sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Livro de Tobias

INTRODUÇÃO

Este é o primeiro de 7 estudos sobre os livros deuterocanônicos. Estes estudos visam aproximar o leitor ao conhecimento da história, hagiografia, texto, manuscritos e versões dos livros deuterocanônicos, para uma melhor visão e preparação apologética e exegética dos livros.

O NOME

No Códice Alexandrino chama-se Biblos logon Tobit; no Vaticanus, Tobeit; no Sinaiticus, Tobeith; nos manuscritos em latim Liber TobiaeLiberTobit et Tobiae, Liber utriusque Tobiae. Na Vulgata e no hebraico Fagii ambos, pai e filho têm o mesmo nome, Tobias, tobyyah. Em outros textos e versões, o nome do pai varia: Tobi “meu bem” é Iahweh no hebraico Munster; Tobit ou Tobeit na Septuaginta; Tobis, ou Tobit, e tobith “bondade” de Javé, na Vetus Latina.

TEXTO E VERSÕES

O texto original, que foi escrito supostamente em hebraico, foi perdido; as razões atribuídas para uma versão aramaica original parece apenas ser provável por parecer que uma tradução do aramaico influenciou nossas versões presentes em grego.

(1) VERSÕES DA VULGATA
São Jerônimo ainda não tinha aprendido aramaico, quando, com a ajuda de um rabino que sabia tanto aramaico quanto hebraico, fez a versão Vulgata. O rabino expressa em hebraico o pensamento dos manuscritos aramaicos e São Jerônimo imediatamente colocou esse em latim. Foi um trabalho de apenas um dia (cf. Praef. Nos Tobiam). A Vetus Latina certamente influenciou esta versão apressada. A recensão da Vulgata da versão em aramaico conta a história na terceira pessoa, assim como o aramaico de Neubauer e os dois textos do hebraico de Gaster (HL e HG), enquanto todos os outros textos fazem Tobias falar na primeira pessoa de até o capítulo 3, 15. As seguintes passagens ocorrem somente na Vulgata: o abanar da cauda do cão (11, 9); a comparação do revestimento sobre o olho de Tobit com a membrana de um ovo (11, 14); a espera de meia hora, enquanto o fel do peixe efetuava a sua cura (11, 14); o fechamento dos olhos de Raguel e Edna após morte por Tobias; também 2, 12; 2, 18; 3, 19; 3,24, 6, 16-18; 6, 20-21; 8, 4-5; 9, 12b. Algumas partes da Vulgata, como a continência de Tobias (6, 18; 7, 4), foram por vezes, encaradas como interpolações cristãs de Jerônimo, até que foram encontradas em um dos textos hebraicos de Gaster (HL). Por último, a Vulgata e o HL omitem qualquer menção ao Ahikhar e Achior da Vulgata (Tobias 11,20), é provavelmente uma adição ao texto.

(2) VERSÕES ARAMAICAS
Além da versão em aramaico usada por Jerônimo, e agora perdida, há o texto aramaico sobrevivente recentemente encontrado em um comentário aramaico sobre o Gênesis, “Bereshit Midrash Rabba”. A escrita é midrash deste trabalho do século XV; que contém o Livro de Tobias como um haggada a promessa que Jacob faz de dar dízimos a Deus (Gênesis 28, 22). Neubauer editou o texto, “O Livro de Tobit, um caldeu de texto a partir de um único manuscrito na Bodleian Library” (Oxford, 1878). Ele acha que é uma forma mais breve do texto aramaico de Jerônimo. Isto não é provável. A linguagem é, por vezes, uma transliteração do grego e dá provas de ser uma transliteração de um ou outro dos textos gregos. Ele concorda com a Vulgata naquela que desde o início do conto de Tobias é contada na terceira pessoa; caso contrário, é mais perto do Codex Vaticanus e ainda mais próximo do Codex Sinaiticus.

