segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

História Contemporânea do século XX; Parte II.



CHH

O grande volume de fatos históricos a serem compreendidos na Idade Contemporânea acabou demonstrando um novo lugar para este campo do conhecimento. Com tantas transformações acontecendo, ficou cada vez mais nítido que a função de historiador não tem nada a ver com a elaboração de projeções para o futuro. A ciência histórica fica mais próxima de uma noção de que as formas de se ver o passado são atreladas aos valores do tempo presente.

Com isso, mesmo com a modernização na fabricação e no armazenamento de informações, o estudo dos fatos contemporâneos não se mostra cristalizados ou presos aos grandes nomes, instituições e datas. O historiador ou o simples amante de História se transforma em um intérprete da cultura que vagueia pelo passado fundando outras possibilidades de compreendê-lo e, ao mesmo tempo, no modo de olhar o seu mundo. Sendo assim, como definimos a Idade Contemporânea? Apenas o tempo irá dizer.

- 1900 a 1901 – Guerra dos Boxers.

A Guerra dos Boxers foi um conflito ocorrido na China entre os anos de 1899 e 1900, onde um violento grupo nacionalista lutava contra a presença dos estrangeiros em seu território. Inconformados com a inapetência do poder imperial em conter a intervenção imperialista no país, um grupo de lutadores da China desenvolveu uma sociedade secreta, conhecida como “A Sociedade dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros”, para lutar contra os imperialistas.

O crescimento da situação hostil obrigou as nações imperialistas a organizarem um exército que desarticularia as ações violentas organizadas pelos boxers. Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, França, Japão, Itália e Rússia cederam soldados para tomar a cidade de Pequim, o principal foco dos conflitos. A invasão estrangeira – ocorrida no final de maio de 1900 – foi logo respondida com um novo ataque dos boxers à pista de corrida dos estrangeiros e o isolamento do bairro das Embaixadas.

No dia 7 de setembro de 1901, a Paz ou Protocolo de Pequim oficializou os acordos que puseram fim à Guerra dos Boxers. Derrotado, o governo chinês se viu obrigado a pagar uma pesada indenização em ouro e liberar novos portos às embarcações estrangeiras. Além disso, os imperialistas impuseram a sua autoridade na capital do país e proibiram os chineses de importarem armamentos. Nas décadas seguintes, apesar do fracasso, outros levantes determinaram o fim da dominação estrangeira na China.

- 1909: início, nos Estados Unidos, de uma nova forma de produção industrial: fordismo.

Fordismo é o nome dado ao modelo de produção automobilística em massa, instituído pelo norte-americano Henry Ford. Esse método consistia em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto, resultando no aumento das vendas que, por sua vez, iria permitir manter baixo o preço do produto.

Os primeiros automóveis surgiram na segunda metade do século XIX. No entanto, eram tão lentos na locomoção que se igualavam às carruagens. Foram os motores a combustão desenvolvidos pelos alemães Benz e Daimler, na última década do século XIX, que incentivaram o rápido aperfeiçoamento dos automóveis.

Nesse contexto, destacam-se dois modelos de fabricação: o artesanal, de Rolls Royce, e o de construção de grandes séries, de Henry Ford; no modo artesanal, construíam-se e ajustavam-se as peças em cada carro, que compreendia num trabalho mais lento, portanto de maior qualidade, mas de alto preço. Já no Fordismo, a fabricação em série implicou na queda da qualidade dos veículos. Em contrapartida, o carro ficou mais barato, tornando-o um meio de transporte acessível às pessoas. Essa cadeia de montagem em massa se intensificou na segunda década do século XX.

- 1910: Revolução Mexicana.
A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz. Foi a primeira das grandes revoluções do século XX. Esta revolução foi caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário. 

A elite agrária predominava completamente no México, sempre determinando quem seria o governante máximo. Em 1876 assumiu Porfírio Dias, que governou de forma ditatorial. Mesmo tendo havido um pequeno desenvolvimento industrial durante o período  em que esteve à frente do país, a elite agrária permaneceu no poder, pois a base econômica continuou a ser a exportação de produtos agrícolas e de minérios.

Porfírio Diaz governou o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois eram realizadas eleições periodicamente, mas elas eram manipuladas para que ele sempre se reelegesse. Em 1910, nas eleições, Diaz novamente foi eleito, porém seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar a população e assumiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma agrária.

- 1914 a 1918: Primeira Guerra Mundial.

A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918, foi considerada por muitos de seus contemporâneos como a mais terrível das guerras. Por este motivo, tornou-se conhecida durante muito tempo como “A Grande Guerra”. Para se compreender os motivos de ter sido uma guerra tão longa e de proporções catastróficas é necessário relembrar alguns aspectos do cenário político e econômico mundial das últimas décadas do século XIX.

Na segunda metade do século XIX, a junção entre capitalismo financeiro e capitalismo industrial proporcionou a integração econômica mundial, favorecendo assim, principalmente, as nações que haviam começado seu processo de industrialização. Essas mesmas nações expandiram significativamente seu território em direção a outros continentes, sobretudo ao Asiático, ao Africano e à Oceania. A Inglaterra, por exemplo, integrou grandes países ao seu Império, como a Índia e a Austrália. Todo esse processo é conceitualmente tratado pelos historiadores como Imperialismo e Neocolonialismo. Nesse cenário se desencadearam os principais problemas que culminaram no conflito mundial.

No início da década de 1870, a Alemanha promovia sua unificação com a Prússia e, ao mesmo tempo, enfrentava a França naquela que ficou conhecida como Guerra Franco-Prussiana. Ao vencer a França, a Alemanha possou a ter posse sobre uma região rica em minério de ferro, que foi importantíssima para o desenvolvimento de sua indústria, incluindo a indústria bélica. Tratava-se da região de Alsácia e Lorena. A França, na década posterior à guerra contra a Alemanha, desenvolveu um forte sentimento de revanche, o que provocava uma enorme tensão na fronteira entre os dois países. A tensão se agravou quando Otto Von Bismarck, o líder da unificação alemã, estabeleceu uma aliança com a Áustria-Hungria e com a Itália, que ficou conhecida como Tríplice Aliança. Essa aliança estabelecia tanto acordos comerciais e financeiros quanto acordos militares.

A França, que se via progressivamente ameaçada pela influência que era estabelecida pela Alemanha, passou a firmar acordos, do mesmo gênero da Tríplice Aliança, com o Império Russo, czarista, em 1894. A Inglaterra, que era um dos maiores impérios da época e também se resguardava do avanço alemão e temia sofrer perdas de território e bloqueios econômicos, acabou se aliando à França e à Rússia, formando assim a Tríplice Entente.

A tensão entre as duas alianças se tornou crescente, especificamente em algumas regiões, como a península balcânica. Na região dos Balcãs, dois grandes impérios lutavam para impor um domínio de matiz nacionalista: o Austro-Húngaro e o Russo. A Rússia procurava expandir sua ideologia nacionalista eslava (conhecida como Pan-eslavismo) e apoiava a criação, nos Balcãs, do estado da Grande Sérvia, enquanto que a Áustria-Hungria se aproveitava da fragilidade do Império Turco-Otomano (que dominou esta região durante muito tempo) e procurava, com a ajuda da Alemanha, estabelecer um controle na mesma região, valendo-se também de uma ideologia nacionalista (conhecida como Pangermanismo). No ano de 1908, a região da Bósnia-Herzegovina foi anexada pela Áustria-Hungria, o que dificultou a criação da “Grande Sérvia”. Além disso, a Alemanha tinha interesses comerciais no Oriente Médio, em especial no Golfo Pérsico, e pretendia construir uma ferrovia de Berlim a Bagdá, passando pela península balcânica.

O estopim para o conflito entre as duas grandes forças que se concentravam na região dos Balçãs veio com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, por um militante da organização terrorista Mão Negra, de viés nacionalista eslavo. O assassinato do arquiduque ocorreu em 28 de janeiro de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia. Francisco Ferdinando tinha ido a Sarajevo com a proposta da criação de uma monarquia tríplice para região, que seria governada por austríacos, húngaros e eslavos. Sua morte acirrou os ânimos nacionalistas e conduziu as alianças das principais potências europeias à guerra.

