sábado, 12 de outubro de 2013

Preservar a nossa história através da monitorização da qualidade do ar

Sarcófago egípcio. Imagem: Photos.com,  Thinkstock.

Atualmente nossos amigos Construtores e visitantes tem tido a oportunidade de conhecer mais sobre a nossa História, a História da Humanidade através desse humilde trabalho, mas que possuí grandes objetivos com a minimização do “Analfabetismo histórico”. Sendo um de seus maiores objetivos presar pelo valor humano de modo a respeitar cada individuo e suas características únicas como oportunidades de desenvolver um estudo histórico baseados em fatos e discutido de forma clara e objetiva. Sem estabelecer barreiras intelectuais que limitem a compreensão dos temas abordados somente a uma pequena parcela da sociedade. Primeiramente para podermos aprender com a história, devemos preservá-la. Uma das melhores maneiras de fazer isso é ter certeza de que os artefatos são mantidos em um ambiente protegido.

Temperatura e umidade são rotineiramente monitorados e controlados em museus, arquivos e depósitos para proteger artefatos de deterioração. No entanto, a corrosão é acelerada dramaticamente por poluentes do ar, que muitas vezes não são monitorados adequadamente.

O objetivo do projeto MUSECRR financiado pela UE foi desenvolver métodos eletrônicos para a medição contínua do ar induz por corrosão, Esses AirCorr Registradores de corrosão , como são conhecidos , permitem o monitoramento simples , em tempo real e confiável de diversos metais e ligas.

Os parceiros do projeto desenvolveram Registradores AirCorr com quatro partes principais: um registrador eletrônico , um sensor de metal , uma interface de comunicação e um programa de software amigável para interpretação das medidas.

De MUSECORR (Proteção do patrimônio cultural através do monitoramento de corrosão em tempo real). Sistema de monitoramento AirCorr tem proporcionado muitas grandes vantagens. Tempo de resposta rápida, de alta precisão, tamanho pequeno e uma ampla gama de sensores tornam-no incrivelmente eficiente. Sua longa vida útil e software também o tornam uma ferramenta ideal, para a preservação do patrimônio cultural, quartos limpos, a proteção da eletrônica, transporte e armazenamento, engenharia civil, detecção de poluição e de pesquisa corrosão.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Thonis-Heracleion: Tesouros surpreendentes da Atlântida Perdida do Egito há 1.300 anos agora são revelados.


Estela ordenada por Nectanebo I encontrada em Thonis-Heracleion sendo tirada do fundo do Mediterrâneo. Imagem: http://seriouslyforreal.com

Arqueólogos redescobriram uma cidade egípcia envolta em mitos, engolida pelo Mar Mediterrâneo e enterrada na areia e na lama por mais de 1.200 anos. Conhecida como Heracleion para os antigos gregos e Thonis para os antigos egípcios, a cidade foi encontrada em 2000 pelo arqueólogo subaquático francês Franck Goddio e sua equipe do Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática, depois de um levantamento geofísico de quatro anos.

As ruínas da cidade perdida estavam 9,4 metros abaixo da superfície do Mar Mediterrâneo, em Aboukir Bay, perto de Alexandria. Vários artefatos surpreendentemente bem preservados foram recuperados, e contam um pouco da história do povo que lá viveu.


Esta estela foi ordenada pelo faraó Nectanebo I, que viveu entre 378 e 362 aC. É quase idêntica à estela de Náucratis, que fica no Museu Egípcio do Cairo. Imagem: http://seriouslyforreal.com

Porto da era clássica

Durante a escavação de 13 anos de Thonis-Heracleion, emocionantes descobertas arqueológicas ajudaram a descrever uma cidade antiga que não era apenas um centro comercial internacional vital, mas, possivelmente, um importante centro religioso.
A pesquisa sugere que Thonis-Heracleion serviu como uma porta de entrada obrigatória para o comércio entre o Mediterrâneo e o Nilo.