(3) VERSÕES GREGAS
Há três recensões gregas de Tobias. Devemos nos referir a eles pelos números apresentados ao Vaticano e o códices Sinaítico em Vigouroux, “La sainte bíblia polyglote”, III (Paris, 1902)
(a) AB, são respectivamente o texto dos códices Alexandrino (século V) e Vaticano (século IV). Esta recensão é encontrado em muitos outros códices do texto grego, tem sido usado há séculos pela Igreja grega, é incorporado na edição Sixtine da Septuaginta, e foi traduzido para o armênio como texto autêntico daquele rito. AB é o preferido para a recensão do Sinai por Nöldeke, Grumm, e outros, e ainda avaliado por Nestlé, Ewald, e Haris como um compêndio mais do que uma versão de todo o texto original. Ele condensa Oração de Edna (X, 13), omite a bênção de Gabael (IX, 6), e tem três ou quatro leituras únicas (3,16; 14, 8-10; 11, 8).
(b) Aleph, é o texto do Codex Sinaítico (século IV). Seu estilo é muito mais difuso do que o de AB, que parece ter omitido propositalmente muitos stichoi do Aleph - cf. 2,12, “no sétimo dia de Dustros ela cortou a rede”; 5, 3, a incidência da ligação dividida em duas partes, uma para Tobias  e outra para Ragüel; 5, 5, a longa conversa entre Rafael e o jovem Tobias; 6, 8; 10,10; 12, 8, etc. O Aleph omite 4, 7-19 e 13, 6b-9, doAB.
(c) O texto dos códices 44, 106, 107 para Tobias 6, 9 a 13, 8. A primeira porção (1, 1-6: 8) e a última (13, até o fim) são idênticos ao AB; o restante parece ser uma tentativa de uma melhor versão do texto original. Um trabalho independente é mostrado por 6, 9 a 7,17 e 8, 1 a 12, 6, é muito parecido com Siríaco e mais próxima do Aleph do que de AB; 12, 7 a 13, 8 assemelha cada texto em vários pequenos detalhes. Leituras distintivas e estranhas encontradas destes cursivos são orações gnósticas de Edna, “Que todos os Æons[1] te louvem” (8, 15); e o fato de que Ana viu o cachorro correndo antes de Tobias (11, 5).
(d) O que parece ser uma terceira recensão do segundo capítulo é apresentado em Grenfell e Hunt, “Oxyrhyneus papiros” (Oxford, 1911), parte VIII. O texto difere tanto AB quanto Aleph e, consequentemente, nos cursivos gregos.
(4) VERSÕES LATINAS   ANTIGAS
Antes da tradução latina da Vulgata da recensão aramaica (ver acima) existiam pelo menos três das versões latinas antigas de um texto grego que foi substancialmente Aleph; (a) a recensão do Codex Regius Parisiensis 3654 e Codex 4 da Biblioteca de São Germano; (b) a recensão do Códice Vaticanus 7, contendo 1-6:12; (c) a recensão do “Speculum” de Santo Agostinho.
(5) VERSÕES SIRÍACAS
Até o capítulo 7, 9, é uma tradução de AB; depois disso, ele concorda com o texto grego cursiva, com a ressalva de que 13, 9-18, é omitido. Esta segunda parte é claramente uma segunda recensão; seus nomes próprios não são soletrados como na primeira parte. Ahikhar (14, 10) é Achior (2:10); 'Edna (7, 14) é' Edna (7, 2), Arag (9,  2) é Raga (4, 1, 4, 20).
(6) VERSÕES HEBRAICAS
Existem quatro versões do hebraico deste livro:
(a) HL, Hebraico Londinii, um manuscrito do século XIII, encontrada por Gaster no Museu Britânico, e traduzido por ele no “Proceedings of the Soc. of Bibl. Arqueology” (XVII E XX). Além de um cento de exortações escriturais, este manuscrito contém uma porção da narrativa de Tobias, traduzida, pensa Gaster, a partir de um texto que se situava mais próximo em relação ao aramaico usado por São Jerônimo. É apenas possível, embora não menos provável, que o autor judeu do século XIII do HL fez uso da Vulgata.
(b) HG, Hebraico Gasteri, um texto copiado por Gaster a partir de um Midrash sobre o Pentateuco e publicado no "Proc. da Soc. de Bib. Arch.” (XIX). Este manuscrito, agora perdido, concorda com o aramaico de Neubauer e estava em um compacto como aquele estilo da recensão da Vulgata.
(c) HF, Hebraico Fagii, uma tradução muito livre de AB, feito no século XII por um estudioso judeu: é encontrado na bíblia Poligloda de Walton.  
(d) HM, Hebraico Munsteri, publicado por Munster em Basileia em1542 d.C, encontrado na bíblia Poliglota de Walton. Este texto concorda em regra com o aramaico de Neubauer, mesmo quando este está em desacordo com AB. Trata-se, de acordo com Ginsburg, de origem do quinto século. As versões em hebraico juntamente com o aramaico omitem a referência ao cão, que desempenha um papel proeminente nas outras versões.
A revisão anterior das diversas recensões do Livro de Tobias mostra o quão difícil seria para reconstruir o texto original e como facilmente erros textuais pode ter havido em nossa Vulgata ou no aramaico do qual depende.

CONTEÚDO

A história divide-se naturalmente em duas partes:
(1)   A fidelidade de Tobit o ancião e de Sara ao Senhor (1, 1 a 3, 25)
  • A fidelidade de Tobit (1, 1 a 3, 6) mostrada por seus atos de misericórdia aos colegas cativos (1, 11-17) e, especialmente, para os mortos (1, 18-25), atos que resultaram em sua cegueira (2, 1-18), as provocações de sua mulher (2, 19-23), e o recurso de Tobit a Deus em oração (3, 1-6).
  •  
  •  A fidelidade do Sara, filha de Raguel e Edna (3, 7-23). No mesmo dia em que Tobit em Ninive foi insultado por sua esposa e voltou-se para Deus, Sara em Ecbátana foi hostilizada por sua empregada como homicida de sete maridos (3, 7-10), e voltou-se para Deus em oração (3, 11-23). As orações de ambos foram ouvidas (3, 24-25).
(2)   A fidelidade do Senhor para Sara e Tobias através das ministrações do anjo Rafael (4, 1 a 12, 22).
  • Rafael cuida do jovem Tobias em sua jornada para Gabael em Rages em Midiã para obter os dez talentos de prata deixados no exílio por seu pai (4, 1-9, 12). O jovem decide ir, após uma longa instrução de seu pai (4, 1-23); Rafael se junta a ele como guia (5, 1-28); Tobias enquanto toma banho no Tigre é atacado por um grande peixe, pega-o, e, seguindo o conselho de Rafael, conserva o seu coração, fígado e vesícula (6, 1-22); eles passam por Ecbatana, e páram na casa de Raguel. Tobias pede Sara em casamento e recebe-a (7, 1-20); por continência, exorcismo, do odor da queima de fígado de peixe e da ajuda de Rafael, ele vence o demônio que tinha assassinado os sete anteriores maridos de Sara (8, 1-24); Rafael pega o dinheiro de Gabael em Rages, e traz a Ecbatana para a festa de casamento do jovem Tobias (9, 1-23).
  • Rafael cura a cegueira do ancião Tobit, no retorno de seu filho, e manifesta a verdade de que ele é um anjo (10, 2 a 12, 31). Conclusão: o hino de ação de graças do ancião Tobit, e a subsequente história de pai e filho (13, 1 a 14, 7).
PROPOSTA