A Áustria percebeu neste fatídico acontecimento a oportunidade de atacar a Sérvia e demolir o projeto eslavo de construção de um forte estado. Sendo assim, Áustria-Hungria e Alemanha deram um ultimato à Sérvia para solucionar o caso do assassinato de Francisco Ferdinando. A Servia negou-se a ceder à pressão dos germânicos e, com o apoio da Rússia, sua aliada, preparou-se para o que veio a seguir: a declaração de guerra por parte da Áustria-Hungria, que foi formalizada em 28 de julho de 1914. Logo a França ofereceu apoio à Rússia contra a Áustria-Hungria, o que fez a Alemanha declarar guerra contra a Rússia e a França. O conflito logo se expandiu para outras regiões do globo.

A guerra se intensificou quando o exército alemão, que era o mais moderno da época, rumou em direção à França, passando pelo território belga, que era neutro. Isso fez com que a Inglaterra, aliada da Rússia, declarasse guerra à Alemanha. A partir desse momento, a guerra ganhou proporções cada vez mais catastróficas. As principais formas de tática militar eram a guerra de trincheiras, ou guerra de posição, que tinha por objetivo a proteção de territórios conquistados; e a guerra de movimento, ou de avanço de posições, que era mais ofensiva e contava com armamentos pesados e infantaria equipada.

Ao longo da guerra, o uso de novas armas, aperfeiçoadas pela indústria, aliado a novas invenções como o avião e os tanques, deu aos combates uma característica de impotência por parte dos soldados. Milhares de homens morreram instantaneamente em bombardeios ou envoltos em imensas nuvens de gás tóxico. Essa característica produziu um alto impacto na imaginação das gerações seguintes à guerra. Escritores como Erich Maria Remarque, Ernst Jünger e J. J. R. Tolkien, que combateram na Primeira Guerra, extraíram dela muitos elementos para composição de suas histórias.

O ano de 1917 foi decisivo no contexto da “Grande Guerra”. Nesse ano, a Rússia se retirou do fronte de batalha, haja vista que seu exército estava obsoleto e sua economia arruinada. Foi neste ano também que os revolucionários bolcheviques fizeram sua revolução comunista na Rússia, fato crucial para a efervescência política europeia das décadas seguintes. Foi ainda em 1917 que os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da França e contra a Alemanha, que já não mais tinha a mesma força do início da guerra. Sendo que, após o fim da Primeira Guerra em 1918, os Estados Unidos tornaram-se a grande potência fora do continente europeu.

A “Grande Guerra” chegou ao fim em 1918, com vitória dos aliados da França e grande derrota da Alemanha. O ponto mais importante a se destacar quanto ao fim da guerra são as determinações do Tratado de Versalhes. Nessas determinações, os países vencedores não aceitaram a orientação da Liga das Nações de não submeter a Alemanha derrotada à indenização pelos danos da guerra. Sendo assim, a Alemanha foi obrigada a ceder territórios e a reorganizar sua economia tendo em conta o futuro ressarcimento aos países vencedores da Primeira Guerra, sobretudo a França.

O saldo de mortos durante os cinco anos da Primeira Guerra foi de um total de 8 milhões, dentre estes, 1.800.000 apenas de alemães. Esse tipo de mortandade acelerada e terrivelmente impactante tornou a se repetir a partir de 1939, com a Segunda Guerra Mundial.

- 1917: Revolução Russa e início do comunismo.

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

A Revolução compreendeu duas fases distintas:

A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.

A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.

Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.

Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.

No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.

Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.

Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes. 


O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lênin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.

Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais.

A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

A guerra civil

O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.

Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

- 1919: Tratado de Versalhes.

Tratado de Versalhes foi um tratado de paz que determinou os termos de paz na Europa pondo fim oficialmente à Primeira Guerra Mundial. A data de sua assinatura é 28 de junho de 1919 e teve lugar na cidade de Versalhes, antiga residência do monarca da França. Além do acerto da paz entre os beligerantes, este documento abordava também a criação da Liga das Nações, organização destinada a promover a paz e a prevenir conflitos entre seus membros.

O tratado foi negociado durante cerca de seis meses de deliberações, contados a partir do armistício de novembro de 1918, que pôs fim aos combates propriamente ditos. O ponto principal do tratado estipulava que a Alemanha seria apontada como a responsável pelo início da guerra, e assim sendo, deveria cumprir uma série de reparações destinadas aos integrantes da Tríplice Entente, o nome da coalização adversária de Alemanha e seus aliados. Entre tais reparações estava a obrigação de ceder partes de seu território aos países fronteiriços, perda de seu império colonial na África, Ásia e no Pacífico, a ser dividido entre os vencedores do conflito, além de diminuição do exército, cessão de exploração de recursos econômicos de regiões estratégicas do país, além de uma soma absurda de indenizações a ser paga.

A assinatura de um tratado tão severo causou choque e imensa desilusão na Alemanha. A população em geral descrevia como humilhação e desonra a aceitação por parte de seu próprio governo de tão severas e opressivas condições, sem ao menos um maior esforço em conduzir negociações de paz mais detalhadas ou planejadas. Claro, que ante tal clima de revolta, não faltaram os protestos e turbulências de ordem político-social ameaçando a própria estrutura do país.

É consenso entre a maioria dos historiadores que, nas exigências exacerbadas do Tratado de Versalhes podemos encontrar as sementes da Segunda Guerra Mundial, pois, uma nação humilhada e aparentemente sem rumo como a Alemanha foi claramente presa fácil de uma doutrina heterodoxa, autoritária e delirante como a do Nazi-facismo.

Além disso, é creditado ao Tratado de Versalhes uma série de desarranjos e focos de crise, como por exemplo, o conflito entre israelenses e árabes, que não aceitam as decisões do tratado com respeito ao delineamento de suas respectivas fronteiras, resultado da divisão das áreas do então extinto Império Otomano.

A questão dos curdos também deve muito a Versalhes, pois foi-lhes prometido direito à autodeterminação, a qual este povo ainda aguarda. Até países distantes do conflito como Ruanda e Burundi devem sua existência ao Tratado de Versalhes, pois foram desmembrados da antiga colônia alemã da África Oriental e entregues à administração belga.

- 1929: Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo ocidental. Foi a primeira grande crise do capitalismo.

Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....

Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos. A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão. Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez. De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.

Vários fatores causaram essa crise:

- Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.

- Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

- Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começou a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).

Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal. Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também. A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou. A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram. A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise. Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados. Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem. O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana. Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão. Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista. Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”. A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.

- 1936: Guerra Civil Espanhola.

A Guerra Civil espanhola (1936-39) foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX. De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas as classes e instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia. Para a Direita espanhola tratava-se de uma Cruzada para livrar o país da influência comunista e da franco-maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para tanto era preciso esmagar a República, que havia sido proclamada em 1931, com a queda da monarquia.

Para as Esquerdas era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia conquistado Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em 1934). Segundo as decisões da Internacional Comunista, de 1935, elas deveriam aproximar-se dos partidos democráticos de classe média e formarem uma Frente Popular para enfrentar a maré de vitorias nazi-fascistas. Desta forma Socialistas, Comunistas (estalinistas e troskistas) Anarquistas e Democratas liberais deveriam unir-se para chegar e inverter a tendência mundial favorável aos regimes direitistas. Foi justamente esse conteúdo, de amplo enfrentamento ideológico, que fez com que a Guerra Civil deixasse de ser um acontecimento puramente espanhol para tornar-se numa prova de força entre forças que disputavam a hegemonia do mundo. Nela envolveram-se a Alemanha nazista e a Itália fascista, que apoiavam o golpe do Gen. Franco e a União Soviética que solidarizou-se com o governo Republicano.