Uma das descobertas mais importantes na área do templo foi esta capela monolítica, pois serviu como uma chave para identificar o resto da cidade. Imagem: http://seriouslyforreal.com

Até o momento, 64 naufrágios e mais de 700 âncoras foram descobertos a partir da lama da baía. Outros achados incluem moedas de ouro, pesos de Atenas (que nunca foram encontrados em um site egípcio) e tábuas gigantes inscritas em egípcio e grego antigos. Os pesquisadores pensam que esses artefatos apontam a proeminência da cidade como um centro de comércio movimentado.

Também foi analisada uma variedade de artefatos religiosos na cidade submersa, incluindo esculturas de pedra de cerca de 5 metros de altura, que provavelmente adornaram o templo central da cidade, e sarcófagos de pedra calcária que se acredita terem contido animais mumificados.

Especialistas se maravilharam com a diversidade de objetos localizados e com o quão bem eles estavam preservados. “A evidência arqueológica é simplesmente impressionante”, disse Sir Barry Cunliffe, arqueólogo da Universidade de Oxford (Reino Unido).


A deusa Ísis era adorada como mãe e esposa, bem como patrona da natureza e da magia. Imagem: http://seriouslyforreal.com

Apesar de toda a excitação sobre a escavação, um mistério sobre Thonis-Heracleion permanece em grande parte sem solução: por que exatamente a cidade afundou?

A equipe de Goddio sugere que o peso de grandes construções em uma região de barro e solo de areia pode ter feito a cidade afundar após um terremoto. Segundo Goddio, pode levar mais 200 anos antes de os cientistas descobrirem todos os segredos da cidade perdida.

Acompanhe mais fotos da descoberta de Thonis-Heracleion.


Os pesquisadores descobriram uma estátua de 5,4 m que representa o deus Hapi, que era o deus das inundações do Nilo e um símbolo da fertilidade e da abundância. A estátua decorava o templo de Heracleion. Imagem:  http://seriouslyforreal.com/ 


Artefatos descobertos colocam em xeque a questão da diáspora africana.


Os artefatos de pedra encontrados em Omã provavelmente foram feitas por blocos lascados de sílex, com formas triangulares distintas. Esta é a primeira vez que esta tecnologia de ferramentas de pedra especial foi encontrada fora da África. Imagem/Créditos: Yamandu Hilbert.

Existe quase um consenso, entre os arqueólogos, de que o Homo sapiens surgiu na África, entre 200 mil e 100 mil anos atrás. Existe quase um consenso, entre os arqueólogos, de que o Homo sapiens surgiu na África, entre 200 mil e 100 mil anos atrás. A maioria dos cientistas aceita que o início da diáspora foi pela costa do continente, local por aonde chegariam até a península arábica. Mas uma série de descobertas arqueológicas pode redefinir essa visão.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham (Inglaterra) descobriram artefatos de pedra em mais de cem sítios arqueológicos no Omã, país localizado a sudeste da Arábia Saudita. Estes objetos, segundo estimativas, datam de pelo menos 100 mil anos atrás, período no qual não deveria haver (segundo as teorias que prevalecem hoje) nenhum agrupamento humano fixo longe do litoral.

Essa descoberta muda a ideia de como os primitivos africanos teriam saído do continente pela primeira vez. Com essa descoberta, admite-se que talvez eles tenham migrado pelas quentes e áridas regiões do interior do norte africano e da península arábica, e não pelas áreas mais amenas da costa. Eles explicam que essa teoria sempre foi mais aceita por ser mais lógica, mas não há reais evidências arqueológicas disso.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

É oficialmente confirmada pela CIA a existência da Área 51.


Mapa da Área 51. Imagem: Popsci.  

Durante muito tempo, o governo americano negou a existência de uma base chamada Área 51 — um advogado da Força Aérea chegou a dizer a um juiz federal, em 1995, que “não há nome para a operação próxima a Groom Lake”.