Mostrar que Deus é fiel aos que são fiéis a Ele é evidentemente a principal finalidade do livro, Neubauer (op cit, p... XVI) diz que o enterro dos mortos é a principal lição; mas a lição de caridade é mais proeminente. Ewald, “Gesch des Volkes Israel”, IV, 233, estabelece a fidelidade ao código Mosaico como a principal tendência do autor, que escreve para os judeus da dispersão; mas o livro é destinado a todos os judeus, e claramente inculca neles muitas lições secundárias e uma que é crucial para o resto - Deus é verdadeiro para aqueles que são fiéis a ele.

CANONICIDADE

(1) No Judaísmo
O Livro de Tobias é deuterocanônico, isto é, não contido no Canon da Palestina, mas no de Alexandria. Que os judeus da Dispersão aceitaram o livro como canônico Escritura é claro a partir do seu lugar na Septuaginta. Que os judeus da Palestina reverenciaram Tobias como um livro sagrado pode ser alegado a partir da existência da tradução o aramaica utilizada por São Jerônimo e os publicados por Neubauer, como também dos quatro traduções hebraicas existentes. Então, a maioria destas versões semitas foram encontrados como Midrashim, ou hagganda, do Pentateuco.
(2) Entre os Cristãos
Apesar da rejeição de Tobias no cânon protestante, o seu lugar no cânon cristão das Escrituras Sagradas é inquestionável. A Igreja Católica sempre estimou como inspirado.
• São Policarpo (AD 117), Aos Felipenses, Capítulo 10, fala sobre a esmola, e cita Tobias 4, 10 e 12, 9, como sua autoridade para exortar.
• Pseudo-Clemente (AD 150), Aos coríntios Capítulo XVI, tem louvores as esmolas que são um eco de Tobias 1, 8-9.
• São Clemente de Alexandria (190-210 AD), em Stromata VI.12, cita como as palavras das Escrituras Sagradas: “O jejum é bom com a oração” (Tobias 12, 9); e em Stromata I.21 e II.23, “O que odeias, não faça aos outros” (Tobias 4,16).
• Orígenes (cerca 230 d.C) cita como Escritura Tobias 3, 24 e 12, 12-15, em “De oratione”, II; Tobit 2,  1, na seção 14; Tobit 12, 12, na seção 31 (cf. P.G., XI, 448, 461, 553); e escreve a Africanus (PG, XI, 80), explicando que, embora os hebreus não usem Tobias, a Igreja usa.
• Santo Atanásio (AD 350) usa Tobit 12, 7 e 4:19, com a frase distintiva “como está escrito”, cf. “Apol. Contra Arianos II, e Apol. Anúncio Imper. Constantium (PG, XXV, 268, 616).
• Na Igreja ocidental, São Cipriano (248 d.C), muitas vezes refere-se a Tobias como de autoridade divina, tal como ele se refere a outros livros das Sagradas Escrituras; (cf. De mortalitate, x; De opere et eleemosynis, v, xx; De patientia, xviii (P.G., IV, 588, 606, 634); Ad Quirinum, i, 20 para Tobit 12; iii, 1 para Tobias 2: 2; e iv, 5-11; ii, 62 de Tobit 04:12 (PG, IV, 689, 728, 729, 767).
• Santo Ambrósio (370 d.C) escreveu um livro intitulado “De Tobia” contra a usura (PL, XIV, 759), e apresenta-o, referindo-se ao trabalho da bíblia com esse nome como “um livro profético”, “Escritura”.
• Em toda a Igreja ocidental, no entanto, a canonicidade de Tobias é mais clara por sua presença na versão latina antiga, o texto autêntico da Escritura para a Igreja Latina a partir de 150 d.C até ser substituida pela vulgata de São Jerônimo.
• O uso de Tobias canônica em que parte da Igreja bizantina cuja língua era siríaco é visto nos escritos de Santo Efrém (cerca AD 362) e de São Arquelau (cerca AD 278).
• Todas as primeiras listas canônicas contêm o Livro de Tobias; são as do Concílio de Hipona (393 dC), as do concíliode Cartago (397 dC e 419), Santo Inocêncio I (405 d.C), Santo Agostinho (397 d.C).
• Além disso, os grandes manuscritos da Septuaginta do quarto e quinto século são a prova de que não só os judeus, mas os cristãos utilizaram Tobias como canônico.
Contra a canonicidade de Tobias são alegadas várias acusações, porém todas já foram refutadas aqui.