Antecedentes da guerra

A Espanha ainda nos 30 era um anacronismo histórico. Enquanto a Europa ocidental já possuía instituições políticas modernas, no mínimo a um século a Espanha era um oásis tradicionalista, governada pela "trindade reacionária"(O Exército, a igreja católica e o Latifúndio), que tinha sua expressão última na monarquia burbônica de Afonso XIII. Vivia nostálgica do seu passado imperial grandioso, ao ponto de manter um excessivo número de generais e oficiais (1 general para cada 100 soldados, o maior percentual do mundo), em relação às suas reais necessidades. A igreja, por sua vez, era herdeira do obscurantismo e da intolerância dos tribunais inquisitoriais do santo Oficio, era uma instituição que condenava a modernidade como obra do demônio. E no campo, finalmente, existiam de 2 a 3 milhões de camponeses pobres, los braceros, submetidos às práticas feudais e dominados por uns 50 mil hidalgos, proprietário de metade das terras do país. Como resultado da grave crise econômica de 1930 (iniciada pela quebra da bolsa de valores de N. Iorque, em 1929), a ditadura do Gen. Primo de Rivera, apoiada pelo caciquismo (sistema eleitoral viciado que sempre dava seus votos ao governo), foi derrubada e, em seguida, caiu também a monarquia. O Rei Afonso XIII foi obrigado a exilar-se e proclamou-se a República em 1931, chamada de "República de trabajadores".

A esperança era que doravante a Espanha pudesse alinhar-se com seus vizinhos ocidentais e marchar para uma reforma modernizante que separasse estado e igreja e que introduzisse as grandes conquistas sociais e eleitorais recentes, além de garantir o pluralismo político e partidário e a liberdade de expressão e organização sindical. Mas o país terminou por conhecer um violento enfrentamento de classes, visto que à crise seguida por uma profunda depressão econômica, provocando a frustação generalizada na sociedade espanhola.

- 1939 a 1945: Segunda Guerra Mundial.

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos naPrimeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
  
O Início

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:

- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
  
Final e Consequências

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.

Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

- 1945 a 1989: Guerra Fria – conflito ideológico, econômico e político entre dois regimes antagônicos: capitalismo (liderado pelos Estados Unidos) e socialismo (liderado pela União Soviética).

A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991)  é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

Causas

A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear,  e um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso planeta.  Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã

Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao favorecimento proposto pelo então inimigo político.

A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se restabelecer, o que fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação soviética e o que provocou  a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.

Em 1949, os Estados Unidos juntamente com seus aliados criam a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como objetivo manter alianças militares para que estes pudessem se proteger em casos de ataque. Em contra partida, a União Soviética assina com seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha como objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.

Entre os aliados da Otan destacam-se: Estados Unidos, Canadá, Grécia, Bélgica, Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Suécia, Espanha. E os aliados do Pacto de Varsóvia destacam-se: União Soviética, Polônia, Cuba, Alemanha Oriental, China, Coréia do Norte, Iugoslávia, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia.

Origem do nome

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.

 Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

 Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas.

No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

- 1989: Queda do Muro de Berlim, marco do fim do socialismo na União Soviética e nos países do leste europeu.

O muro de Berlim foi o maior símbolo da divisão do mundo entre bloco ocidental e oriental. O primeiro, liderado pelos Estados Unidos, tinha o capitalismo  como sistema econômico. Já o segundo, encabeçado pela antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), era adepto do socialismo. Esta configuração do mundo formou-se após o término da Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945. Ao final da guerra, dois países saíram fortalecidos: os EUA e a URSS. Com a polarização destas potências, são iniciados confrontos indiretos e disputas estratégicas entre as duas nações. Este fenômeno ficou conhecido como Guerra Fria.

Desta forma, diversas alterações no panorama geopolítico começam a surgir, pois os dois países soberanos tentavam ampliar sua influência em todas as nações. Neste contexto, o muro de Berlim foi construído no ano de 1961 através da Alemanha Oriental, separando a Alemanha Ocidental (capitalista). Porém, tal estrutura não separou somente o território alemão, mas dividiu famílias. Além do aspecto ideológico da construção, havia o objetivo de impedir a fuga de cidadãos para a Alemanha Ocidental, que recebeu mais de dois milhões de pessoas do lado socialista entre 1949 e 1961.

O muro de Berlim tinha 156 km de extensão e cerca de trezentas torres militares para observação do movimento nos arredores. Fora isso, era protegido por cães policiais e cercas eletrificadas. De acordo com alguns historiadores, o número estimado de pessoas que morreram tentando passar de um lado para o outro é 80.

Da mesma forma que foi o símbolo do começo da Guerra Fria, também foi ícone do seu fim. Nos últimos anos da década de 80, a URSS entrou em colapso e diversas manifestações começam a surgir nas duas partes da Alemanha, reivindicando a destruição do muro de Berlim. Naquele mesmo ano, populares portando marretas e outras ferramentas derrubaram o muro em um protesto televisionado para o mundo todo. Com a queda da barreira geográfica, inicia-se um processo que termina na reunificação da Alemanha no mês de outubro de 1990.

A importância da história do muro de Berlim foi retratada por diversos cineastas. Uma obra interessante sobre o assunto é o longa-metragem Adeus, Lênin, de 2003. Na história, uma mulher entra em coma poucos dias antes da queda do muro e acorda após a vitória do capitalismo na Alemanha. Seu filho, para evitar que os problemas da mãe piorem com a brusca mudança do cenário político, conspira com amigos e familiares com o objetivo de criar uma falsa realidade para a mulher, na qual o país continua separado.

- 1946: início do processo de descolonização da África e Ásia. África e Ásia, desde o século XV, tornaram-se alvos de disputa entre as nações européias.

Com o advento do capitalismo comercial, na Era Moderna, a América tornou-se a área onde a exploração colonial foi mais intensa. Mas nem por isso os europeus abandonaram as relações comerciais e o domínio político sobre a África e a Ásia.

Na segunda metade do século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela segunda Revolução Industrial e em face das independências das colônias americanas, a Europa volta-se novamente à África e à Ásia, impondo o neocolonialismo.

As disputas entre as potências européias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a Primeira Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra, perdendo sua hegemonia para os Estados Unidos.

A crise do pós-Primeira Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929, que repercutiu nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos colonos, que iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles européias. Esses movimentos coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento de um forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa declinou completamente, sendo dividida em áreas de influência entre EUA e URSS. O enfraquecimento da Europa significou o fortalecimento do nacionalismo e o crescimento do desejo de independência. Desejo esse que passou a se apoiar na Carta da ONU, que reconhecia o direito à autodeterminação dos povos colonizados e que fora assinada pelos países europeus (os colonizadores).

Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência de Bandung estimulou as lutas por independência na África e Ásia.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a liderar os dois grandes blocos, capitalista e comunista. Dentro do contexto da Guerra Fria, buscaram a expansão de suas áreas de influência. Nesse sentido, passam a ver nos movimentos de independência afro-asiática a possibilidade de ampliar sua influência política nas novas nações.

As vias da descolonização

A descolonização afro-asiática não foi um processo homogêneo, ocorrendo de duas maneiras: a pacífica e a violenta. No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.

As independências que ocorreram pela via da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas ao socialismo, que levaram a cabo as independências.

O fim do domínio inglês na Índia

A Revolta dos Cípaios, 1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que culminou com a sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.

A dominação da Índia não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo centralizado, a diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas facilitaram a penetração inglesa.

A partir da década de 1920, Mahatma Gandhi e Jawarharlal Nerhu, através do Partido do Congresso, com apoio da burguesia, passaram a liderar o movimento de independência da Índia.

Gandhi pregava a desobediência civil e a não-violência como meios de rejeição à dominação inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela independência.

A perda do poder econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou-lhe as condições para continuar a dominação na Índia.



Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana, que levou — em função das rivalidades religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, do Partido do Congresso, com maioria hinduísta, e do Paquistão (Ocidental e Oriental), governado por Ali Jinnah, da Liga Muçulmana, com maioria islamita. O Ceilão também se tornava independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka, com maioria budista.

A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao assassinato de Gandhi.
O Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separa-se do Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.

A independência da Indonésia

A Indonésia é formada por cerca de dezessete mil ilhas das quais seis mil são habitáveis, as que se destacam são Java e Sumatra. Desde o século XVII até 1941, o arquipélago esteve sob domínio holandês.

