir que eles sintam dor quando o enfrentarem.

Os altos níveis de testosterona são visíveis, enquanto os Cavaleiros vão até Sonora, na Califórnia,
para o Campeonato da Costa Oeste, onde o sangue e as contusões estão no centro das atenções.

Charlie tem contas a acertar aqui, ele se prepara para encontrar um jovem cavaleiro que, aos 19 anos, derrubou-o do cavalo em uma competição anterior.

Determinado a defender seu título e vingar sua honra, Charlie promete derrubar qualquer um que se atreva a desafiá-lo, enviando numerosos concorrentes ao chão e um para o hospital.

Mas, com novas lesões que vêm a toda hora, a trupe vai ser capaz de enterrar o medo e seguir em frente na competição?

3- Apostas Abertas

Uma bolsa de $20.000,00 está na reta, Charlie Andrews e os Cavaleiros de Mayhem competem pela vitória na Sherwood Forest Fair em McDade, Texas, tentando fazer com que a justa torne-se um esporte profissional.

O armeiro William Brunson chegou para produzir armaduras para os Cavaleiros de Mayhem, e o
primeiro a ser atendido é o novato Joe Ambrosious.

Joe, um ex-jogador de futebol americano que treinava em casa, no Arizona, espera finalmente provar que é um competidor digno, depois de não ter passado no último torneio.

Jake “A Cobra” Paul, lutador de artes marciais e outro novato na justa, tira sua atenção do ringue e entra para a trupe. O cavaleiro veterano Brian Stephenson recupera-se de uma severa concussão sofrida no último torneio, e tem esperança de vencer no Texas.

A estrela canadense da justa, Greg Boxma, também participa. Um novo cavalo pode ser exatamente o que o Cavaleiro Negro, Patrick Lambke, precise para finalmente vencer de Charlie, mas, em se tratando do Cavaleiro Negro, nada nunca é como parece ser.

As apostas estão altas e a bolsa está recheada, os cavaleiros vão até o Texas para praticar a justa em busca do título, mas, mais importante ainda, em busca do dinheiro.

4-Ameaça ao Trono

Os Cavaleiros de Mayhem se revezam enfrentando seu líder, o campeão internacional de justa Charlie Andrews, em Ogden, Utah, para tomar decisões a respeito do Ultimate Jousting Championship, em Las Vegas, que está se aproximando.

O novato Jake “A Cobra” Paul e o veterano Brian Stevenson destacam-se e dão a Charlie seu maior teste até agora. Charlie e seu sócio Gabriel Giordano encontram-se com um agente esportivo profissional, na tentativa de avançar com a justa enquanto esporte.

Consequências do último torneio por dinheiro em Austin, no mês anterior, colocam o relacionamento de Patrick Lambke, o Cavaleiro Negro, e dos Cavaleiros de Mayhem em perigo.

Além disso, um vírus equino altamente contagioso e mortal ameaça toda a empreitada.


5- Batalha em Las Vegas

O Ultimate Jousting Championship começa na South Point Arena e no Equestrian Center em Las Vegas, e dá início a uma nova era da justa.

O evento traz o sucesso do sonho do líder dos Cavaleiros de Mayhem Charlie Andrew –
transformar a justa em um esporte profissional.

Com a sua perseverança, Charlie e seu sócio Gabe Giordano levaram este esporte ao próximo nível. A estreia do UJC chamou a atenção de praticantes veteranos de fora da trupe dos Cavaleiros de Mayhem.

Estes competidores se recusam a perder o maior torneio dos dias de hoje. O veterano Talon MacKenna está deixando sua aposentadoria para participar do evento.

O veterano Dustin Stephens vem praticando a justa desde criança e participará do torneio com esperanças de vencer. Membros dos Cavaleiros de Mayhem também estarão lá, incluindo o veterano Brian Stephenson, que aparece no torneio após ter vencido Charlie Andrews pela primeira vez.

O veterano Jason Armstrong vai até Las Vegas com sua esposa e família. O novato Joe Ambrosius está orgulhoso de praticar a justa e junta-se ao também novato Jake Paul e ao mais novo praticante do grupo, Greg Boxma. Estes três jovens atletas esperam vencer em Vegas.