ORIGEM

É provável que o ancião Tobit escreveu pelo menos a parte da obra original em que ele usa a primeira pessoa do singular, (cf. 1, 1-3: 6), em todos os textos, exceto na Vulgata e no aramaico. Como toda a narrativa é histórica, esta parte é provavelmente autobiográfica. Depois de revelar a sua natureza angelical, Rafael manda tanto o pai quanto o filho contar todas as maravilhas que Deus lhes havia feito (Vulgata, 12,20) e escrever em um livro todos os incidentes de sua estadia com eles (cf. o mesmo versículo em AB , Aleph, Vetus Latina, HF, e HM). Se aceitarmos a história como fato-narrativa, naturalmente concluímos que ela foi escrita originalmente durante o Exílio babilônico, na parte inicial do século VII a.C; e que tudo, exceto o último capítulo foi trabalho de pai e filho. Quase todos os protestantes estudiosos consideram o livro pós-exílico. Ewald atribui a 350 a.C; Hgen, atríbue a 280 a.C; Gratz, a 130 d.C; Kohut a 226 a.C.

NOTAS

 1 - As introduções de CORNELY, KAULEN, Danko, Gigot, Seisenberger.  
2 - Embora os Padres usem Tobias, só o Venerãvel Beda (PL, XCI, 923-38) e Walafrid Estrabão (PL, CXIII, 725) deixaram-nos comentários sobre o mesmo.
3 - Durante a Idade Média, HUGH DE ST. VICTOR, Allegoriarum em Vetus Testamentum, IX (PL, CLXXV, 725), e Nicolau de Lyra, DENIS DA Cartuxos, HUGH DE S. CARO, em seus comentários sobre toda a Escritura, interpretaram o Livro de Tobias. Comentaristas posteriores são SERRARI (Monza, 1599); Sanctius (Lyons, 1628); MAUSCHBERGER (Olmutz, 1758); Justiniani (Roma, 1620); DE CELADA (Lyons, 1644); DREXEL (Antuérpia, 1652); NEUVILLE (Paris, 1723); Gutberlet (Munster, 1854); REUSCH (Freiburg, 1857); GILLET DE MOOR, Tobie et Akhiahar (Louvain, 1902); VETTER, Das Buch Tobias und die Achikar-Sábio em Theol. Quartalschrift (Tübingen, 1904).
5 - As principais autoridades protestantes foram citados no corpo do artigo.

PARA CITAR

Drum, Walter. Apologistas Católicos. ‘Tobias.” The Catholic Encyclopedia. Vol. 14. New York: Robert Appleton Company, 1912. 17 Aug. 2014. Disponível em . Tradução: Rafael Rodrigues.


[1] Æons é o termo dado por heresiarcas gnósticos para designar o conjunto de poderes espirituais evoluídos por emanação progressiva do Ser eterno, e que constituem a Pleroma ou o mundo espiritual invisível, como distinta da Kenoma, ou mundo material visível.