Em 1941, durante as ofensivas da Segunda Guerra, o Japão passou a dominar a Indonésia, o que levou à formação de um movimento nacionalista de resistência liderado por Alimed Sukarno.

Com a derrota japonesa, em 1945, o movimento de resistência proclama a independência do país, que não foi aceita pela Holanda, que iniciou uma tentativa de recolonização da Indonésia.

Sukarno, aglutinando os nacionalistas, lidera a guerrilha contra a Holanda que, em 1949, reconhece a independência da Indonésia.

As lutas pela independência e a divisão da Indochina

Em 1887, a Indochina foi conquistada e submetida ao colonialismo francês. A França, em 1940, foi ocupada pelos alemães, cessando seu domínio sobre a região. No ano seguinte, 1941, os japoneses ocuparam toda a Indochina, com o consentimento do general Pétain, o que levou à formação do movimento de resistência nacionalista, comandado pelo Vietminh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã).

O Vietminh era liderado por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do Japão na Segunda Guerra proclamou a independência da República Democrática do Vietnã (parte norte).

Terminada a Segunda Guerra, os franceses não reconheceram o governo de Ho Chi Minh e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a Indochina, ocupando as regiões do Laos, Camboja e o Vietnã do Sul, desencadeando a Guerra da Indochina, que se estendeu até 1954, quando os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu.

No mesmo ano, realizou-se a Conferência de Genebra, na qual a França retirava suas tropas e reconhecia a independência da Indochina, dividida em Laos, Camboja, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.

Laos e Camboja ficaram proibidos de manter bases militares estrangeiras em seu território, e no Vietnã deveriam se realizar eleições num prazo de dois anos para decidir a reunificação.

A Guerra do Vietnã

Pela Conferência de Genebra, o paralelo 17 estabelecia a divisão entre Vietnã do Norte — governado pelo líder comunista Ho Chi Minh — e Vietnã do Sul governado pelo rei Bao Dai, que colocou Ngo Dinh Diem como primeiro-ministro.

Em 1955, Ngo Dinh Diem, com um golpe de Estado, proclama a República, depondo o rei Bao Dai. Passa a receber o apoio dos EUA.

No Vietnã do Sul estabeleceu-se um governo de caráter impopular, marcado pelo autoritarismo de Ngo Dinh Diem que, em 1956, suspende as eleições estabelecidas oela Conferência de Genebra.

Em oposição ao seu governo, formou-se a Frente de Libertação Nacional, em 1960, que contava com um exército guerrilheiro, o Vietcong. O objetivo da Frente era depor Ngo Dinh Diem e unir o Vietnã do Sul ao Vietnã do Norte.

Ngo Dinh Diem, em 1960, cancela as eleições, o que desencadeou o início da Guerra do Vietnã.

O Vietcong passou a contar com o apoio do Vietnã do Norte e Ngo Dinh Diem era apoiado pelos Estados Unidos, que, em 1961, enviam ajuda militar ao Sul. Em 1963, os vietcongs dominavam boa parte do território do Vietnã do Sul. Neste mesmo ano morria o presidente norte-americano, John Kennedy, e o vice, Lyndon Johnson, assumia a presidência do país.

No mês de agosto de 1964, dois comandantes norte- americanos deram o pretexto para o início dos bombardeios sobre o Vietnã do Norte, alegando que seus navios haviam sido atacados em Tonquim.

Os bombardeios norte-americanos sobre o Norte prolongaram-se até 1968, quando foram suspensos com o início das conversações de paz, em Paris, entre norte-americanos e norte-vietnamitas. Como nos encontros de Paris não se chegou a uma solução, os combates prosseguiram.

Em 1970, o presidente dos EUA, Richard Nixon, autoriza a invasão do Camboja e, em 1971, tropas sul-vietnamitas e norte-americanas invadem o Laos.

Os bombardeios sobre o Vietnã do Norte por aviões dos EUA recomeçaram em 1972.

Desde 1968, a opinião pública norte-americana, perplexa diante dos horrores produzidos pela guerra, colocava-se contrária à permanência dos EUA no conflito, exercendo uma forte pressão sobre o governo, que iniciou a retirada gradual dos soldados. Em 1961, eram 184.300 soldados norte-americanos em combate; em 1965, esse número se elevou para 536.100 soldados; e, em 1971, o número caía para 156.800 soldados.

Em 27 de janeiro de 1973 era assinado o Acordo de Paris, segundo o qual as tropas norte-americanas se retirariam do conffito; haveria a troca de prisioneiros de guerra e a realização de eleições no Vietnã do Sul.

Com a retirada das tropas norte-americanas, os norte-vietnaniitas e o Vietcong deram início a uma fulminante ofensiva sobre o Sul, que resultou, em abril de 1975, na vitória do Norte.

Em 1976, o Vietnã se reunificava, adotando o regime comunista, sob influência soviética.

Em 1975, os movimentos de resistência no Laos e no Camboja também tomaram o poder, adotando o regime comunista, sob influência chinesa.

Os soldados cambojanos com apoio vietnamita, em 1979, derrubaram o governo pró-chinês do Khmer Vermelho.

Outras nações surgidas no processo de descolonização da Ásia

As Filipinas, que desde o século XVI passava pelo domínio da Espanha, EUA e Japão, em 1946 é retomada pelos norte-americanos, que lhe concedem a independência.

A Birmânia, em 1948, tornou-se independente da Inglaterra.

A Malásia, em 1957, tornou-se independente da Inglaterra e integrante da Comunidade Britânica, a Commonwealth.  

No início do século XX, 90,4% do território africano estava sob domínio do colonialismo europeu. Apenas três Estados eram independentes: África do Sul, Libéria e Etiópia.

A descolonização da África ocorreu de forma veloz. Entre 1957 e 1962, 29 países tornaram-se independentes de suas metrópoles européias.

A independência do Egito

O Egito estava sob domínio francês até 1881, quando a Inglaterra assumiu o controle do território. Em 1914, tornou-se um protetorado inglês. (Protetorados eram áreas de dominação onde os colonos gozavam de autonomia de decisões; a metrópole apenas supervisionava por meio de um representante.)

O fim do domínio colonial inglês cessou em 1936. Porém, a Inglaterra não abriu mão do controle que exercia desde 1875 sobre o Canal de Suez.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Egito foi palco de manobras militares alemãs e italianas, comandadas pelo general Rommel (Afrikakorps). Os ingleses, em 1942, expulsaram as tropas do Eixo e impuseram o rei Faruk no poder.

Em 1952, o general Naguib, com o apoio do Exército, depôs o rei e proclamou a República, assumindo o poder.

Em 1954, o coronel Gamal Abdel Nasser substituiu o general Naguib, mantendo-se no poder até 1970.

A independência da Argélia

A Argélia esteve subordinada ao colonialismo francês desde 1830. A partir da década de 1880, iniciou-se um processo de imigração francesa para o território argelino, ocupando as melhores terras, que passaram a ser destinadas à vinicultura.

Os colonos franceses na Argélia, denominados pieds noirs (pés pretos), tinham condições de vida superiores às dos argelinos e o grau de discriminação era muito grande.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a invasão da França pelos alemães provocou a divisão do território francês e a formação de dois governos: Paris ficou diretamente controlada pelos nazistas, e em Vicky estabeleceu-se o governo colaboracionista do marechal Pétain. O general Charles de Gaulle comandava a França livre. A Argélia passou a responder ao governo de Pétain.

Em 1945 ocorreram as primeiras manifestações pela independência — em razão da crise econômica do pós-Segunda Guerra na França, que nas áreas coloniais foi muito mais grave. Essas manifestações foram lideradas por muçulmanos, grupo religioso predominante na Argélia, mas foram prontamente sufocadas pelos franceses.

Mapa da descolonização da África

A derrota francesa na Guerra da Indochina, em 1954, evidenciava o enfraquecimento do seu poder. Nesse mesmo ano, a população muçulmana da Argélia, movida pelo nacionalismo islâmico, voltou a colocar se contra a França, através de manifestações que foram coibidas, mas que resultaram na criação da Frente Nacional de Libertação.

A Frente Nacional de Libertação passou a se organizar militarmente para derrotar o domínio francês.