Isto acabou recentemente. A CIA, agência de inteligência dos EUA, atendendo a uma solicitação amparada pelo FOIA, Freedom of Information Act (“Ato de Liberdade de Informação”) americano, tornou público um documento de cerca de 400 páginas sobre a Área 51. Agora, a base – que ostenta placas afirmando que “O Uso de Força Letal é Autorizado” contra invasores – está oficialmente no mapa.



Esta é uma imagem de satélite da Área 51, no Sul de Nevada, um destacamento remoto da Base da Força Aérea de Edwards, fotos coletadas em 26 de fevereiro de 2013. Imagem: Washington Post.

O documento também cita a finalidade da Área 51: ela era base do avião espião U-2. Alguns dos objetivos das missões dos U-2, como o sobrevoo da China nos anos 1962 a 1975 para auxiliar a Índia, também são citados nos relatórios. Como não havia satélites espiões na década de 1950 e início da década de 1960, as missões de sobrevoo eram comuns, mas precisavam ser mantidas em segredo.


 Os U-2 Spyplanes. A esquerda o original U-2, com uma envergadura de 80 metros, e à direita o U-2R com uma envergadura de 103 pés. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.


Revolta com a mecanização tem nova interpretação


Desenho publicado em 1812 mostrando trabalhadores comandados pelo lendário General Ned Ludd destruindo uma tecelagem. Imagem: Britsh Museum.  

A preocupação com a dominação das máquinas não é de hoje. Nos tempos de escola, aprendemos que o movimento ludista foi um movimento operário contrário à mecanização do trabalho que estava acabando com os trabalhos de muitos operários. Por isso, os ludistas invadiram fábricas e destruíram máquinas. E dois dos incidentes mais notórios aconteceram há exatos 200 anos, quando 150 rebeldes invadiram o Moinho de Rawfold e assassinaram o proprietário local, William Horsfall, perto do condado de York, Inglaterra.

Para historiadores de todo o mundo, a revolta foi divisora de águas, na qual a classe trabalhadora se fez presente e fez as outras classes sentirem sua força política pela primeira vez. Isso acabou levando a posteriores reformas, como a criação dos sindicatos, por exemplo.

Contudo, uma recente pesquisa de Richard Jones sugere que não foi bem assim. Segundo ele, o ludismo é celebrado pelos motivos errados. Ele defende que o movimento não representava as verdadeiras preocupações das classes operárias, mas somente as preocupações de profissionais mais privilegiados, que tinham interesses locais.
Na indústria têxtil, investigada pelo estudo, por exemplo, de um milhão de empregados, os aderentes ao movimento nunca passaram 12 mil.

“Para os historiadores, o ludismo é encarado como um fenômeno social histórico”, explica Jones. “Os ludistas eram vistos como trabalhadores que se faziam ouvir, mas esses não eram os grandes grupos de trabalhadores, mas sim os mais intelectualizados desses grupos.”

O foco de Jones recaiu sobre o condado de York, aonde ele examinou testemunhos orais, documentos legais, papéis do parlamento e relatórios. De acordo com ele, os grupos envolvidos nas quebras das maquinarias sempre variavam de 4 a 10 pessoas, e a rebelião não se tornou um movimento nacional, pois era diferente de lugar para lugar. Em Nottinghamshire, por exemplo, não havia violência. Os trabalhadores só removiam as engrenagens. Mas, em Lancashire, pelo contrário, houve ondas de movimentos radicais, que levou a greves maduras e bem organizadas.

Reescrevendo a História: portugueses descobriram há Austrália 250 anos antes dos ingleses.



A hipótese de que os portugueses tinham navegado até a costa da Austrália é bem antiga. Para dizer a verdade, vem do século XIX, mas de vez em quando recebe algum ânimo de vida.

O último destes ânimos foi dado pelo jornalista Peter Trickett, que publicou o livro “Beyond Cabricorn” em 2007, alegando ter provas que o capitão português Cristóvão de Mendonça liderou uma frota de quatro navios até a Botany Bay em 1522 – quase 250 anos antes do capitão britânico James Cook.