1º Livro dos Macabeus

Com o título de Macabeus são designados dois livros que fazem parte da Sagrada Escritura, embora sejam conhecidos mais dois com este nome na antiga literatura judaica. Nos primeiros séculos da Igreja, houve algumas dúvidas em considerá-los parte do Cânone. De facto, não constam no Cânone da Bíblia Hebraica dos judeus pales­ti­nenses; mas fazem parte da Bíblia do judaísmo de Alexandria. Este facto veio a criar, por parte das igrejas protestantes, uma atitude de reserva para com eles; quanto aos outros dois, cedo lhes foi recusada a classificação de livros bíblicos, tanto pelos judeus como pelos cristãos.
NOME
Chamam-se Macabeus, não porque tal fosse o nome do seu autor, mas porque Judas – o protagonista dos principais acontecimentos narrados nos dois livros – foi denominado “Macabeu”. Porém, foi São Clemente de Ale­xan­­dria (séc. III d.C.) quem, pela primeira vez, lhes atribuiu esse título, que se tornou corrente na tradição cristã.
Muito provavelmente, com esse nome ter-se-á querido salientar a missão que Deus, Senhor da História, quisera confiar a Judas Macabeu. De facto, o termo “macabeu” apa­rece em Is 62,2 com o significado de «designado do Senhor», que corres­ponde perfeita­mente à qualidade de chefe com que Judas é descrito em 2 Mac 8,1-7. Tam­bém é muito semelhante ao que se diz dos chefes carismáticos do período dos Juízes e ao papel dos que têm a missão de libertar o povo de um poder político ou de uma cultura que não respeita a fé de Israel.
AUTOR E MENSAGEM
O 1.° livro dos Macabeus é obra de autor des­co­nhecido, mas bom conhecedor da Palestina e imbuído da fé que caracteriza o povo eleito. É precisamente esta fé que o leva a narrar a História recente do seu povo, para impedir os seus irmãos de raça de serem infiéis à aliança.
No horizonte, está o confronto entre a fé de Israel e os novos modos de viver da cultura helenística, em que o judaísmo da diáspora se encontra. Para responder a essa situação con­creta e precaver da traição à fé, o autor vai buscar este período histórico e os modelos de fé nele encontrados.
Tocado pela dura experiência do tempo do domínio selêucida, com An­tíoco IV Epifânio à cabeça, volta-se para a raiz da fé, que é a aliança do Sinai, e diz ao povo: «Deus está sempre atento e vai fazer surgir homens cora­josos e determinados, para resistirmos à imposição dos valores culturais que ameaçam as atitudes de vida exigidas pela aliança». Por isso, mais que descrever objectivamente o que fizeram esses homens, o autor preocupa-se em mostrar como, por atitudes idênticas às deles, o povo fiel pode continuar a viver a sua fé no Deus único e a manter a sua identidade nacional.
GÉNERO LITERÁRIO
Os dois livros dos Macabeus são históricos, segundo os critérios historiográficos da época, e com uma acentuada preocupação religiosa e edificante.
Mais que uma narração objectiva dos acontecimentos do mesmo período, nem sempre concordantes, porque entre si distintos e independentes, asse­mel­ham-se a dois Evangelhos Sinópticos: o 1.° livro abrange o período que vai de 175 a.C. a 134 a.C. (subida ao trono de João Hircano); o 2.° livro cobre o período de 175 a.C. a 160 a.C. (morte de Nicanor).
DIVISÃO E CONTEÚDO
A narração dos acontecimentos está distribuída em quatro blocos: no primeiro traça-se o am­biente político e cultural criado por Alexandre Magno, que origina a revolta dos Macabeus (1,1-2,70); no segundo narram-se os feitos glo­rio­sos de Judas Macabeu (3,1-9,22); no terceirodescrevem-se os feitos de Jó­na­tas (9,23-12,54) e, no quarto, os fei­tos do Sumo Sa­cerdote Simão, fun­­dador da dinas­tia dos Hasmo­neus (13,1-16,24).

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal 2016


Sucessão Apostólica

O principio “colegial” da Igreja consiste em que Cristo confiou a totalidade da fé a uma comunhão de doze Apóstolos, cujos sucessores conduzem a Igreja sob a presidência do ministério petrino; na base desta dimensão colegial são imprescindíveis os concílios da Igreja. A multiplicidade dos dons espirituais a universalidade da Igreja tornam-se também fecundas outras instituições da geral, como os sínodos e os conselhos.

Como sucessor de São Pedro e cabeça do colégio dos bispos, o PAPA* é garantia da unidade da igreja. Ele possui a mais alta autoridade pastoral, quer doutrinal quer disciplinar.
Jesus concedeu a São Pedro uma singular precedência entre os Apóstolos, que fez dele a superior autoridade na Igreja primitiva (ROMA). A igreja local que São Pedro dirigia e o lugar do seu martírio o tornou-se, após a sua morte, o ponto orientador da jovem Igreja. Cada comunidade devia estar em consonância com Roma, o que se tornou a medida da fé correta, íntegra e genuína. 

Até o momento presente, cada BISPO* de Roma, tal como São Pedro, tem sido o supremo pastor da Igreja, cuja cabeça é, na verdade, Cristo; só assim o Papa é “representante de Cristo na Terra”. Como autoridade superior na pastoral e no ensino, vela pela transmissão pura da fé. Em casos necessários, deve revogar nomeações ou exonerar ministros ordenados por causa de erros graves de fé ou moral no exercício de seu ministério. A unidade da fé e da moral, garantida pelo ministério pastoral em cujo topo se encontra o Papa, produz, em parte, a capacidade de resistência e a difusão da Igreja Católica.  
______________________________________________________________

*Papa (do grego. Pappas): é o sucessor do Apóstolo São Pedro, bispo de Roma. Como São Pedro fora já o primeiro entre os Apóstolos, o Papa, seu sucessor, tem a presidência do colégio dos bispos. Como representante de Cristo, é o pastor supremo da Igreja.

*Bispo (do grego episkoperin) é um sucessor dos Apóstolos e guia uma diocese (Igreja local); como membro do colégio dos bispos, participa, sob a orientação do Papa, no cuidado da Igreja universal.

Lista histórica de sucessão papal desde Pedro

(267) 2013 - ... - Francisco (Jorge Mario Bergoglio)
(266) 2005 - 2013 - Bento XVI (Joseph Ratzinger)
(265) 1978 - 2005 - João Paulo II (Karol Woityla)
(264) 1978 - 1978 - João Paulo I (Albino Luciani)
(263) 1963 - 1978 - Paulo VI (Giovanni Battista Montini)
(262) 1958 - 1963 - João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli)
(261) 1939 - 1958 - Pio XII (Eugenio Pacelli)