No próprio ano de 1954 eclodia a guerra de independência. Em 1957, ocorreu a Batalha de Argel, na qual os líderes da Frente foram capturados e levados presos para Paris, onde permaneceram até 1962.

A violência praticada pelos franceses com a população civil na Batalha de Argel só fez aumentar ainda mais os descontentamentos dos argelinos.

Em 1958 é proclamada a IV República francesa. O general De Gaulle sobe ao poder e recebe plenos poderes para negociar a paz com o Governo Provisório da Argélia, estabelecido no Cairo (Egito).

As negociações de paz se estendem até 1962, quando foi assinado o Acordo de Evian, segundo o qual a França reconhecia a independência da Argélia, pondo fim à guerra que já durava oito anos.

A independência do Congo (antigo Zaire)

Em 1867, a Bélgica funda a Sociedade Internacional para a Exploração e Civilização da África, iniciando a ocupação do Congo, que se tornou possessão belga a partir de 1885, e colônia em 1908.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, os movimentos de emancipação se generalizavam na África e, em 1960, na Conferência de Bruxelas, a Bélgica concede a independência do Congo, que passa a constituir a República do Congo.

O governo passou a ser exercido pelo presidente Joseph Kasavubu e pelo primeiro-ministro Patrice Lumumba.

Em seguida à independência do país, na província de Catanga, ocorre um movimento separatista liderado pelo governador Moise Tchombe, que, apesar de proclamar a independência da província, não obteve o reconhecimento internacional. Desencadeou-se, então, uma guerra civil. Catanga recebia apoio de grupos internacionais interessados nos minérios da região e de tropas mercenárias belgas.

Em setembro de 1960, o presidente Kasavubu demite o primeiro-ministro Patrice Lumumba, e Joseph Ileo assume o Gabinete. Lumumba não aceitou sua demissão e o Congo passou a ter dois governos. Então, o coronel Mobutu dissolveu os Gabinetes. Kasavubu foi preservado. Lumumba foi aprisionado e levado para Catanga, onde foi assassinado, em 1961. Sua morte provocou violentas manifestações dentro e fora do Congo. Internamente, a crise política se alastrava, o Congo se fragmentava, e as lutas dividiam a população.
Em 1962, as forças da ONU intervieram no Congo para impedir a secessão de Catanga. Moise Tchombe foi para o exílio.

Assumia o governo Cyrille Adula em meio aos movimentos liderados pelos partidários de Lumumba (morto em 1961), que se tornaria o símbolo da luta congolesa.

Os partidários de Lumumba dominavam boa parte do país, em 1964, quando Adula convida Moise Tchombe (recém-chegado do exílio) para auxiliá-los e vencer os rebeldes. Adula renuncia e Tchombe assume o cargo de primeiro-ministro.

A guerrilha aumentava e, então, os EUA intensificaram a ajuda militar — que já vinha concedendo — ao governo de Tchombe.

Os partidários de Lumumba, em resposta, transformaram 60 norte-americanos e 800 belgas em reféns da guerrilha, o levou a Bélgica a preparar uma ação de resgate, provocando o fuzilamento de 60 reféns pelos guerrilheiros; os demais foram libertados.

O presidente Kasavubu, em 1965, demitiu o primeiro-ministro Tchombe e logo em seguida o general Mobutu dá um golpe e assume a presidência do país, que a partir de 1971, passa a se denominar República do Zaire.

Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações dos séculos XV, XVI e XVII. Em 1415, os portugueses iniciavam a conquista de novos mundos, com a tomada de Ceuta, no Norte da África.

A crise na qual mergulhou o Império Português, no século XVII, levou à perda de grande parte de suas colônias para os espanhóis, holandeses e ingleses.

Durante o neocolonialismo, na segunda metade do século XIX, as possessões portuguesas ficaram reduzidas a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e aos arquipélagos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe.

Angola

Em 1956, foi fundado o Movimento Popular pela Libertação da Angola, MPLA, que em 1961 desencadeou as lutas pela independência, sob a liderança do poeta Agostinho Neto.

Outros dois movimentos surgiram dentro do processo de lutas de independência: a União Nacional para a Independência Total de Angola, Unita, e a Frente Nacional de Libertação de Angola, FNLA.

Em 1974, foi assinado o Acordo de Alvor, segundo o qual os portugueses reconheceriam a independência de Angola em 1975, devendo ser formado um governo de transição composto pelo MPLA, Unita e FNLA.

Os três grupos iniciaram entre si uma série de divergências que culminaram com uma guerra civil e a invasão do país por tropas do Zaire e da África do Sul (apoiadas pela FNLA e Unita, respectivamente), que recebiam ajuda militar norte-americana.

O MPLA, liderado por Agostinho Neto, solicitou então ajuda de Cuba e, em 1976, derrotou as forças da Unita e da FNLA.

Moçambique

Em 1962, foi criada a Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, por Eduardo Mondlane, que iniciou as lutas pela independência.

Samora Machel, em 1969, assumiu a direção do movimento, que passou a disputar, através da guerrilha, o controle do território.

Em 1975, Portugal reconheceu a independência da República Popular de Moçambique.

Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe

Amilcar Cabral, em 1956, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, que desencadeia a luta pela independência a partir de 1961.

Em 1973, mais da metade do território da Guiné estava sob domínio do PAIGC. Nesse ano, Amilcar Cabral é assassinado e assume Luís Cabral a presidência da recém- proclamada República Democrática Antiimperialista e Anticolonialista da Guiné.

Em 1974, o governo português reconhece a independência da Guiné.

Em 1975, Cabo Verde tem sua independência reconhecida por Portugal.

São Tomé e Príncipe, no mesmo ano que Cabo Verde, tem sua independência reconhecida por Portugal.

Em 25 de abril de 1974, ocorreu a Revolução dos Cravos em Portugal, marcando a ascensão de um regime democrático que substituiu o governo fascista do presidente Américo Tomás e do primeiro-ministro Marcelo Caetano, já enfraquecido com a morte de Oliveira Salazar, que governou Portugal entre 1932 e 1970, quando morreu.

O novo governo empossado em 1974 reconhecia no ano seguinte as independências das colônias, o que significou a desintegração do Império Colonial Português.

Consequências da descolonização afro-asiática

A principal consequência do processo de descolonização afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.

Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos de independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).

CHH


domingo, 15 de fevereiro de 2015

História Contemporânea do século XX. Parte I.



CHH

De certa forma, o século XX começou, de fato, em 1914, com o advento da Primeira Guerra. Isso porque esse acontecimento foi um marco na história mundial e na história das guerras. A dimensão catastrófica que a “A grande guerra”, como foi chamada, assumiu era sem precedentes. Mais uma vez o mapa da Europa foi radicalmente transformado, sobretudo após o Tratado de Versalhes. Os grandes impérios nacionalistas entraram em colapso, e novas formas de organização política e militar surgiram. A Revolução Russa, completada nos últimos meses de 1917, e a consequente formação da URSS são exemplos dessas novas formas de organização política, bem como a ascensão de regimes como o Nazismo e o Fascismo.

Em pouco mais de vinte anos (de 1918 a 1939) o mundo foi abarcado por uma nova guerra mundial, ainda mais catastrófica que a primeira. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) revelou várias formas de destruição em massa de vidas humanas, desde o holocausto dos judeus (um genocídio programado e executado em escala industrial) até o uso de bombas incendiárias e, por fim, o uso das bombas atômicas. Após 1945, mais uma vez, o mapa geopolítico foi transformado.

A chamada Guerra Fria dominou o cenário mundial de 1945 a 1989. Durante esse período, vários focos de guerra de diferentes tipos e por motivos diversos espalharam-se pelo mundo. A ordem geopolítica foi dividida entre as democracias ocidentais, de orientação liberal e lideradas pelos EUA, e os países comunistas, de orientação intervencionista e antidemocrática, liderados pela URSS. Vários são os pontos que caracterizaram esse período, desde as corridas armamentista e espacial até a Construção do Estado de Israel e as guerras no Oriente Médio. Marcaram esse período também a construção do Muro de Berlim e a sua posterior queda, o esfacelamento do império soviético, a hegemonia americana e a atual ascensão da China e da Rússia como novas potências hegemônicas.