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http://www.natgeo.com.br/br/especiais/os-cavaleiros-de-mayhem/

http://www.natgeo.com.br/br/especiais/os-cavaleiros-de-mayhem/episodios/

http://www.natgeo.com.br/br/especiais/os-cavaleiros-de-mayhem/fotos/

http://www.medievalfair.org/

http://www.royalmedievalfaire.org/

http://pessoas.hsw.uol.com.br/cavaleiros4.htm

sábado, 24 de março de 2012

Puma Punku: A Misteriosa Porta do Puma do Lago Titicaca.

Autor: Leandro CHH do Blog Construindo História Hoje.

Mais de um milênio antes dos Incas criarem um império nas vastas montanhas dos Andes, na América do Sul na Bolívia, Tiahuanaco surgiu como um importante centro da vida política, econômica, religiosa na margem Sul do Lago Titicaca.

As ruínas de Puma Punku, próximas de Tiahuanaco, (América do Sul) estão entre as mais interessantes e misteriosas do Mundo, superam até mesmo as Pirâmides de Gizé, se levarmos em conta o nível de especialidade e refino no tratamento de pedra altamente resistente verificas ali.

Parece ser o resto de um grande cais no Lago Titicaca e parte de um de um grande edifício que desmoronou a pouco.

Puma Punku, também chamada Pumapunku ouPuma Puncu, é um sítio arqueológico composto de um grande complexo de templos e monumentos localizado em Tiwanaku, na Bolílvia . O nome Puma Punku é originário da língua Aymara e significa "A Porta do Puma". O complexo de Puma Punku consiste de esplanadas, templos, monumentos formados com pedras do estilo megalítico.

Um dos blocos de sua construção pesa cerca de 440 toneladas (o equivalente a cerca de 600 carros) e vários outros blocos, pesam entre 100 e 150 toneladas.

O sítio principal, possui 167 metros de comprimento e 116 metros de largura. A borda leste de Pumapunku é ocupada pela “Plataforma Lítica”, um terraço de pedra de 6,75 por 38,72 metros de dimensão. Este terraço é pavimentado com múltiplos blocos de pedra enormes. A Plataforma Lítica contém a maior pedra encontrada em todo o sítio arqueológico de Puma punku e Tiahuanaco. Baseada nas propriedades da rocha cuja qual foi extraída, e estimada que essa única pedra possua 131 toneladas.

Bloco de pedra esculpido em Puma Punku. Filete preciso de 6 mm de largura com furos eqüidistantes.

O núcleo das construções em Puma Punku consiste de argila enquanto o acabamento consiste de areia e pedregulhos. Escavações no sítio de Puma Punku documentaram a existência de três épocas distintas de construção além de pequenas reformas e remodelagens ocorridas em outras épocas.

Durante seu apogeu, acredita-se que Puma Punku era um local "incrivelmente maravilhoso" adornado com placas de metal polido, cerâmicas de cores brilhantes e ornamentado com quadros e peles, frequentado por sarcedotes e pela elite, que se vestiam com roupas cerimoniais e joias exóticas. A compreensão da natureza deste complexo arqueológico ainda é limitada, devido à sua antiguidade, a falta de provas escritas, e o atual estado de elevada deterioração, tanto pelo desgaste natural mas também devida a depredação causada por visitantes e saqueadores.

A chamada Porta do Sol, vista na parte de trás. Esculpida em rocha extremamente dura.Possivelmente era uma parte de um grande muro.

Determinar a idade do complexo de Puma Punku tem sido o foco de pesquisadores desde a descoberta deste sítio arqueológico. Como notado pelo especialista Andino, o professor de Antropologia W. H. Isbell, determinou através do teste com rádio carbono que a camada mais antiga de construção ocorreu entre os anos de 536 a 600 D.C.

No entanto, olhando-se melhor estes blocos de pedra observa-se que foram fabricados com uma precisam magnifica para época.

Porém é em Puma Punku que é possível ver o avançado sistema de corte de blocos. Analisem nas fotos a qualidade e a perfeição dos cortes. Alguns cientistas acreditam que as ferramentas básicas daquela época, estes tipos de cortes são praticamente impossíveis de se fazer. Por isso existe uma forte hipótese de que realmente esse povo já usava algum tipo de ferramenta avançada de corte, ou algum método que infelizmente ficou perdido no tempo....Será?

A primeira vista Puma Punku não imprenssiona. Parece apenas um monte de ruínas de uma velha pirâmide e um grande número de blocos megalíticos de pedras no chão, aparentemente derrubados por um terremoto devastador.