(260) 1922 - 1939 - Pio XI (Achille Ratti)
(259) 1914 - 1922 - Bento XV (Giacomo Marchese della Chiesa)
(258) 1903 - 1914 - Pio X (Giuseppe Sarto)
(257) 1878 - 1903 - Leão XIII (Giocchino Vincenzo de Pecci)
(256) 1846 - 1878 - Pio IX (Giovanni Conte Mastai-Ferretti)
(255) 1831 - 1846 - Gregório XVI (Bartolomeo Cappellari)
(254) 1829 - 1830 - Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni)
(253) 1823 - 1829 - Leão XII (Annibale della Genga)
(252) 1800 -1823 - Pio VII (Luigi Barnaba Chiaramonti)
(251) 1775 - 1799 - Pio VI (Giovanni Angelo Conte Braschi)

(250) 1769 - 1774 - Clemente XIV (Lorenzo Ganganelli)
(249) 1758 - 1769 - Clemente XIII (Carlo Rezzonico)
(248) 1740 - 1758 - Bento XIV (Prospero Lambertini)
(247) 1730 - 1740 - Clemente XII (Lorenzo Corsini)
(246) 1724 - 1730 - Bento XIII (Pietro Francesco Orsini)
(245) 1721 - 1724 - Inocêncio XIII (Michelangelo Conti)
(244) 1700 - 1721 - Clemente XI (Giovanni Francesco Albani)
(243) 1691 - 1700 - Inocêncio XII (Antonio Pignatelli)
(242) 1689 - 1691 - Alexandre VIII (Pietro Ottoboni)
(241) 1676 - 1689 - Inocêncio XI (Benedetto Odescalchi)

(240) 1670 - 1676 - Clemente X (Emilio Altieri)
(239) 1667 - 1669 - Clemente IX (Giulio Rospigliosi)
(238) 1655 - 1667 - Alexandre VII (Fabio Chigi)
(237) 1644 - 1655 - Inocêncio X (Giambattista Pamphili)
(236) 1623 - 1644 - Urbano VIII (Maffeo Barberini)
(235) 1621 - 1623 - Gregório XV (Alessandro Ludovisi)
(234) 1605 - 1621 - Paulo V (Camillo Borghesi)
(233) 1605 - Leão XI (Alessandro Ottaviano de Medici)
(232) 1592 - 1605 - Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini)
(231) 1591 - Inocêncio IX (Giovanni Antonio Facchinetti)

(230) 1590 - 1591 - Gregório XIV (Niccolo Sfondrati)
(229) 1590 - Urbano VII (Giambattista Castagna)
(228) 1585 - 1590 - Sisto V (Felici Peretti)
(227) 1572 - 1585 - Gregório XIII (Ugo Boncompagni)
(226) 1566 – 1572 - Pio V (Michele Ghislieri)
(225) 1559 - 1565 - Pio IV (Giovanni Angelo de Medici)
(224) 1555 - 1559 - Paulo IV (Gianpetro Caraffa)
(223) 1555 - Marcelo II (Marcelo Cervini)
(222) 1550 - 1555 - Júlio III (Giovanni Maria del Monte)
(221) 1534 - 1549 - Paulo III (Alessandro Farnese)

(220) 1523 - 1534 - Clemente VII (Giulio de Medici)
(219) 1522 - 1523 - Adriano VI (Adriano de Utrecht)
(218) 1513 - 1521 - Leão X (Giovani de Medici)
(217) 1503 - 1513 - Júlio II (Giuliano della Rovere)
(216) 1503 - Pio III (Francesco Todeschini-Piccolomini)
(215) 1492 - 1503 - Alexandre VI (Rodrigo de Bórgia
(215) 1484 - 1492 - Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo)
(214) 1471 - 1484 - Sisto IV (Francesco della Rovere)
(213) 1464 - 1471 - Paulo II (Pietro Barbo)
(212) 1458 - 1464 - Pio II (Enea Silvio de Piccolomini)

(211) 1455 - 1458 Calisto III (Alfonso de Bórgia)
(210) 1447 - 1455 Nicolau V (Tomaso Parentucelli)
(209) 1431 - 1447 Eugênio IV (Gabriel Condulmer)
(208) 1417 - 1431 Martinho V (Odo Colonna)
(207) 1406 - 1417 Gregório XII (Angelo Correr)
(206) 1404 - 1406 Inocêncio VII (Cosma de Migliorati)
(205) 1389 - 1404 Bonifácio IX (Pietro Tomacelli)
(204) 1378 - 1389 Urbano VI (Bartolomeo Prignano)
(203) 1370 - 1378 Gregório XI (Pedro Rogerii)
(202) 1362 - 1370 Urbano V (Guillaume de Grimoard)

(201) 1352 - 1362 - Inocêncio VI (Etienne Aubert)
(200) 1342 - 1352 - Clemente VI (Pierre Roger de Beaufort)
(199) 1334 - 1342 - Bento XII (Jacques Fournier)
(198) 1316 - 1334 - João XXII (Jacques Duèse)
(197) 1305 - 1314 - Clemente V (Bertrand de Got)
(196) 1303 - 1304 - Bento XI (Nicolau Boccasini)
(195) 1294 - 1303 - Bonifácio VIII (Bento Gaetani)
(194) 1294 - Celestino V (Pietro del Murrone)
(193) 1288 - 1292 - Nicolau IV (Girolamo Masei de Ascoli)
(192) 1285 - 1287 - Honório IV (Giacomo Savelli)