O século 20 começa com o Brasil em recuperação econômica, adotando um modelo agrário, fortemente sustentado com a exportação de café, borracha, algodão e cacau. Os Estados Unidos substitui a Inglaterra como a maior potência econômica do Planeta.

Eventos que marcaram a  Idade Contemporânea do século XX no Brasil.

1900 - A Comissão de Arbitragem de Genebra concede ao Brasil a posse do território do Amapá após conflitos territoriais com franceses, holandeses.

1902 - Toma posse o paulista Rodrigues Alves, como Presidente da República.

1903 - Incorporação do Acre. A antiga província da Bolívia, era habitada por por muitos brasileiros que exploravam a borracha. O Barão do Rio Branco negociou a incorporação do território ao Brasil mediante o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas pelo Acre e a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que daria à Bolívia uma saída para o Oceano Atlântico.

1904 –  O sanitarista Oswaldo Cruz inicia campanha para a erradicação de epidemias de varíola e febre-amarela.

1906 - Em Paris, o mineiro Santos Dumont inaugurou a era da aviação com seu 14 Bis.

Afonso Pena foi eleito presidente

1907 - O Brasil participou pela primeira vez de uma conferência mundial: a segunda Conferência de Paz, em Haia. Foi enviado o jurista baiano Ruy Barbosa.

1908 - O cientista baiano Pirajá da Silva descobriu o agente patogênico da esquistossomose.

1909 - Nilo Peçanha, vice-presidente, assume a Presidência após a morte de Afonso Pena.

1910 - O gaúcho Hermes da Fonseca disputou as eleições presidenciais com o baiano Ruy Barbosa e sai vitorioso.

1912 - O Marechal Hermes da Fonseca autoriza o Bombardeiro de Salvador, em defesa de seu ministro J. J. Seabra, candidato ao governo da Bahia. Tiros de canhões destroem vários prédios históricos da primeira capital do Brasil. A Biblioteca Pública é incendiada, imensa documentação histórica e milhares de livros transformam-se em cinzas. O saldo de mortos e feridos é incerto.

Em outubro, inicia-se a Guerra do Contestado, envolvendo disputas de território entre os estados do Paraná e Santa Catarina.

1914 - Começa a Primeira Guerra Mundial. Wenceslau Brás foi eleito Presidente.

1916 - Promulgado o primeiro Código Civil Brasileiro.

1917 - O Brasil entrou na Primeira Guerra Mundial, após o afundamento de navios brasileiros.

1918 - Rodrigues Alves foi eleito Presidente da República, mas é vítima da gripe espanhola. Delfim Moreira, tomou posse em seu lugar e permaneceu até a convocação de novas eleições, quando o paraibano Epitácio Pessoa foi eleito.

1930 - Getúlio Vargas liderou uma revolução que depôs o presidente Washington Luís. Ditadura Vargas►

1939 - A Alemanha invadiu a Polônia e começou a Segunda Guerra Mundial.

1942 - O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial.

1945 – A Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Aliados. Fundou-se a Organização das Nações Unidas, junto com um Conselho de Segurança para a preservação da paz.

Nas primeiras eleições, após a guerra, é eleito presidente Eurico Gaspar Dutra.

1946 – Após a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou uma nova Constituição que restabeleceu os direitos individuais, aboliu a pena de morte, devolveu a autonomia de estados e municípios com independência dos três poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo. Estabeleceu as eleições diretas para Presidente, com mandato de cinco anos.

1947 – Sob fortes pressões da Guerra Fria o Brasil decretou a ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro (PCB), cassou parlamentares desse partido, fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), interveio em centenas de sindicatos e rompeu relações diplomáticas com a União Soviética.

1950 – Getúlio Vargas, eleito Presidente, deu continuidade a uma política nacionalista e populista.

Setembro, 18 - A televisão é inaugurada no Brasil pelo magnata paraibano Assis Chateaubriand, dono da TV Tupi de São Paulo. Existiam apenas cerca de 200 aparelhos de TV, na data. No final do ano seguinte seriam mais de seis mil aparelhos.

1954 - Pressionado, o Presidente Vargas suicida-se. Toma posse o Vice João Café Filho.

1955 - Juscelino Kubitschek é vitorioso nas eleições para presidente.

1956 - JK envia ao Congresso Nacional o projeto para construção da nova capital brasileira, Brasília.

1961 - Jânio Quadros toma posse como presidente da república e adota, desde o inicio de seu governo, medidas anti-inflacionárias. Sua política de aproximação com o bloco comunista, no entanto, desagradou grupos que o apoiaram nas eleições; a repressão a movimentos de oposição desagradou os esquerdistas; e sua política de austeridade baseada no congelamento dos salários e restrição ao crédito desagradou a classe média. Isolado politicamente, Jânio Quadros renunciou em agosto de 1961. Uma tentativa de golpe tentou impedir que o vice-presidente João Goulart assumisse a presidência, a solução acordada foi a instauração de um governo parlamentarista.

1964 - Golpe e Ditadura Militar►

1985 - Redemocratização►

Eventos que marcaram a  Idade Contemporânea do século XX no mundo.

A corrida espacial
Uma competição tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética, que culminou na primeira viagem extraterrena.

A Criação do Estado de Israel

Desde a criação do Estado de Israel, o Oriente Médio tornou-se cenário de conflitos desordenados entre judeus e árabes.

A Idade Contemporânea
Idade Contemporânea, Guerra entre palestinos e judeus, crise do petróleo, guerra do golfo, fim da união soviética, guerra dos seis dias, guerra do canal de Suez, guerra do Camboja, guerra do Afeganistão, queda do muro de Berlim (Alemanha), Bulgária, Polôn

A ideologia imperialista

A teoria que justificou a dominação afro-asiática.

A Iugoslávia

Com a morte de Tito, a Iugoslávia enfraqueceu-se. Esse foi um dos motivos que desencadearam uma terrível guerra civil entre as diferentes etnias que compunham o país.

A política de portas abertas

A diretriz dos EUA com relação ao imperialismo.
A queda de Ceausescu e a Revolução Romena
Conheça a Revolução Romena de 1989, exceção violenta na transição do socialismo soviético à democracia representativa.

A questão basca

Organização das Nações Unidas, ONU, mundo contemporâneo, Conferência de Yalta, Conferência de San Francisco, Conselho de Segurança, UNESCO, FAO, OIT, UNICEF, FMI, Conselho de Segurança, Guerra do Iraque, Ban Ki-Moon.

A questão da Irlanda

Um longo conflito que tomou conta da Grã-Bretanha.

A Renúncia de Fidel Castro

Fatores que implicaram na renúncia de Fidel Castro.

A Reunificação da Alemanha

A queda do muro de Berlim simbolizou a reunificação da Alemanha e o fim da Guerra Fria.

A Revolução Chinesa
A longa revolução que transformou a China em uma nação comunista.

A revolução xiita no Irã

O processo revolucionário que instituiu a hegemonia dos aiatolás no Irã.

A Unificação Italiana
Saiba mais sobre a Unificação italiana, a queda do Antigo Regime os movimentos nacionalistas.

AK-47: a arma mais versátil do mundo

Conheça um pouco da história do rifle AK-47, considerado a arma mais versátil do mundo.

Assalto ao quartel Moncada e a Revolução Cubana

O assalto ao quartel Moncada, em 1953, resultou na prisão e exílio de Fidel Castro no México, onde ele formaria a guerrilha com a qual voltaria a Cuba.

Bloco Europeu

O Bloco Europeu, bloco europeu, Plano Marshall, reconstrução da Europa Ocidental, CECA, MCE, CEE, UE, União Européia, o bloco europeu, blocos europeus, criação do bloco europeu.

Bloco Norte-Americano

Bloco Norte-Americano, o bloco americano, o bloco norte-americano, a criação do Nafta, criação do Nafta, Nafta, North American Free Trade Agreement.

Blocos Econômicos

Saiba como e por que os blocos econômicos foram organizados na Europa e em outras regiões do planeta.