A prova em questão é um mapa do século XVI, encontrado em uma biblioteca de Los Angeles (EUA). Segundo Trickett, quando ampliado, o mapa é muito semelhante à costa leste da Austrália. A história de como Trickett encontrou o mapa é interessante em si mesma. Ao passar em uma livraria de Camberra (Austrália), ele encontrou uma cópia do Atlas Vallard, uma coleção de 15 mapas feitos antes de 1545 na França, representando o mundo conhecido.

Dois dos mapas, chamados “Terra Java”, chamaram sua atenção, pois tinham uma semelhança enorme com a costa australiana; exceto que em certo ponto a linha da costa dos mapas e da Austrália divergiam por um ângulo reto. O palpite de Trickett foi que quem desenhou os mapas Vallard errou o posicionamento de um deles. Na época, os mapas eram desenhados em pergaminho, uma pele de animal, geralmente bode ou ovelha, com tamanho limitado, e para desenhar uma costa de 3.500 km provavelmente seriam necessários 3 ou 4 cartas cartográficas.

Na hora de produzir os Vallard, algum cartógrafo teria ficado confuso pela ausência de uma rosa dos ventos que orientasse o posicionamento correto do mapa. Utilizando um computador, Trickett girou a parte mais sul por 90 graus, e obteve o que chamou de uma cópia precisa da costa australiana. O Capitão Cristóvão de Mendonça teria saído da base portuguesa de Malacca com quatro navios para descobrir a “Ilha do Ouro”, que Marco Polo dizia existir a sul de Java. A descoberta teria sido mantida em segredo por dois fatores: o primeiro, o fato de que os portugueses não tinham certeza se estavam invadindo território espanhol, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. O segundo teria sido o terremoto de Lisboa em 1755, que levou à queima dos documentos no incêndio que se seguiu ao desastre.


Litoral da Austrália presente em mapas de navegação portugueses. Imagem: http://www.news.com.au/top-stories/map-shows-cook-wasnt-first/story-e6frfkp9-1111113197100

sábado, 5 de outubro de 2013

Olimpíadas: História e Objetivos!


Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1896 no Estádio Panathinaiko em Atenas, Grécia. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Analisaremos hoje os Jogos Olímpicos, sua História e Objetivos. As Olímpiadas amigos Construtores tem por ideia primaria unir todas as nações do mundo por meio dos esportes e dessa forma promover a união dos povos. O Movimento Olímpico utiliza símbolos para representar os ideais consagrados na Carta Olímpica. O símbolo olímpico, mais conhecido como os anéis olímpicos, é composto por cinco anéis entrelaçados, representando a união dos cinco continentes habitados (considerando as Américas do Norte e do Sul como um continente único). A versão colorida dos anéis, azul, amarelo, preto, verde e vermelho sobre um fundo branco, forma a bandeira olímpica. As cores foram escolhidas porque cada nação tinha, pelo menos, uma delas em sua bandeira nacional. A bandeira foi adotada em 1914, mas voou pela primeira vez apenas em 1920 nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica. Desde então, foi hasteada em cada celebração dos Jogos.

O lema olímpico é "Citius, Altius, Fortius", uma expressão latina que significa "mais rápido, mais alto, mais forte". Os ideais de Coubertin são melhores expressos no juramento olímpico:

“A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar, assim como a coisa mais importante na vida não é o triunfo, mas a luta. O essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem.”
Os Jogos Olímpicos têm sido usados como uma plataforma para promover ideologias políticas quase desde o início. Alemanha nazista desejava retratar o Partido Nacional Socialista como benevolente e amante da paz quando organizou os Jogos de 1936. Os jogos também foram destinados a demonstrar a superioridade da raça ariana, uma meta que não foi realizada em parte devido as conquistas de atletas como Jesse Owens que ganhou quatro medalhas de ouro nesta Olimpíada.

A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos e o espírito olímpico são os princípios dos jogos olímpicos. 

Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C., os gregos já faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com realização de competições. Porém, foi somente em 776 a.C. que ocorreram pela primeira vez os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias cidades-estado.  

Atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros. 

Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável. 

No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo. 

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira. 

As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela ideia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro matou 11 atletas da delegação de Israel.  A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A ascensão da Civilização Maia.



Cabeça de um jovem (ornada de plumas e nenúfares) proveniente do templo das inscrições em Palenque (México); estuque com vestígios de pintura policromática. Imagem: Arte dos Maias; clássico recente. Museu Nacional de Antropologia, México.

Saudações a todos os visitantes e amigos construtores do Construindo História Hoje, trago a vocês hoje um pequeno, mas esclarecedor texto sobre as origens da civilização Maia. Diante das dezenas de descobertas que tem acontecido nos últimos anos, vemos um novo horizonte abrir-se diante de nós sobre a História dos Povos da América Central. Distribuído numa área partilhada entre a América Central e o México. Esse território foi dividido em três zonas: meridional (Costa do Pacífico e terras altas da Guatemala e do Chiapas), central (do Estado do Tabasco a Honduras), setentrional (Península de Iucatan). As descobertas arqueológicas nas terras altas do Chiapas revelaram a instalação, por volta  der meados do III milênio a.C., de populações que estiveram na origem da civilização maia. No período pré-clássico (1500 a.C. - 250 d.C.) eram agricultores, fabricavam cera (ornamentação de cordões) e usavam pedras de moer - o que supõe a cultura do milho.

Agrupavam-se em aldeias (Kaminalaljuyú, ou, nas terras baixas, Altar de Sacrifícios e Seibal). Uaxactún Tikal têm camadas inferiores que remontam ao séc. V., e desde o ano 300 a.C. percebem-se as características fundamentais  da civilização maia:  arquitetura com uma espécie de abóbada em balanço, inscrições hieroglíficos, uso de um calendário "a longo prazo", e ereção de estelas comemorativas.

O período clássico (250-950) corresponde ao florescimento dessa civilização; os grandes centros cerimoniais (Tikal, Uaxactún e Seibal, na Guuatemala; Copán em Honduras, Palenque, Uxmal, Bonampak e Chichén Itzán, no México, etc) multiplicaram-se. As grandes metrópoles religiosas compreendiam edifícios típicos, templos construídos sobre uma plataforma piramidal, cobertos por uma espécie de abóbada em balanço e encimados por  uma crista com cumeeira; palácios (residências principescas ou lugar de reunião, dotados de numerosas galerias) cuja disposição - em grupos distintos ligados por calçadas elevadas - em torno de amplas pra;as atesta certo sendo de urbanismo;  e conjunto monumental monolítico, composto de um altar com estela ornada de uma decoração esculpida. Nunca reunidos sob a hegemonia de um poder central, cada centro conservou um estilo individual. A escrita hieroglífica não foi inteiramente decifrada. 

Depois dos auto-de-fé dos conquistadores cristãos, apenas três manuscritos (Codex) subsistem e são datados do pós-clássico. O primeiro refere-se a rituais religiosos; o segundo, à adivinhação; e o último, à astronomia, que, sem usar nenhum instrumento óptico, era , de uma precisão espantosa. Em seu apogeu, essa civilização - que ignorava a roda e o animal de tração, e só conhecia instrumentos de madeira e de pedra - foi, por razões obscuras, brutalmente interrompida, por volta do séc. IX, zona central, que contudo não foi totalmente abandonada. O pós-clássico (do séc. IX, na zona central, que contudo não foi  totalmente abandonada.

O pós-clássico (do séc. X à conquista espanhola) testemunha certo renascimento devido aos toltecas, vindos de Tula. Quando chegaram, por volta do séc. X supõe-se que algumas grandes cidades de Iucatán existissem ainda. A associação das duas tradições originou um novo estilo artístico "maia-tolteca", caracterizado por uma arquitetura mais  ampla e arejada (colunatas, grandes jogos de bolas) e pelo amálgama dos panteões e dos motivos decorativos (Chac, o deus  maia da chuva, representado alternadamente com Quetzalcoatl, a serpente  emplumada, transformada em Kukulkan). Chichén Itzá foi logo substituído por Mayapán, que foi cercada por uma muralha defensiva. Daí em diante, a influência mexicana dominou uma produção artística muito decadente.