(191) 1281 - 1285 - Martinho IV (Simão de Brion)
(190) 1277 - 1280 - Nicolau III (Giovanni Gaetano Orsini)
(189) 1276 - 1277 - João XXI (Pedro Juliani)
(188) 1276 - Adriano V (Ottobono Fieschi)
(187) 1276 - Inocêncio V (Pedro de Tarantasia)
(186) 1271 - 1276 - Gregório X (Teobaldo Visconti)
(185) 1265 - 1268 - Clemente IV (Guido Fulcodi)
(184) 1261 - 1264 - Urbano IV (Jacques Pantaleon de Troyes)
(183) 1254 - 1261 - Alexandre IV (Reinaldo, conde de Segni)
(182) 1243 - 1254 - Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi)

(181) 1241 - Celestino IV (Gaufredo Castiglione)
(180) 1227 - 1241 - Gregório IX (Hugo, conde de Segni)
(179) 1216 - 1227 - Honório III (Censio Savelli)
(178) 1198 - 1216 - Inocêncio III (Lotário, conde de Segni)
(177) 1191 - 1198 - Celestino III (Jacinto Borboni-Orsini)
(176) 1187 - 1191 - Clemente III (Paulo Scolari)
(175) 1187 - Gregório VIII (Alberto de Morra)
(174) 1185 - 1187 - Urbano III (Humberto Crivelli)
(173) 1181 - 1185 - Lúcio III (Ubaldo Allucingoli)
(172) 1159 - 1180 - Alexandre III (Rolando Bandinelli de Siena)

(171) 1154 - 1159 - Adriano IV (Nicolau Breakspeare)
(170) 1153 - 1154 - Anastácio IV (Conrado, Bispo de Sabina)
(169) 1145 - 1153 - Eugênio III (Bernardo Paganelli de Montemagno)
(168) 1144 - 1145 - Lúcio II (Gherardo de Caccianemici)
(167) 1143 - 1144 - Celestino II (Guido di Castello)
(166) 1130 - 1143 - Inocêncio II (Gregorio de Papareschi)
(165) 1124 - 1130 - Honório II (Lamberto dei Fagnani)
(164) 1119 - 1124 - Calisto II (Guido de Borgonha, Arcebispo de Viena)
(163) 1118 - 1119 - Gelásio II (João de Gaeta)
(162) 1099 - 1118 - Pascoal II (Rainério, monge de Cluny)

(161) 1088 - 1099 - Urbano II (Odo, Cardeal-Bispo de Óstia)
(160) 1086 - 1087 - Vítor III (Desidério, abade de Monte Cassino)
(159) 1073 - 1085 - Gregório VII (Hildebrando, monge)
(158) 1061 - 1073 - Alexandre II (Anselmo de Baggio)
(157) 1059 - 1061 - Nicolau II (Geraldo de Borgonha, Bispo de Florença)
(156) 1057 - 1058 - Estevão X (Frederico, abade de Monte Cassino)
(155) 1054 - 1057 - Vitor II (Geraldo de Borgonha, Bispo de Florença)
(154) 1049 - 1054 - Leão IX (Bruno, conde de Egisheim-Dagsburg)
(153) 1048 - Dâmaso II (Poppo, conde de Brixen)
(152) 1047 - 1048 - (Teofilato de Túsculo) - 3º Pontificado

(152) 1046 - 1047 - Clemente II (Suidgero de Morsleben)
(151) 1045 - 1046 - Gregório VI (João Graciano Pierleone)
(150) 1045 - Bento IX (Teofilato de Túsculo) - 2º Pontificado
(149) 1045 - Silvestre III, romano
(148) 1033 - 1045 - Bento IX (Teofilato de Túsculo) - 1º Pontificado
(147) 1024 - 1032 - João XIX (conde de Túsculo)
(146) 1012 - 1024 - Bento VIII (conde de Túsculo)
(145) 1009 - 1012 - Sérgio IV (Pietro Buccaporci)
(143) 1003 - 1009 - João XVIII (João Fasano de Roma)
(142) 1003 - João XVII (Giovanni Sicco)

(141) 999 - 1003 - Silvestre II (Gerberto de Aurillac)
(140) 996 - 999 - Gregório V (Bruno de Carínthia)
(139) 985 - 996 - João XV
(138) 983 - 984 - João XIV (Pedro Canipanova)
(137) 974 – 983 - Bento VII
(136) 972 – 974 - Bento VI
(135) 965 - 972 - João XIII (João de Nardi)
(134) 964 - Bento V
(133) 963 - 965 - Leão VIII
(132) 955 - 964 - João XII

(131) 946 - 955 - Agapito II
(130) 942 - 946 - Marino II (ou Martinho III)
(129) 939 - 942 - Estevão IX
(128) 936 - 939 - Leão VII
(127) 931 - 935 - João XI
(126) 928 - 931 - Estevão VIII
(125) 928 - Leão VI
(124) 914 - 928 - João X (João de Tossignano, Arcebispo de Ravena)
(123) 913 - 914 - Lando
(122) 911 - 913 - Anastácio III