Bloqueio de Berlim e a Guerra Fria
O Bloqueio de Berlim foi mais um dos episódios da Guerra Fria, acirrando os ânimos dos países das duas áreas de influência que existiam no planeta.

Breve História da televisão

Conheça a história da televisão, meio de comunicação presente em quase todas as casas ao redor do mundo.

Comuna de Paris

Veja aqui a história da Comuna de Paris (1871), primeiro governo liderado pelos trabalhadores na história da humanidade.

Comunismo

Saiba sobre o Comunismo e conheça a ideologia de Karl Marx.

Conflito na Chechênia

As origens e episódios que marcam este conflito estabelecido na região no Cáucaso.

Conflito no Quênia

Compreenda as origens desse conflito deflagrado no continente africano.

Congresso de Viena

O evento que reconstruiu o poder monárquico europeu no século XIX.
Crise de 29

A crise que causou um grande abalo no sistema capitalista.

Crise do Petróleo

As crises que mostram a situação da economia internacional pós-Segunda Guerra.

Crise dos Mísseis

Uma das mais graves crises políticas desenvolvidas durante a Guerra Fria.

Crise no Marrocos

A crise no Marrocos foi desencadeada pela ambição de várias potências colonialistas.

Darwinismo social

A teoria nascida das ideias de Charles Darwin.

Descolonização Afro-asiática

O processo e as conseqüências da formação de nações livres do julgo imperialista.

Ditaduras Latino-americanas
O processo que permitiu a instalação de ditaduras na América Latina.

Doutrina Keynesiana

As diretrizes e concepções dessa corrente de pensamento econômico.

Escândalo de Watergate

O escândalo político que abalou a integridade do cargo presidencial norte-americano.

Fascismo na Itália

O crescimento e a ascenção do fascismo na Itália.

Fim da União Soviética

As transformações e descaminhos que deram fim à União Soviética.

Franquismo

O conflituoso processo que instalou o totalitarismo na Espanha.

Grande Salto para Frente na Revolução Chinesa

O Grande Salto para Frente criou as Comunas Populares na China e pretendeu transformar culturalmente o país.

Guernica, a história de uma obra

Conheça a história de Guernica, uma das mais conhecidas obras de Pablo Picasso.

Guerra contra civis

Veja como as guerras do século XX afetaram os civis e como a inserção de novas tecnologias bélicas resultou em uma maior quantidade de mortes entre a população civil.

Guerra da Coreia

Guerra da Coreia: uma das guerras que movimentaram a chamada "Guerra Fria".

Guerra de Secessão

A guerra civil que marcou uma importante página da história dos EUA.

Guerra do Afeganistão

O conflito entre os mujahedins e as tropas soviéticas que marcou o fim da ordem bipolar.

Guerra do Golfo

O conflito que marcou as diputas pelo petróleo no Oriente Médio.

Guerra dos Seis Dias e o poder israelense

Com a Guerra dos Seis Dias, Israel conseguiu ampliar seu território e tornar ainda mais tensa a situação no Oriente Médio. Clique aqui e saiba mais!

Guerra Franco-Prussiana e os nacionalismos

Saiba mais sobre a Guerra Franco-Prussiana e o desenvolvimento do nacionalismo na França e na Alemanha.

Guerra Ultramar e a descolonização da África

Veja aqui mais sobre a Guerra Ultramar e como as colônias portuguesas (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau) conseguiram a independência de Portugal no processo chamado de descolonização da África.

Guerrilha e terrorismo

Saiba como diferenciar um grupo terrorista de uma guerrilha armada.

Independência do Congo

Saiba como o processo de descolonização africana resultou na independência do Congo e como os Estados Unidos financiaram um golpe de Estado no Congo que durou 32 anos.

Iraque e Estados Unidos: um novo New Deal?

Saiba mais sobre a política do New Deal implantada nos EUA na década de 1930, a fim de superar a crise de 1929, e conheça as motivações que levaram a II Guerra Mundial e a Guerra do Iraque em 2003.

Ku Klux Klan

A organização racista que aterrorizou os Estados Unidos no século XIX.

Máquina Enigma

Conheça a história da criação e implementação da máquina Enigma, um dispositivo de emissão de mensagens em códigos cifrados criptográficos.

Massacre de Nanquim

Um evento genocida questionado por alguns historiadores da atualidade.

Morte de Osama Bin Laden

Saiba mais sobre o dia 02 de maio de 2011, data da morte de Osama Bin Laden, o inimigo público dos Estados Unidos, executado por forças armadas norte-americanas, no Paquistão.

Movimento Punk

Da origem sarcástica ao uso na grande mídia.

Nacionalismo

O movimento que tomou força ao longo do século XIX.

Natureza Humana e Tecnologia

Saiba dos problemas referentes à relação entre Natureza Humana e Tecnologia.

Neocolonialismo

As ações e disputas que marcaram a ação imperialista durante o século XIX.

Neoliberalismo

As diretrizes de um modelo de desenvolvimento em crise.

New Deal

New Deal, liberalismo clássico, crise de 1929, Franklin Delano Roosevelt, John Maynard Keynes, história do capitalismo, welfare state, estado de bem estar social, história econômica.

O Capitalismo Financeiro

O Capitalismo Financeiro ou monopolista desenvolveu-se a partir das transformações industriais, tecnológicas e pelo exacerbado crescimento populacional mundial.

O período romântico na literatura mundial

Estudar o período romântico na literatura implica na possibilidade de o homem reconhecer as transformações ocorridas na época.

O radicalismo islâmico do grupo terrorista EIIS

Conheça os principais aspectos do grupo terrorista Estado Islâmico e seus principais objetivos político-religiosos e ações violentas.

Ofensiva dos EUA na invasão da Baía dos Porcos

Conheça a ação militar dos EUA para tentar derrubar o governo de Castro recém-instaurado em Cuba.

ONU

A trajetória da instituição criada no pós-Segunda Guerra.

Os Novos Tigres

As nações asiáticas que vêm usufruindo de notáveis índices de crescimento econômico.

Os Panteras Negras e a luta racial nos EUA

Conheça o Partido dos Panteras Negras e suas principais características.

Perestroika e glasnost na URSS

Saiba o que foi a perestroika e glasnost, bem como o que Gorbatchev pretendia com elas.

Plano Marshall

O plano econômico que visou recuperar o capitalismo europeu após a Segunda Guerra Mundial.

Primavera de Praga

O movimento que buscou reformar o socialismo na República Tcheca.

Primavera dos Povos

Os levantes que mostraram o poder de mobilização das classes populares na Europa.

Primeira Guerra Árabe-Israelense, 1948-1949

Saiba mais sobre a Primeira Guerra Árabe-Israelense e o surgimento da Questão Palestina.

Programa nazista lebensborn

Saiba mais a respeito do programa lebensborn, desenvolvido pelas SS nazistas nos anos iniciais da Segunda Guerra.

Regimes Totalitários

Contextualização histórica da formação dos regimes totalitários.


República de Weimar e a ascensão do nazismo

Marcada por intensos conflitos sociais, a República de Weimar teve em seu fim a ascensão de Hitler ao poder.

Revolução Cubana

Histórico de Cuba, os principais nomes da revolução cubana e a Renúncia de Fidel Castro.

Revolução Cultural Chinesa 1966-1976

A Revolução Cultural Chinesa pretendia aprofundar as conquistas da revolução de 1949 e atacar os adversários de Mao Tsé-tung.

Revolução dos Cravos

A revolução que deu fim ao salazarismo em Portugal.

Revolução e Contra Revolução

Uma discussão sobre dois conceitos que permeiam diversas experiências históricas.


Salazarismo
O regime totalitário que dominou o Estado português.

Socialismo

O Socialismo configurou uma nova forma de enxergar a condição do homem e sua história.

Socialismo Cristão

O movimento que colocou a fé como instrumento de transformação política.

Socialismo Utópico

As teses e perspectivas defendidas pelos primeiros pensadores socialistas.

Socialismo x Anarquismo

As diferenças políticas entre estas duas correntes de pensamento.

Tchecoslovaquia
Formação da Tchecoslováquia, o comunismo na Tchecoslováquia, a divisão da Tchecoslováquia, a Tchescolováquia na Segunda Guerra Munidal.