Concepção artística de Puma Punku em AutoCad por Alexei Vranich. (arqueólogo da Universidade da Pensilvânia, que está escavando um templo chamado Puma punku). “O templo era um local de importância religiosa e um centro de peregrinação. Vranich acredita que os arquitetos tiwanakus sabiam exatamente o que estavam fazendo quando ergueram o templo num local onde ele encobria a vista da montanha. “Eles sabiam que efeito isso teria”, diz ele. “Fazer o Illimani desaparecer! Essa foi uma das ilusões de ótica criadas aqui.”

Nas margens do lago Titicaca encontram-se ruínas de antigos templos e santuários, remontando a até 700 a.C. Os pesquisadores crêem que Tihanuaco foi um desses centros religiosos. Mas, no século 6, talvez devido à importância do lago Titicaca na mitologia andina ou ao poder político do povo local, a cidade tornou-se um centro de peregrinação. Para chegar ali muitos viajavam longas distâncias, atravessando as águas verdes do lago em jangadas de bambu.
~Monte Illimani ao fundo na foto atinge seus 6.462 m de altitude e parece pequeno diante do Lago Titicaca que já está ha 4.000 m do nível do mar.

Depois, de rumar para o leste, caminhando pelas planícies relvadas do altiplano rumo aos picos azulados dos Andes, sempre cobertos de neve. “Durante essa jornada, o mais alto desses picos, o monte Illimani, devia atraí-los como um farol”, diz Vranich. “O Illimani era a montanha mais sagrada para essas populações. Segundo sua religião, para lá iam seus antepassados depois da morte.”

Só quando se sobe o último lance de escada e se chega ao alto do templo, um teto plano, é que a montanha reaparece, toda azul e branca, com seu brilho esplendoroso. "Agora olhe em volta", diz Vranich. "O Illimani está bem a nossa frente; o lago Titicaca, atrás de nós. Na cosmologia andina, estamos realmente num local entre o céu e a terra."

Autor: Leandro CHH

Copyright © construindohistoriahoje.blogspot.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Attribution-No Derivatives. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para “http://www.construindohistoriahoje.blogspot.com”. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes.

Você quer saber mais?

http://www.archaeology.org/interactive/tiwanaku/project/pumapunku1.html

http://repository.upenn.edu/dissertations/AAI9926211/

http://repository.upenn.edu/dissertations/AAI9926211

http://proquest.umi.com/pqdlink?Ver=1&Exp=03-23-2017&FMT=7&DID=733961491&RQT=309&attempt=1&cfc=1


segunda-feira, 19 de março de 2012

Os mais perversos da história: Pol Pot, o arquiteto de um genocídio.

Pol Pot em uma das poucas fotografias.

Autor: Leandro CHH do Blog Construindo História Hoje.

 
Pol Pot foi um líder que não mostrou misericórdia para com seu povo. Foi responsável pela morte de 2 milhões de pessoas, um terço da população de seu país, o Camboja. Durante quatro anos, torturou e matou cambojanos de fome. Homens, mulheres, crianças e bebês muitas vezes foram brutalmente agredidos com martelos e enterrados vivos.

Nascido em Saloth Sar em 1925, foi criado numa próspera fazenda de arroz ao norte de Phnom Penh, num Camboja governado pelos franceses. Nunca trabalhou em um campo de arroz, nem conhecia bem a vida na aldeia, pois aos seis anos de idade foi mandado para a capital para se tornar monge.

Em 1949 Pol Pot foi estudar em Paris depois de ganhar uma bolsa para aprender radioeletricidade. Ali seu racismo inato encontraria expressão no comunismo extremista. 

Durante os anos que Pol Pot estudou em Paris , o Partido Comunista era o partido stalinista mais linha-dura da Europa Ocidental. Também absorveu a filosofia de outro estudante cambojano de esquerda, Khieu Samphan, segundo o qual, para fazer uma verdadeira revolução rural, o Camboja precisava regredir à economia camponesa – sem cidades, indústrias, moeda ou educação.

Depois da faculdade em Paris, Pol Pot voltou ao Camboja cheio de ideais revolucionários e entrou para o Partido Comunista clandestino, que fazia oposição ao monarca apoiado pelos franceses, o rei Sihanouk, e ao presidente Lon Nol. Em dois anos ele foi nomeado secretário-geral do partido e, para não ser capturado pelas forças governamentais, fugiu para as montanhas, com seus quadros agora fortemente armados, e pregou sua doutrina revolucionária para as tribos enquanto travava uma feroz guerrilha. Desde o início da década de 1970, Pol Pot e seu grupo, conhecido