(121) 904 - 911 - Sérgio III
(120) 903 - Leão V
(119) 900 - 903 - Bento IV
(118) 898 - 900 - João IX
(117) 897 - Teodoro II
(116) 897 - Romano
(115) 896 - 897 - Estevão VII
(114) 896 - Bonifácio VI
(113) 891 - 896 - Formoso
(112) 885 - 891 - Estevão VI

(111) 884 - 885 - Adriano III
(110) 882 - 884 - Marino I (ou Martinho II)
(109) 872 - 882 - João VIII
(108) 867 - 872 - Adriano II
(107) 858 - 867 - Nicolau I
(106) 855 - 858 - Bento III
(105) 847 - 855 - Leão IV
(104) 844 - 847 - Sérgio II
(103) 827 - 844 - Gregório IV
(102) 827 - Valentim

(101) 824 - 827 - Eugênio II
(100) 817 – 824 - Pascoal I
(99) 816 – 817 - Estevão V
(98) 795 – 816 - Leão III
(97) 772 – 795 - Adriano I
(96) 768 – 772 - Estevão IV
(95) 757 – 767 - Paulo I
(94) 752 – 757 - Estevão III
(93) 752 - Estevão [II] (pontificado de apenas 4 dias)
(92) 741 – 752 - Zacarias

(90) 731 – 741 - Gregório III
(89) 715 – 731 - Gregório II
(88) 708 – 715 - Constantino
(87) 708 - Sisínio
(86) 705 – 707 - João VII
(85) 701 – 705 - João VI
(84) 687 – 701 - Sérgio I
(83) 686 – 687 - Cônon
(82) 685 – 686 - João V
(81) 683 – 685 - Bento II

(80) 682 – 683 - Leão II
(79) 678 – 681 - Agatão
(78) 676 – 678 - Dono
(77) 672 – 676 - Adeodato II (ou Deusdedite II)
(76) 657 – 672 - Vitaliano
(75) 654 – 657 - Eugênio I
(74) 649 – 655 - Martinho I
(73) 642 – 649 - Teodoro I
(72) 640 – 642 - João IV
(71) 638 – 640 - Severino

(70) 625 – 638 - Honório I
(69) 619 – 625 - Bonifácio V
(68) 615 – 618 - Adeodato I (ou Deusdedite I)
(67) 608 – 615 - Bonifácio IV
(66) 606 – 607 - Bonifácio III
(65) 604 – 606 - Sabiniano
(64) 590 – 604 - Gregório I Magno
(63) 579 – 590 - Pelágio II
(62) 575 – 579 - Bento I
(61) 561 – 574 - João III

(60) 556 – 561 - Pelágio I
(59) 537 – 555 - Vigílio
(58) 536 – 537 - Silvério
(57) 535 – 536 - Agapito I (ou Agapeto)
(56) 533 – 535 - João II
(55) 530 – 532 - Bonifácio II
(54) 526 – 530 - Félix III
(53) 523 – 526 - João I
(52) 514 – 523 - Hormisdas
(51) 498 – 514 - Símaco

(50) 496 - 498 - Anastácio II
(49) 492 - 496 - Gelásio I
(48) 483 - 492 - Félix II
(47) 468 - 483 - Simplício
(46) 461 - 468 - Hilário (ou Hilaro)
(45) 440 - 461 - Leão I Magno
(44) 432 - 440 - Sisto III
(43) 422 - 432 - Celestino I
(42) 418 - 422 - Bonifácio I
(41) 417 - 418 - Zózimo

(40) 402 - 417 - Inocêncio I
(39) 399 - 402 - Anastácio I
(38) 384 - 399 - Sirício
(37) 366 - 384 - Dâmaso I
(36) 352 - 366 - Libério
(35) 337 - 352 - Júlio I
(34) 336 - Marcos
(33) 314 - 335 - Silvestre I
(32) 310 - 314 - Melcíades
(31) 309 - 310 - Eusébio

(30) 307 - 309 - Marcelo I
(29) 296 - 304 - Marcelino
(28) 282 - 296 - Caio
(27) 274 - 282 - Eutiquiano
(26) 268 - 274 - Félix I
(25) 260 - 268 - Dionísio
(24) 257 - 258 - Sisto II
(23) 254 - 257 - Estevão I
(22) 253 - 254 - Lúcio I
(21) 251 - 253 - Cornélio

(20) 236 - 250 - Fabiano
(19) 235 - 236 - Antero
(18) 230 - 235 - Ponciano
(17) 222 - 230 - Urbano I
(16) 217 - 222 - Calisto I
(15) 199 - 217 - Zeferino
(14) 189 - 199 - Vítor I
(13) 174 - 189 - Eleutério
(12) 166 - 174 - Sotero
(11) 154 - 165 - Aniceto

(10) 143 - 154 - Pio I
(9) 138 - 142 - Higino
(8) 125 - 138 - Telésforo
(7) 116 - 125 - Sisto I
(6) 107 - 116 - Alexandre I
(5) 101 - 107 - Evaristo
(4) 90 - 101 - Clemente I
(3) 79 - 90 - Anacleto (ou Cleto)
(2) 64 - 79 - Lino
(1) 33-64 - Apóstolo Pedro