Terrorismo nos EUA

Terrorismo nos EUA, fatos e acontecimentos terroristas nos EUA, O dia 11 de Setembro.

Terrorismo nos EUA: 11 de setembro de 2001

Saiba mais sobre o terrorismo ocorrido no dia 11 de setembro de 2001, quando terroristas conseguiram driblar a segurança de uma das principais potências militares do mundo.

Unificação Alemã

Unificação Alemã, Século XIX, política das nacionalidades, a Europa durante o século XIX, Confederação Alemã, Prússia, Áustria, Guerra Franco-Prussiana, Otto Von Bismarck.

Vida e morte de Nelson Mandela

Saiba mais sobre a vida de Nelson Mandela, importante figura política mundial do século XX.

Vietnã x Iraque

A comparação a ser feita entre esses dois conflitos envolvendo os EUA.

CHH

sábado, 14 de fevereiro de 2015

¿Por qué los laboratorios medicinales no quieren que tomemos agua de mar?


Por qué los laboratorios medicinales no quieren que tomemos agua de mar!

CHH  
   
Estamos acostumbrados a pensar que el agua de mar no se puede tomar. Es que así nos lo han hecho creer y, aunque naturalmente no se nos da por tomarla, sencillamente porque nos sabe demasiado salada, lo cierto es que, en primer lugar es una falacia (cuando no una vil mentira) y, en segundo lugar, el agua de mar es tan rica en nutrientes y minerales que si la consumiéramos habitualmente gozaríamos de “demasiada” salud y podríamos prescindir en gran medida de los médicos y –he aquí el problema mayor– de los laboratorios.

Laboratorios que, por cierto, son los principales interesados en que la población no conozca los beneficios que se derivan del consumo de agua de mar y, por el contrario, que sigamos creyendo que el agua de mar no es apta para el consumo humano.

Vamos a explicar un poco de qué estamos hablando.

Antes de hablar del agua de mar, sus propiedades y beneficios, tal vez convenga detenernos brevemente en la sal que más suponemos conocer, la que usamos cotidianamente en nuestra cocina y en nuestras mesas familiares. ¿Qué dicen de ésta los promotores de la alimentación y la salud “alternativas”? Sal de mesa “refinada” para asegurar que nos enfermemos Ellos dicen que, a diferencia de la sal marina pura, que contiene 84 elementos de gran valor para la salud humana, durante el proceso de “fabricación” de la sal fina (o de mesa), ésta es “lavada”, proceso durante el cual pierde algas microscópicas que fijan el yodo natural en el organismo, y que éste es importante para la prevención del bocio. También se elimina azufre, magnesio, calcio y otros elementos esenciales, con el propósito declarado de “blanquear” el producto y hacerlo más vistoso para los consumidores.


Pero ahí no termina el proceso de industrialización. Una vez “blanqueada”, la sal fina es “enriquecida” con aditivos químicos que evitan la formación de cálculos, pero estos químicos no son naturales y resultan perjudiciales para la salud. Y aunque la sal fina es más agradable a la vista, cuando la probamos en grandes cantidades resulta desagradable al paladar, mientras que una piedra de sal marina puede llegar a ser muy agradable.

La sal sin refinar provee al cuerpo numerosos minerales esenciales, en cambio la refinada, además de haber sido despojada de casi todos ellos (salvo dos), contiene aditivos dañinos y silicato de aluminio, uno de los principales causantes de la enfermedad de Alzheimer.

Ahora vamos un poco a los hechos: los promotores del consumo de agua de mar explican –y suena muy razonable– que el mar es como un delicioso y saludable “caldo”, producto de la disolución en sus aguas, durante millones y millones de años, de toda la riqueza vital de la tierra, arrastrada por ríos provenientes de montañas, llanuras, pantanos, rocas y cascadas, más el constante flujo y reflujo de las mareas carcomiendo las playas y acantilados de los miles de kilómetros de costas continentales e isleñas en toda la superficie del planeta, para no contar el propio lecho marino. Sobreviviendo con la “sopa” oceánica

De hecho, “náufragos voluntarios” dispuestos a demostrar la falacia del supuesto de que el agua de mar no se puede tomar (si eres náufrago puedes morirte de sed y de hambre flotando sobre la más deliciosa sopa que pueda existir jamás), sobrevivieron días enteros bebiendo esa agua y alimentándose de ella. Claro: hay que saber cómo hacerlo, cosa que explicaremos inmediatamente. 


El agua de mar tiene una concentración de 36 gramos de sal por litro, mientras que nuestro organismo tiene 9 gramos por litro. Si tomáramos el agua marina así sin más, la concentración de sal en nuestro cuerpo subiría tanto que los tejidos deberían liberar agua para que la concentración de sales volviera a 9 gramos por litro. Eso conduciría a diarreas y a la deshidratación. La solución puesta en práctica durante el experimento fue tomar una cucharada de agua de mar cada veinte minutos, bebiéndola muy lentamente para dejar que la saliva redujera la salinidad del agua ingerida.

Otra manera de tomar el agua de mar, si no somos náufragos y tenemos acceso a esa agua en nuestra vida cotidiana –según explican los expertos– es hacerlo “de forma isotónica”: rebajando el agua de mar con agua dulce, o añadiendo agua de mar al agua dulce. Considerando que la cantidad de sales recomendada es de unos 9 gramos al día, y sabiendo que la salinidad del agua de mar es de 36 gramos por litro, la cantidad de agua de mar recomendada es de un cuarto de litro por día.

Además de las sugerencias previas, los expertos recomiendan verificar que no seamos intolerantes al agua de mar, lo que podemos hacer comenzando por pequeñas cantidades hasta asegurarnos de que nos sienta bien. Algunas personas, además, son más propensas que otras a sufrir diarreas al beber agua de mar, lo que resulta una razón adicional para ir incrementando las cantidades de a poco. Una sugerencia general es mezclar el agua de mar con zumos, o con agua normal mezclada con unas gotas de limón. Esto ayuda a habituarnos a beber esta agua sin aborrecerla en las primeras etapas. Por cierto, también tenemos que asegurarnos de no sufrir alguna enfermedad en la que la ingesta de sal sea contraproducente (aunque la hipertensión es un capítulo aparte, según veremos unas líneas más abajo). Cocinar con agua de mar

El agua de mar resulta muy apropiada para cocinar. Como ya hemos explicado, debido a los intereses industriales la sal comercial (la sal fina o “de mesa”) es una sal “muerta”, en la que solo se ha preservado el cloruro de sodio y, en el mejor de los casos, yodo, además de los aditivos químicos perjudiciales para la salud. Contrariamente, el agua de mar contiene muchos elementos muy beneficiosos, por lo que proporciona un gran enriquecimiento a nuestra dieta.

Para darle una vuelta más a la cuestión, la sal refinada resulta perjudicial para la salud por su alto contenido de sodio, que favorece la hipertensión y la retención de líquidos. Eso no sucede con la sal marina, al punto que los hipertensos pueden consumirla con moderación y con supervisión médica, ya que su contenido de sodio es mucho menor. Una paulatina incorporación a la dieta de recetas que incorporen sal marina produce una lenta modificación de los hábitos alimenticios, con una mejora en la salud como resultado general y a largo plazo.

Si tenemos en cuenta que las enfermedades se desarrollan en entornos ácidos, es fácil entender que el consumo de agua de mar, alcalina por derecho propio, es un alcalinizador de nuestro organismo, lo que previene todo tipo de enfermedades y nos mantiene alejados de los médicos y de las farmacias, por lo que el consumo masivo de agua de mar acarrearía irremediablemente la bancarrota de los grandes laboratorios.

Como alcalinizador, el agua de mar aporta, entre otros, todos estos beneficios: es regulador del medio interno, nutriente celular, reconstituyente, dentífrico y colutorio (enjuagatorio medicinal), laxante, purgante, desinfectante y cicatrizante para infecciones de boca, estomacal y neutralizador de acidez de estómago. Como si todo eso fuera poco, tomada antes de comer calma el apetito, lo que la hace muy apropiada para bajar de peso.