A Literatura maia é ainda bastante obscura em razão da diversidade de línguas e de uma escrita pictográfica cujo sistema não é em conhecido. Alguns códices se conservaram até nossos dias, bem como numerosas inscrições de caráter, histórico, mitológico e profético. A literatura maia-guichê é mais conhecida graças ao Popol-Vuh e ao drama Rabinal Achi, e a literatura maia-iucateque, graças ao livro ChiamaBalam. Da literatura maia-cakchiqueles restam os Annales de los cakchiqueles ou Memorial de Sololá.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mitologia como ciência antiga: o mito transcendendo o irreal!


Constelações zodiacais. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Nestes tempos amigos Construtores onde a tecnologia marca a civilização humana de uma forma tão forte que o pensamento contemporâneo se recusa a aceitar que as civilizações antigas pudessem marcar a passagem do tempo para além das simples observações sazonais que definem um ano. Mas, através da história houve astrônomos, matemáticos e historiadores que mediram o tempo de maneiras sofisticadas.

O historiador John G. Jackson (1907-1993), em seu estudo do folclore e das tradições da Grécia Antiga, lançou uma preciosa luz sobre a relação entre os mitos e a observação das estrelas entre os antigos. Na mitologia grega, aprendemos sobre o lendário e poderoso rei etíope, Cefeu, cuja fama era tão grande que ele e sua família foram imortalizados como estrelas. Ele, sua esposa Cassiopeia e sua filha, a princesa Andrômeda, todos se tornaram estrelas na esfera celeste. Embora essa conexão pessoal com as estrelas possa no parecer estranha, Jackson observa que para os antigos etíopes, isso não era incomum. Amigos Construtores, veremos agora que Jackson destaca que Luciano, antigo escritor e historiador grego (180-129 AEC), descreveu a cuidadosa observação das estrelas por parte dos primeiros etíopes.

Os etíopes foram os inventores da ciência das estrelas, e deram nomes aos planetas, não de maneira aleatória e sem sentido, mas descritivos das qualidades que concebiam que possuíssem; e foi deles que essa arte passou, ainda que em estado imperfeito, para os egípcios”.

Historiador grego Luciano

O estudioso francês Constatin-François Volney (1757-1820) que é conhecido pelos relatos meticulosos de suas explorações no norte da África, era particularmente fascinado pelo alto grau de conhecimento astronômico e, decorrente disso, o elevado nível cultural alcançado pelos etíopes. Volney descreve a invenção do zodíaco por essa antiga civilização:

“Foi então que na fronteira do Alto Nilo, entre uma raça de homens negros, organizou-se um complicado sistema de adoração das estrelas, considerado em relação às produções da terra e aos trabalhos na lavoura [...] Assim, o etíope de Tebas chamou de ESTRELA DE INUNDAÇÃO, ou AQUÁRIO, aquelas sob as quais começam as cheias do Nilo; ESTRELAS DO BOI ou TOURO, aquelas sob as quais começam a plantar; ESTRELAS DO LEÃO, aquelas sob as quais esse animal, expulso do deserto pela sede, aparecia nas margens do Nilo; ESTRELAS DO FEIXE DE ESPIGAS, ou primeira colheita VIRGEM, aquelas da estação da ceifa; ESTRELAS DO CORDEIRO, ou ÁRIES e ESTRELAS DAS DUAS CRIANÇAS, ou GÊMEOS, aquelas sob as quais os preciosos animais nasciam [...].
Assim, o mesmo etíope, tendo observado que o retorno das inundações sempre correspondia ao surgimento de uma bela estrela na direção da nascente do Nilo, e que parecia prevenir os agricultores acerca da elevação das águas, ele comparou essa ação à do animal que , com seu latido, alerta contra o perigo, chamou essa ESTRELA DE CÃO, aquele que ladra, SIRIOS. Da mesma maneira, chamaram de caranguejo as estrelas onde o sol, tendo chegado ao trópico, recuavam devido a um lento movimento retrógrado, como o CARANGUEJO DE CÂNCER. Ele chamou de CABRA SELVAGEM, ou CAPRICÓRNIO, aquelas onde o sol, tendo alcançado o ponto mais alto em seu trato anual [...] imita a cabra, que adora escalar o alto das rochas. Ele chamou de BALANÇA, ou LIBRA, aquelas onde os dias e noites são iguais, parecem em equilíbrio, como esse instrumento; e ESTRELAS DE ESCORPIÃO, aquelas onde certos ventos periódicos trazem vapores que queimam como o veneno do escorpião.”


Constelação de Cepheu. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Volney determinou que a data de origem do zodíaco tinha de ser 15194 AEC.
Charles-François Dupuis (1742-1809), professor de retórica em Lisieux, França, acreditava que existiu uma origem comum para as opiniões astronômicas e religiosas dos gregos, egípcios, chineses, persas e árabes. Em seus livros The Orign of All Religious Worship, The Origen of Constellations e The Chronological Zodiac, Dupuis, correlaciona os mitos da Antiguidade com a observação de uma série de acontecimentos celestes. Esses livros foram a fonte de inspiração de Giorgio de Santillana, quando ele começou a estudar a mitologia e a astrologia dos primeiros egípcios.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A História como veículo de Construção.



Amigos Construtores, o estudo da história seja ela regional nacional ou internacional é uma arma que pode ser usada para afirmar valores nas crianças e jovens ou até mesmo destruir valores e crenças em nossos futuros cidadãos. Para ilustrar o texto trago as imagens da construção da ponte sobre o Rio Guaíba datada de 1958, que trouxe grande desenvolvimento para Grande Porto Alegre por facilitar o acesso à região.

Quando é passado para um jovem em sala de aula a história de seu país com seus heróis e seus feitos gloriosos que conduziram a sociedade a condições melhores de vida.  Esse cidadão em construção sentirá que ele é parte dos acontecimentos citados, pois ele é brasileiro e se identificará com os feitos de seus compatriotas.

Ao levar questões locais da realidade de nossos cidadãos ao momento histórico que esta sendo tratado trará uma identificação pessoal com os heróis e suas lutas em suas épocas. A questão é realizarmos essa identificação com o passado por meio do presente, mas com a visão da época para os fatos. Porque não podemos olhar, por exemplo, para a década de 30 do século XX, aonde eventos como a quebra da bolsa de valores de New York levou a Grande Depressão, a revolução de 30 no Brasil encabeçada por Getúlio Vargas agitava a vida política nacional, a ascensão dos regimes fascistas na Europa que levaria a Segunda Guerra Mundial com a visão do século XXI. Agindo assim estaremos pecando com os fatos tratados, pois agora podemos ver o todo dos eventos, mas na época tratada ninguém tinha como saber com exatidão aonde os eventos chegaria.



Em uma realidade presente devemos olhar para o passado de forma a nos identificarmos com os problemas que afligiam os cidadãos da época, mesmo que muitos problemas sejam semelhantes aos atuais o contexto era diferente. Exemplifico o nacionalismo para fins de um Estado forte da década de 30, onde uniformes, hinos, marchas moviam pessoas não só no Brasil, mas no mundo todo.

Hoje em dia as questões psicológicas em relação ao uso desses artifícios para fim de atividade talvez recebam resistência, pois está fora de contexto, mas muitas das soluções propostas para um Estado forte não!

O mais importante é entendermos que devemos construir nos jovens uma noção de respeito às realidades históricas e aos momentos históricos seguidos de pontos de identificação históricos onde os jovens cidadãos saberão interpretar as fontes pelos meios de sua realidade.